sábado, 30 de março de 2024

Sousa Tavares ataca a "grande coligação de medíocres" que lhe inspira desprezo


É um facto incontestável que a última edição do semanário Expresso, pode ter pecado por nada trazer sobre a catástrofe económica que está na eminência de se abater sobre a Europa, vide conteúdo do post acessível no link supra, mas para compensar essa falha trazia um virulento artigo do Sousa Tavares, dedicado aos Portugueses e as Portuguesas que votaram no CHEGA, que ele classificou como "...racistas por doença mental, xenófobos por nacionalismo pacóvio...frustrados...falhados...grande coligação de medíocres...não me inspiram compreensão alguma - apenas desprezo"

Pessoalmente acho que o Miguel Sousa Tavares se esqueceu que uma parte substancial daqueles que votaram no partido CHEGA são apenas culpados de terem acreditado nas inúmeras mentiras, do vendedor de "banha da cobra", que é o dono do CHEGA, que sem vergonha alguma, lhes prometeu subir as pensões mais baixas logo para o valor do salário mínimo (algo que custaria mais de 10.000 milhões de euros e que ele sabe que nunca iria cumprir) e que lhes prometeu que acabaria com a corrupção, logo ele, o amigo do Governante mais corrupto de toda a Europa, logo ele cujo programa do partido de que é dono, não possui uma linha sobre off-shores, onde se esconde o dinheiro dos corruptos, logo ele que escolheu para deputados sete condenados pela justiça, logo ele, um apoiante do espertalhaço Luís Filipe Vieira que deu ao Novo Banco uma empresa que valia apenas 2,4 milhões para fazer desaparecer uma divida de 160 milhões de euros, logo ele, o mesmo André Ventura que a revista Sábado afirma num artigo sobre  uma história de “podridão”, que contribuiu para que uma empresa do envolvido no processo da máfia do sangue, Lalanda de Castro (patrão de José Sócrates) não pagasse mais de 1 milhão de euros em IVA ao Estado e logo ele, que ainda há poucos anos até 2018, era um politico do PSD, cuja única ambição era arranjar o melhor tacho que conseguisse e não o tendo conseguido ser eleito deputado por aquele partido, nem sequer tendo conseguido ganhar uma eleição camarária, decidiu criar um partido, que tem como único objectivo servir os interesses do seu criador, nem que para isso tenha de enganar incautos com promessas mirabolantes.  

E mesmo relativamente aos outros, os que votaram no CHEGA apenas por ódio, acho que muitos desses votos serviram para salvar a vida a muitas mulheres. Afinal será ou não será preferível, que um individuo que foi vitima de infidelidade sexual da sua mulher (o Tribunal da Relação do Porto considera que a expressão ser cornudo é injuriosa), ao invés de a matar, como é usual, vá antes descarregar a sua frustração votando no partido CHEGA ?

Declaração de interesses - Declaro que no passado dia 3 de Fevereiro critiquei a refinada hipocrisia do dono do partido CHEGA (leia-se Partido Indignado Grunhidor-PIG) https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/02/o-novo-fenomeno-do-entroncamento-o.html

PS - Há quem entenda que o dono do partido CHEGA, que de forma mal educada trata por tu os titulares de altos cargos da República, deve pensar que o Parlamento é uma associação de estudantes ou uma tasca rasca. Não compartilho dessa indignação, porque esses esquecem-se que o André Ventura merece compreensão, por ter sido educado na escola do comentariado futebolistico, onde tratar alguém por tu até é coisa elevada, já que a regra de tratamento habitual dessa lamacenta escola passa por cuspir sobre as pessoas.

sexta-feira, 29 de março de 2024

Como conseguir lidar com uma catástrofe económica eminente de múltiplas origens



O artigo que consta da última edição da The Economist, acessível no link supra, e que até mereceu honras de capa dessa edição (com a Mona Lisa de cabelos eriçados, como se tivesse levado um choque), não poderia ser mais pessimista sobre o futuro da economia europeia, nele se afirmando que a mesma está sob ataque de todos os lados.  São eles o ataque militar Russo, também o recente ataque Chinês, levado a cabo com uma invasão de carros elétricos e finalmente uma possível futura eleição de Donald Trump que poderá aplicar tarifas aos produtos europeus. 

