segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

O "banho de sangue" social antecipado por um milionário Português


Na página 72 da interessante edição do passado mês de Dezembro da revista Economist "The Word Ahead 2024" (a tal edição que me permitiu fazer 5 (cinco) posts) estava escrito que "durante o ano de 2024 a China ultrapassará a Alemanha e o Japão para se tornar o primeiro exportador de carros, por conta da procura pelos carros eléctricos"E de facto não foi preciso esperar muitos meses, pois logo em Janeiro, foi isso mesmo que aconteceu. 

No contexto supra, é pertinente divulgar uma longa entrevista, ao milionário Presidente executivo da monstruosa transnacional Stelantis, (que gere 14 marcas automóveis, 1/4 de milhão de trabalhadores e possui um volume de negócios anual de 190.000 milhões de dólares, superior ao de muitos países, e representado quase 80%  de toda a actividade económica Portuguesa, se dividirmos o PIB Português pelos 5 milhoes que trabalham neste país, temos um valor que é 15 vezes inferior ao do valor médio dos trabalhadores da Stelantis) o Português Carlos Tavares, incluída no caderno de economia do semanário Expresso, onde aquele diz que os Chineses já conseguem produzir veículos elétricos, com o mesmo custo dos carros com motor a combustão, e disse também que se os veículos eléctricos que eles exportam para a Europa, ainda tem preços elevados, similares aos veículos electricos europeus, é apenas porque os Chineses "não querem ser acusados de um banho de sangue social" pois o sector de produção de automóveis na Europa dá trabalho a quase 14 milhões de pessoas. 

Felizmente que o jornalista do Expresso fez o trabalho de casa e não se esqueceu inclusive de mencionar o artigo da revista The Economist, dedicado à invasão de veiculos elétricos Chineses, tema esse que até fez capa dessa edição, e cuja imagem eu copiei para o inicio deste post, https://www.economist.com/leaders/2024/01/11/an-influx-of-chinese-cars-is-terrifying-the-west

Seja como for, viver na ilusão que a China irá manter indefinidamente a sua posição misericordiosa, de não querer levar à falência a industria automobilista europeia, é no mínimo pouco prudente e irrealista,  até porque a China atravessa actualmente um período de evidentes dificuldades (colapso do mercado imobiliário e elevado endividamento de empresas Chinesas), que já obrigaram aquele país  a vender participações em empresas estrangeiras, para assim conseguir entre 300.000 a 500.000 milhões de dólares, de que necessita urgentemente, para financiar um fundo de estabilização:
"China should promptly establish a stock stabilization fund to boost market confidence, aiming for 10 trillion yuan ($1.4 trillion) or more, according to Liu Yuhui from the Chinese Academy of Social Sciences.  Initially set between $300 billion and $500 billion, the fund’s size should be adjusted based on the country’s capital market value. In response to a slumping stock market, Chinese authorities are reportedly considering measures, including mobilizing around 2 trillion yuan from offshore accounts of state-owned enterprises"  https://finbold.com/whats-going-on-in-china-is-the-stock-market-about-to-collapse/

PS - Quem garantidamente, não vai ajudar a preparar o nosso país, para se tornar economicamente mais competitivo (e aguentar a concorrência Chinesa) é o Partido Indignado Grunhidor (PIG), cujas propostas alucinantes levariam mais depressa Portugal à falência do que levou o Governo de José Sócrates https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/02/o-novo-fenomeno-do-entroncamento-o.html Seja como for neste contexto, tenho a obrigação de repetir a declaração de interesses que já tinha feito anteriormente: "...até hoje ainda só não critiquei o PAN (por razões mais do que óbvias) e o Partido Livre (porque é liderado por uma pessoa decente e corajosa, por quem tenho respeito e consideração, e com o qual tenho algo importante em comum (e também com o complexo escritor Jorge Luís Borges), a rejeição e a repulsa pelas macacadas do chuto e da cabeçada num objecto esférico". E nessa declaração até me esqueci, do facto do deputado Rui Tavares, ter sido o único deputado da Assembleia da República que confrontou a Ministra Elvira Fortunato com a sua falta de memória https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2023/11/a-oportuna-falta-de-memoria-da-ministra.html

domingo, 4 de fevereiro de 2024

The Moral Imperative of Scientific Rebellion for Innovation Resurgence and Safeguard Our Planet