Infelizmente a revista The Economist esqueceu-se de mencionar também, o ataque interno constituido pelos partidos da direita radical, que querem acabar com a imigração, o que a acontecer traria consequências extremamente negativas para a economia europeia, que ainda por cima já tem de lidar com os ataques acima referidos. Note-se que no mês passado a famosa produtora de chips ASML, que emprega dezenas de milhares de pessoas na Holanda e factura biliões a cada ano, ameaçou abandonar aquele país, se o Governo Holandês, que agora está refém do racista  Geert Wilders (que recorde-se já foi condenado em tribunal por ódio racial), dificultar a vida aos imigrantes de que aquela empresa necessita https://www.politico.eu/article/europes-tech-champions-sound-the-alarm-over-migration-rhetoric/

Sobre a ameaça que constitui a invasão de carros eléctricos Chineses, registo que a revista The Economist não está tão optimista, como esteve o tal milionário Português, que disse acreditar que a China não quer originar um "banho de sangue" social (pois o  o sector de produção de automóveis na Europa emprega quase 14 milhões de pessoas), pelo que irá continuar a manter o preço dos carros eléctricos a um nível similar ao dos carros elétricos europeus, e isto muito embora os consiga produzir com um custo bastante inferior https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/02/o-banho-de-sangue-social-antecipado-por.html

Curiosamente, sobre este pessimista (leia-se realista) artigo publicado na revista The Economist a secção de economia do Expresso, que foi publicada hoje, diz nada. Ainda assim traz um interessante artigo de opinião, do Chefe do Estado Maior da Armada, sobre aquilo que é a verdadeira extensão da ameaça Russa e ainda uma noticia (esclarecedora) sobre o construtor de automóveis chinês BYD, que registou um lucro recorde de quase 4000 milhões de euros. Tenha-se presente que este fabricante conseguiu conquistar não só o galardão de Carro do Ano 2024, como a classe Elétrico do Ano e ainda o Prémio Design com o modelo BYD Seal. https://www.jornaldenegocios.pt/empresas/automovel/detalhe/byd-seal-e-o-carro-do-ano-nacional-2024

Quando se pede ao ChatGPT conselhos sobre como lidar com os referidos ataques, a resposta é aquela que abaixo se reproduz. Sobre a mesma acho especialmente pertinentes o conselho relativo à necessidade do aumento da inovação, atento o post anterior, onde lamentei a tristeza de uma única empresa da Coreia do Sul (um país que em 1974 era muito mais pobre do que Portugal) investir muito mais dinheiro em investigação do que o Governo Português e todas as empresas Portuguesas juntas. https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/03/o-resultado-da-analise-de-60-milhoes-de.html
  1. Strengthen Trade Defense Mechanisms: Europe should continue to monitor and address unfair trade practices, such as subsidies, dumping, and intellectual property violations by China. This includes imposing tariffs when necessary and working with international bodies like the WTO to enforce trade rules.

  2. Invest in Innovation and Technology: To remain competitive, European countries should prioritize investment in research and development, particularly in high-tech sectors. Encouraging innovation and fostering a conducive environment for startups and technology firms can help Europe maintain its edge in global markets.

  3. Promote Green Industries: Europe's focus on transitioning to green industries should be intensified. This includes investing in renewable energy, sustainable manufacturing practices, and green infrastructure. By leading in these areas, Europe can create new economic opportunities while addressing environmental challenges.

  4. Diversify Trade Partnerships: Given the uncertainties surrounding trade relations with China and the United States, Europe should explore diversifying its trade partnerships. Strengthening ties with other regions such as Latin America, Africa, and Asia can mitigate the impact of disruptions in key markets.

  5. Support Economic Resilience: Governments should implement policies to support economic resilience, including measures to cushion the impact of energy shocks, trade disruptions, and potential tariffs. This may involve targeted stimulus packages, support for affected industries, and measures to boost domestic demand.

  6. Enhance Coordination within the EU: European countries need to work together to address common challenges and coordinate their responses effectively. This includes aligning policies on trade, investment, energy, and innovation to maximize collective impact and minimize vulnerabilities.

  7. Address Internal Challenges: Europe must also address internal challenges, such as political fragmentation, regulatory barriers, and labor market reforms. Strengthening governance, promoting labor mobility, and reducing bureaucracy can improve Europe's competitiveness and resilience.

  8. Anticipate and Adapt to Changing Global Dynamics: European policymakers should closely monitor geopolitical developments and economic trends to anticipate future challenges and adapt accordingly. This includes staying agile in response to shifts in global trade patterns, technological advancements, and political dynamics.

The Economist - The impending economic armageddon in Europe



The article featured in the latest issue of The Economist, accessible through the provided link, paints a profoundly bleak picture of the European economy's future, depicting it besieged from all angles. Notably, it underscores the Russian military incursion, the recent Chinese incursion manifested through an influx of electric vehicles, and the looming specter of a potential Donald Trump presidency, threatening tariffs on European goods.  

Regrettably, The Economist neglects to address an additional threat, the internal assault from radical right-wing factions seeking to halt immigration. This oversight is critical, as such a move would undoubtedly precipitate profoundly adverse ramifications for the European economy, already grappling with the aforementioned external pressures.

Last month, the renowned chip producer ASML, which employs tens of thousands of individuals in the Netherlands and generates billions in revenue annually, issued a threat to depart the country. This ultimatum stemmed from concerns that the Dutch government, currently under the influence of the racist Geert Wilders (who, it is worth noting, has previously been convicted in court for inciting racial hatred), would create obstacles for the immigrants essential to the company's operations. https://www.politico.eu/article/europes-tech-champions-sound-the-alarm-over-migration-rhetoric/

When discussing the potential threat stemming from the emergence of Chinese electric cars, it's worth noting that The Economist expresses less optimism compared to the perspective shared by a prominent Portuguese millionaire, CEO of the Stellantis group (overseeing 14 automobile brands with an annual turnover of $190 billion), who suggested that China, despite the capability to produce electric cars at significantly lower costs, will maintain pricing parity with European counterparts to avoid instigating a social 'bloodbath" https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/02/o-banho-de-sangue-social-antecipado-por.html

When seeking counsel from ChatGPT on how to confront these assaults, the response provided below proves invaluable. Notably, the recommendation to prioritize research and innovation resonates profoundly, particularly in light of the earlier discourse on how to foster creativity among scientists https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/02/the-moral-imperative-of-scientific.html

  1. Strengthen Trade Defense Mechanisms: Europe should continue to monitor and address unfair trade practices, such as subsidies, dumping, and intellectual property violations by China. This includes imposing tariffs when necessary and working with international bodies like the WTO to enforce trade rules.

  2. Invest in Innovation and Technology: To remain competitive, European countries should prioritize investment in research and development, particularly in high-tech sectors. Encouraging innovation and fostering a conducive environment for startups and technology firms can help Europe maintain its edge in global markets.

  3. Promote Green Industries: Europe's focus on transitioning to green industries should be intensified. This includes investing in renewable energy, sustainable manufacturing practices, and green infrastructure. By leading in these areas, Europe can create new economic opportunities while addressing environmental challenges.

  4. Diversify Trade Partnerships: Given the uncertainties surrounding trade relations with China and the United States, Europe should explore diversifying its trade partnerships. Strengthening ties with other regions such as Latin America, Africa, and Asia can mitigate the impact of disruptions in key markets.

  5. Support Economic Resilience: Governments should implement policies to support economic resilience, including measures to cushion the impact of energy shocks, trade disruptions, and potential tariffs. This may involve targeted stimulus packages, support for affected industries, and measures to boost domestic demand.

  6. Enhance Coordination within the EU: European countries need to work together to address common challenges and coordinate their responses effectively. This includes aligning policies on trade, investment, energy, and innovation to maximize collective impact and minimize vulnerabilities.

  7. Address Internal Challenges: Europe must also address internal challenges, such as political fragmentation, regulatory barriers, and labor market reforms. Strengthening governance, promoting labor mobility, and reducing bureaucracy can improve Europe's competitiveness and resilience.

  8. Anticipate and Adapt to Changing Global Dynamics: European policymakers should closely monitor geopolitical developments and economic trends to anticipate future challenges and adapt accordingly. This includes staying agile in response to shifts in global trade patterns, technological advancements, and political dynamics.

quinta-feira, 28 de março de 2024

Uma previsão "falhada" sobre o livro mais citado da academia Portuguesa

 

No post acessível no link supra, sobre os livros (mais citados) indexados na Scopus, com afiliação Portuguesa produzidos na última décadavaticinei que um deles se tornaria em 2026 ou até mesmo em 2025 o novo campeão nacional. 

Na altura porém analisei somente as citações totais, mas hoje voltei novamente a analisar as citações recebidas por esses livros, mas desta vez dei-me ao trabalho de proceder a uma remoção das auto-citações, e o resultado dessa análise mais fina revela que o livro "Handbook of Alkali-Activated Cements, Mortars and Concretes", de que fui editor principal, é afinal aquele com mais citações. 

Mais importante do que isso, uma nova análise, desta vez relativamente ao K-index (que segundo o catedrático Carlos Fiolhais consegue medir "de modo mais perfeito o impacto na comunidade científica"), revela que o referido livro ainda mais se consegue destacar dos seus competidores directos. Apresentando uma vantagem de 42% sobre o livro " An Introduction to Graphene Plasmonics" e uma vantagem de 83% sobre o livro "Visible light communications: Theory and applications".