In the concluding section of the preceding post (link above), I presented 10 pieces of advice from ChatGPT aimed at enhancing the creativity of scientists (and individuals alike). However, fostering creativity among scientists addresses only one facet of the challenge. To truly reverse the trend of diminishing disruption in science, the other crucial aspect involves cultivating a greater number of rebellious scientists. As highlighted in 2019 by the distinguished physicist Carlo Rovelli, these individuals play a vital role in catalyzing revolutionary breakthroughs. Rovelli succinctly expresses,  "You have to be a rebel to be a creative scientist". 

When prompted for a list of seven pieces of advice to cultivate a greater number of rebellious scientists, ChatGPT provides the response below.  

Emphasizing the paramount importance of the final piece of counsel, a point that I find especially noteworthy, my memory is drawn to a post dated January 7th that explored the insights of a German author and his book unraveling the complexities of navigating through failures. This pivotal topic demands increased attention within university curricula, as resilience stands as a cornerstone of entrepreneurial success, playing an indispensable role in the dynamic landscape of the contemporary knowledge economy, and holding substantial relevance in the establishment of technology-based companies. https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/01/a-venture-capitalist-revered-by.html

1 - Establish a culture that values and rewards risk-taking in research. 
2 - Encourage conferences and symposiums that promote disconnection from mainstream ideas. 
3 - Identify and celebrate scientists who challenge conventional thinking and norms. 
4 - Develop awards or recognition programs for scientists who successfully challenge established norms. 
5 - Establish mentorship programs that pair young researchers with experienced rebel scientists. 
6 - Encourage a culture where failure is seen as a valuable learning experience rather than a detriment to one's career. 
7 - Create spaces for sharing failure stories to reduce the stigma associated with unconventional approaches.

PS - In this pivotal era, the imperative for rebellious scientists has reached an unprecedented level. Prominent scientists themselves are making explicit appeals for the cultivation of this rebellious spirit: "scientists should join civil disobedience movements to fight these unprecedented crises. https://www.nature.com/articles/s41559-019-0979-y 

O imperativo e urgente dever moral de fomentar a rebeldia científica


Na parte final do post anterior divulguei 10 conselhos do ChatGPT, que podem contribuir para o aumento da criatividadade de cientistas (e não só), porém o aumento dessa criatividade representa apenas uma face da moeda, da urgente necessidade de inversão da redução da disrupção da ciência, a outra face da moeda, é a do aumento do número de cientistas rebeldes, que segundo o conhecido físico Carlo Rovelli, são imprescindíveis para protagonizar a referida disrupção https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2022/01/a-importancia-crucial-da-desconexao-e.html

Quando se pede ao ChatGPT uma lista com sete conselhos para aumentar o número de cientistas rebeldes, a resposta dele é aquela que abaixo se reproduz. Sobre o último conselho, que entendo como particularmente importante, recordo o post de 7 de Janeiro, sobre um autor alemão e o seu livro que explora a complexidade de lidar com os fracassos. Um tema crítico que devia merecer muito maior ênfase nas universidades, porquanto a resiliência é a pedra angular do sucesso empresarial, sendo por isso vital na actual economia do conhecimento e no contexto da criação de empresas de base tecnológica. https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/01/a-venture-capitalist-revered-by.html

1 - Establish a culture that values and rewards risk-taking in research.
2 - Encourage conferences and symposiums that promote disconnection from mainstream ideas.
3 - Identify and celebrate scientists who challenge conventional thinking and norms.
4 - Develop awards or recognition programs for scientists who successfully challenge established norms.
5 - Establish mentorship programs that pair young researchers with experienced rebel scientists.
6 - Encourage a culture where failure is seen as a valuable learning experience rather than a detriment to one's career.
7 - Create spaces for sharing failure stories to reduce the stigma associated with unconventional approaches.

PS - Se houve alguma altura na história em que a Humanidade mais necessitou de cientistas rebeldes é precisamente agora, em que até mesmo reputados cientistas fazem apelos bastantes explicitos a essa rebeldia: “scientists should join civil disobedience movements to fight these unprecedented crises.” https://www.nature.com/articles/s41559-019-0979-y