PS - Sobre os referidos materiais, revisite-se o post anterior, que divulgou um estudo de uma equipa de investigadores de vários países, com liderança Norueguesa, em cooperação com a Agência Espacial Europeia, que testou a utilização de urina, na produção de materiais de construção em contexto lunar, um ambiente altamente agressivo, sujeito não só a radiação cósmica mas também a elevadas amplitudes térmicas entre −171 °C até +120 °C https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/03/utilizing-urine-in-geopolymers-for.html

terça-feira, 26 de março de 2024

Carbon manslaughter: The case against the super-rich


Twelve years ago, Nobel laureate in economics Joseph Stiglitz authored a groundbreaking book addressing the perils of inequality, a work that garnered attention in a notable piece in The Economist https://www.economist.com/books-and-arts/2012/06/23/an-ordinary-joe. 

Since then, the discourse surrounding this issue has evolved, with a shift towards more explicit language and concrete proposals. For instance, in a recent book, a professor at the University of Utrecht advocated for an ethical ceiling on individual wealth of 10 million euros https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/02/utrecht-university-10-million-euro.html

Similarly, an associate professor at King's University College of Western University has argued for abolishing billionaires through significantly progressive tax measures https://www.amazon.com/Against-Inequality-Practical-Abolishing-Superrich/dp/0197670407

However, there's one final stride required to galvanize public support for the criminalization and imprisonment of the super-rich.  Their offense is not merely the obscene accumulation of wealth, but rather a form of manslaughter. Take, for instance, the shocking statistic that the top 20 wealthiest individuals emit carbon at a rate 8000 times higher than the poorest billion.This surplus carbon directly contributes to the loss of countless lives, a grim reality unsurprising to those acquainted with the issue. For further insights, please consult the article titled "Quantifying Global Greenhouse Gas Emissions in Human Deaths to Guide Energy Policyhttps://www.mdpi.com/1996-1073/16/16/6074

PS -  It was precisely the foundational revelation of the aforementioned study, conducted by researchers from Canada and Austria, that brings to light a stark truth: for every 1000 tonnes of fossil carbon burned, one life is lost - which led me to assert that academics have a moral obligation to ensure that they are not implicated in the loss of any human life https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/02/moral-obligations-of-university.html

É urgente criminalizar os super-ricos por homicídio devido às suas emissões de carbono


Há 12 anos atrás o Nobel de economia J.Stiglitz foi autor de um livro versando o perigo da desigualdade, livro esse que foi comentado num artigo da revista The Economist https://www.economist.com/books-and-arts/2012/06/23/an-ordinary-joe

De lá para cá o tema foi ganhando tracção, mas a linguagem tornou-se mais "explicita". Como se deu conta por exemplo num post anterior,  no qual se comentou o facto de uma catedrática da Universidade de Utrecth defender um limite ético de riqueza individual de 10 milhões de euros https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/02/universidade-de-utrecth-hipotese-do.html ou no facto de um professor associado do King's University College da Western University defender que é necessário "tratar da saúde" aos super-ricos através de impostos altamente progressivos https://www.amazon.com/Against-Inequality-Practical-Abolishing-Superrich/dp/0197670407 

Falta porém que seja dado um último passo, que comece a haver quem defenda a criminalização e a prisão dos super-ricos. O crime esse não é o de acumulação pornográfica de riqueza mas sim o de homicídio, pois os 20 indivíduos mais ricos deste Planeta emitem 8000 vezes mais carbono do que os mil milhões mais pobres. E não é surpresa para ninguém que esse carbono em excesso é responsável pela morte de muitas pessoas, vide artigo "Quantifying Global Greenhouse Gas Emissions in Human Deaths to Guide Energy Policy"

PS - Foi precisamente a revelação fundamental do estudo acima mencionado, conduzido por investigadores do Canadá e da Áustria, que trouxe à luz do dia uma dura verdade: por cada 1000 toneladas de carbono fóssil queimadas, perde-se uma vida humana, que me levou a afirmar que neste contexto, os académicos têm a obrigação moral de garantir que da sua conduta profissional e pessoal não decorre a perda de qualquer vida humana https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/02/obrigacoes-morais-de-professores.html

domingo, 24 de março de 2024

Rectifying Euronews' oversight: The imperative of carbon sequestration in building sustainability

https://www.euronews.com/green/2024/03/23/our-built-world-is-the-biggest-contributor-to-green-house-gas-emissions-heres-how-to-chang

Yesterday, Euronews released an article (link above) titled "Our Built Environment: The Leading Contributor to Greenhouse Gas Emissions. Here's How We Can Make a Difference." authored by an individual with a distinguished academic background, having attended HEC Lausanne, the London School of Economics, and Harvard Business School.

Despite its significance, the article surprisingly overlooks the critical role of carbon sequestration in building materials. Embodied carbon, is estimated to contribute between 10-25% to the overall carbon footprint of existing buildings. Particularly noteworthy is that for Nearly Zero Energy Buildings, this percentage may escalate to as much as 400%.

PS - I´m the lead Editor of the upcoming second edition of "Carbon Dioxide Sequestration in Cementitious Construction Materials," co-authored with esteemed Full Professors Caijun Shi and Angel Palomo. Discover a preview of the second edition's cover and back cover below.

sábado, 23 de março de 2024

Um valioso catedrático, patentes que são lixo e o mistério da unidade com práticas de assédio sexual que ainda não fechou portas

Uma limitação das estatísticas da plataforma blogger é o facto de não permitir mostrar (excepto ao administrador do blog) os posts que obtiveram mais visualizações nos últimos 3 meses. Resta-me assim somente a possibilidade de fazer um pdf desse ranking e passá-lo a JPEG, vide imagem infra, que mostra o top 10 dos posts mais visualizados nos últimos 90 dias. O líder desse ranking é um post sobre um valioso catedrático da universidade do Porto, o qual, não por acaso está na origem da patente mais valiosa algum dia produzida numa universidade Portuguesa https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/01/catedratico-nada-modesto-classifica-de.html 

Paradoxalmente e ao contrário do que muitos pensam, nem todas as patentes tem valor, a maioria não tem qualquer valor, é apenas lixo intelectual, quem o afirma não sou eu, mas um artigo que foi publicado na prestigiada revista The Economist, sobre a startup PatentVector, que desenvolveu um método inovador e robusto para avaliar o valor das patentes https://pachecotorgal.com/2022/08/31/the-economist-the-inventors-whose-patents-are-worth-billions/ 

Estranhamente, na Academia Portuguesa, produzir 10 patentes, que na verdade sejam apenas lixo intelectual, vale muito mais (em termos de desempenho académico) do que produzir uma única patente de elevado valor e mais estranho ainda, vender uma patente por mil euros vale (academicamente) rigorosamente o mesmo que vender uma patente por 5 milhões de euros, como a tal patente do catedrático Adélio Mendes. Infelizmente isso nem sequer pode constituir surpresa, depois daquilo que foi escrito anteriormente neste blogue, e que é afinal o resultado (péssimo) de anos a mais de socialismo ("científico") https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/03/a-urgente-reorientacao-da-equivocada.html

Muitíssimo mais grave e até profundamente escandaloso, é que uma conhecida unidade de investigação da área da Sociologia, onde houve assédio sexual continuado no tempo, ainda continua a receber milhões de euros do dinheiro dos contribuintes https://expresso.pt/sociedade/2024-03-13-Caso-Boaventura-Sousa-Santos-relatorio-admite-que-houve-padroes-de-conduta-de-abuso-de-poder-e-assedio-db90eebb

Faz aliás algum sentido que os contribuintes deste país financiem 18 (dezoito) unidades de investigação da área da Sociologia e apenas 6 (seis) unidades de Engenharia Civil, quando devia suceder precisamente o inverso ? Ainda por cima quando a Engenharia Civil (muito ao contrário da Sociologia) é uma das áreas cientificamente mais competitivas deste país ? https://pacheco-torgal.blogspot.com/2023/11/academicos-alemaes-em-autentico-estado.html

PS - Devo esclarecer em abono da verdade, que não tenho da Sociologia uma visão tão radicalmente negativa, como aquela que se pode ler no blogue de um magistrado aposentado, onde aquele reproduz palavras do doutorado em Oxford e investigador-Coordenador, Vasco Pulido Valente, que escreveu de forma implacável "aquilo tudo balança entre o lugar-comum e a burla", ainda assim tenho a profunda convicção que os desafios que Portugal enfrenta, necessitam muito menos de Sociologia e muito mais de Engenharia. 

A solução preconizada por cientistas que pertencem ao "mundo da noite e da droga"


No post acessível no link supra, mencionei um interessante estudo, onde foi calculado o número de refugiados climáticos que devem caber aos países mais poluidores deste Planeta, e onde se fica a saber por exemplo que os países europeus mais poluidores são moralmente responsáveis pelo acolhimento de centenas de milhões de refugiados. 

Curiosamente, o referido estudo foi citado há alguns meses atrás num outro estudo de título "Proposed solutions to anthropogenic climate change: A systematic literature review and a new way forward", em que vários cientistas pertencendo a universidades de 15 países, incluindo os EUA, Reino Unido e Alemanha, analisaram mais de 400 referências bibliográficas, tendo proposto três linhas estratégicas de combate ás alterações climáticas. 

É absolutamente garantido que a primeira dessas linhas não agradará, de todo, ao engenheiro Eduardo Manuel Drummond de Oliveira e Sousa, que critiquei em 2019, por ter na altura afirmado publicamente, que aqueles que não são adeptos do consumo de carne de vaca pertencem ao "mundo da noite e da droga"  https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/09/quem-e-contra-carne-de-vacae-o-mundo-da.html

Tendo em conta, que conforme se deu conta no tal post de 2019, Portugal é infelizmente um dos países onde a produção animal envolve a utilização de elevadas quantidades de antibióticos, e tendo em conta que esse facto contribui para um aumento das despesas de saúde para combater as infecções por superbactérias, que todos os anos matam mais do que a sida e a malária juntas (cuja disseminação é agravada pelas alterações climáticas) já há muito que se devia ter criado um imposto sobre o consumo de carne cuja receita revertesse para o Ministério da Saúde. 

PS - Como não podia deixar de ser, no próprio dia em que tomei conhecimento das vergonhosas (e absolutamente ignorantes) declarações públicas do engenheiro Eduardo Manuel Drummond de Oliveira e Sousa formalizei uma queixa à Ordem dos Engenheiros. Sobre declarações ignorantes em particular, e sobre fake news em geral, também não seria má ideia criar um novo imposto, cuja gorda receita facilmente ajudaria Portugal a reduzir o seu elevado défice público. 

quinta-feira, 21 de março de 2024

Ameaças de morte por conta de um corajoso artigo sobre um um político espertalhaço


Na semana passada divulguei um artigo, vide post no link supra, no qual um Português bastante corajoso, esclareceu com elevado pormenor, um negócio das arábias, envolvendo um ex-autarca do PS, marido de uma conhecida (e rica) ex-deputada do PS. Eis porém que hoje mesmo, o jornal onde foi publicado o tal artigo informa que o seu autor afirma ter sido ameaçado de morte por conta desse artigo. 

Ser ameaçado de morte, por conta de um artigo de opinião, é algo com bastante valor, que equivale a uma medalha de cidadania e tem ainda mais valor quando nesse artigo se escreve sobre negócios das arábias envolvendo políticos. E esse valor é ainda maior num país como Portugal que é tão eficaz a produzir cobardes e onde são muito raros aqueles que tem coragem para escrever tais artigos. Recordo que em 2023, o Director da revista Sábado, escreveu que o jornalismo e a sociedade civil deste país, não tinham agradecido o suficiente a coragem de pessoas como o Paulo Morais e o professor Jónatas Machado. https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2023/06/um-agradecimento-muitissimo-insuficiente.html

Aliás no presente contexto vale também muito a pena recordar que há poucos anos atrás a escritora Lídia Jorge divulgou uma frase que lhe foi transmitida pela Augustina Bessa Luís: "a coragem é um exercício superior que se pratica em solidão" 

PS - A supracitada (e rica) ex-deputada do PS, é a mesma cuja "carreira" mereceu há poucos anos ao corajoso João Miguel Tavares o seguinte comentário "Não há leis que resistam a uma cultura da desvergonha promovida e apoiada em simultâneo pela classe política e pela classe judicial".

quarta-feira, 20 de março de 2024

Should Europe feel "grateful" for Putin's flagrant criminal actions?

 

Allow me to begin this post with a disclosure of my interests, articulated almost a month before Putin's order for the invasion of Ukraine. I asserted that warmongering stands as the gravest offense within the realm of academic conduct https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2022/01/a-mais-grave-infraccao-academica-que.htm 

With this caveat in mind and reflecting on numerous prior posts where my profound disdain for Putin was unmistakable—posts which have, for instance, contributed to a decline in Russian visitors to this platform as discussed in a post of December 25—it is now imperative, given recent developments, to reassess Putin's egregiously criminal deeds from an alternate standpoint. 

Recently, Bettina Stark-Watzinger, the German Minister of Education, asserted the necessity for German schools to ready children for the prospect of war. The backdrop to this assertion is the looming specter of war with Russia. Indeed, yesterday, the President of the European Council articulated that peace in Europe hinges on the populace's preparedness for war. https://www.consilium.europa.eu/en/press/press-releases/2024/03/19/if-we-want-peace-we-must-prepare-for-war/ 

While I maintain skepticism regarding the likelihood of a war between Germany and Russia, I acknowledge the significance of psychological preparedness for the eventuality of war. The inevitability of such a scenario underscores the urgency of priming the next generations accordingly. 

When a senior official of the European Commission, Frans Timmermans, publicly states that his grandson, reaching 31 in 2050, may be forced to engage in conflict over fundamental resources, we must confront the sobering reality of imminent war—a war between this Planet and humanity.

If projections hold true and half of our planet becomes uninhabitable, as asserted by a prominent Oxford professor, we face the displacement of hundreds of millions of individuals. Indeed, the Zurich Insurance Group estimates this figure to reach a staggering 1.2 billion by 2050.

Drawing upon analyses of a climate refugee settlement model presented in the International Journal of Climate Change Strategies and Management, which delineates the moral obligations of the 20 most polluting nations regarding climate refugees, it becomes evident that a single European nation, Germany, could be tasked with accommodating around 72 million climate refugees (US is obligated to accommodate 120 million climate refugees). The climate refugee settlement model prioritizes per capita CO2 emissions with a 60% weight, followed by ecological footprint at 20%. The remaining 20% is equally divided between per capita GNI and HDI, each contributing 10%.

While there exists no mechanism to compel polluting nations to accept these climate refugees, certain academics posit that the repercussions of climate change are tantamount to acts of war by rich countries against poor countries. Consequently, the latter may, in an act of self-defense, resort to terrorist actions against the polluting industries of the former. Thus, rich nations are left with a stark choice: either recognizing their moral culpability and embracing accountability for their actions, or bracing themselves for the consequences of warranted retaliatory attacks. 

PS - The preceding context aids in gaining a deeper comprehension of the subject discussed last month https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/02/moral-obligations-of-university.html

terça-feira, 19 de março de 2024

Deve a Europa sentir-se "grata" pelas acções altamente criminosas de Putin ?


Inicio este post com uma declaração de interesses, a qual publiquei quase um mês antes de Putin ter ordenado a invasão da Ucrânia, segundo a qual, fazer a apologia da guerra constitui de longe a pior infracção que um académico pode cometer https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2022/01/a-mais-grave-infraccao-academica-que.html

Feita que está essa ressalva e depois de todos os muitos posts anteriores onde ficou bem patente o meu profundo desprezo pelo dito Putin, posts esses que permitem por exemplo explicar a diminuição dos visitantes Russos deste blogue que comentei em 25 de Dezembro aqui, é chegada a altura (em face de noticias muito recentes) de olhar para as acções altamente criminosas de Putin a partir de um outro prisma. 

Há poucos dias, Bettina Stark-Watzinger, Ministra Alemã da Educação, disse que as escolas daquele país devem preparar as crianças para a guerra. O contexto é a possibilidade de uma guerra com a Rússia, e de facto hoje mesmo, o Presidente do Conselho Europeu, explicou que só haverá paz na Europa se e só se os europeus estiverem preparados para a guerra  https://www.consilium.europa.eu/en/press/press-releases/2024/03/19/if-we-want-peace-we-must-prepare-for-war/

Pessoalmente, não acredito que haja guerra entre a Alemanha e a Rússia, mas ainda assim, entendo como importante a preparação psicológica para uma guerra, porque na verdade haverá uma guerra, pelo que quanto mais cedo as novas gerações forem preparadas para ela tanto "melhor". E quando um alto responsável da Comissão Europeia, Frans Timmermans, admite publicamente, como sendo provável que o seu neto, que fará 31 anos em 2050, poderá ter de lutar por recursos básicos, é de facto de uma guerra que estamos a falar. Uma guerra entre este Planeta e toda a espécie humana.

Se metade deste Planeta vai acabar por se tornar inabitável (palavras de um conhecido catedrático de Oxford) então estamos a falar de largas centenas de milhões de humanos que terão de ser deslocados. Na verdade, o conservador Zurich Insurance Group apontou recentemente para o valor de 1200 milhões em 2050

Tendo em conta os cálculos feitos num artigo publicado no International Journal of Climate Change Strategies and Management, que analisou para os 20 países mais poluidores, quantos refugiados climáticos terão aqueles a obrigação moral de receber, facilmente se conclui que um único país europeu, a Alemanha, terá em tese a obrigação de receber qualquer coisa como 72 milhões (os EUA tem a obrigação de receber 120 milhões refugiados climáticos). 

É verdade, que ninguém irá obrigar os países poluidores a receberem esses refugiados climáticos, porém não é menos verdade que alguns académicos afirmam que as consequências das alterações climáticas são equivalentes a actos guerra dos países ricos contra os países pobres, pelo que estes últimos, podem em legitima defesa, levar a cabo ataques terroristas contra as indústrias poluentes dos primeiros. Pelo que resta assim aos primeiros uma única opção, ou terem a dignidade de assumir as responsabilidades morais por acções próprias ou suportarem as consequências de ataques terroristas legítimos. 

PS - O contexto supra, ajuda a perceber melhor aquilo que no mês passado foi mencionado aqui https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/02/obrigacoes-morais-de-professores.html

segunda-feira, 18 de março de 2024

A urgente reorientação da equivocada estratégia da Academia Portuguesa


Em Janeiro de 2021, analisei as publicações indexadas na base Scopus, ao longo de 20 anos, produzidas por Portugal, pela Itália, pela França e pela Alemanha, tendo mostrado que o nosso país ultrapassou a Itália em 2009, ultrapassou França em 2010, e ultrapassou a Alemanha em 2012 https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/01/publicacoes-cientificasem-2009-portugal.html

Uma nova pesquisa hoje efectuada na referida base Scopus mostra que em 2021 a produção científica de Portugal foi 82% superior à produção da Coreia do Sul, em 2022 foi 83% superior à daquele país e em 2023 a vantagem do nosso país subiu para 87%. Acontece que a Coreia do Sul, é nada mais nada menos o país que acaba de saber-se, através de um relatório da Clarivate Analytics, irá tornar-se em 2025, 2026, 2027 e 2028, aquele com mais empresas inovadoras deste Planeta, ao contrário de Portugal, que nunca teve, não tem e provavelmente nunca terá uma única empresa nesse ranking. 

Será que os factos acima referidos não são prova suficiente que a Academia Portuguesa deve com urgência reorientar a sua estratégia, reduzindo as elevadas energias que deposita a produzir um elevado número de publicações avulsas, para tentar produzir menos publicações mas com elevado impacto científico ?

Mas como será possível levar a efeito essa reorientação se os regulamentos de avaliação de desempenho dão muito mais valor ao facto de um investigador se produzir um elevado número de publicações avulsas do que a produzir um pequeno número de publicações com elevado impacto, leia-se altamente citados ? 

Mas como será possível levar a efeito essa reorientação, se a avaliação das unidades de investigação actuamente em curso, nem sequer cumpre um requisito essencial (vide denúncia do catedrático jubilado Ferreira Gomespois não é baseada num estudo bibliométrico robusto, realizado por uma entidade independente, que mostre de forma inequívoca qual é o verdadeiro impacto de todas as unidades de investigação, o que significa que os avaliadores irão basear-se no número de publicações e no IF ((como sucedeu profusamente na última avaliação, tendo eu detectado nos relatórios a sua menção mais de 500 vezes), que são inequivocamente as piores métricas que existem (Vladlen Koltun dixit) ?

PS - Tenha-se presente que a Clarivate Analytics, utilizando uma métrica baseada em artigos altamente citados,  já conseguiu acertar no nome de mais de 70 cientistas vencedores do prémio Nobel.

domingo, 17 de março de 2024

Analyzing 60 million inventions to forecast the most innovative countries until 2028


Clarivate Analytics has unveiled the Top 100 Global Innovators 2024. The Top 100 Global Innovators methodology uses a complete comparative analysis of 60 million inventions. On page 19, an especially compelling image awaits, projecting the most innovative countries for the years 2025, 2026, 2027, and 2028. A concerning trend emerges: all six top European countries are poised to decline in this forecasted ranking https://clarivate.com/blog/top-100-global-innovators-for-2024-revealed-report/

In 2021, I highlighted a paper revealing that research expenditure isn't the primary predictor of a country's scientific impact. Rather, good governance, assessed through six indicators, including the absence of corruption, emerged as the most influential factor https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/04/is-culture-related-to-strong-science.html In light of the observed and undeniable decline in European innovation, this prompts a deeper reflection: What underlying factors are contributing to this worrying trend ?

Although there may be various reasons why European top companies lag behind their counterparts in South Korea, Japan, and China in terms of innovation I sincerely hope that the officials of the European Commission refrain from echoing the misguided statement published in The Economist, which I have criticized here   https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/02/the-economistlavish-public-support-for.html

When it comes to nurturing innovation in European universities, the most effective approach is to emulate Sweden's model and reinstate the professor's privilege. The evidence overwhelmingly indicates that abolishing this privilege is not only harmful but also counterproductive. Furthermore, replacing the founder professor, with a professional CEO significantly undermines innovation.

PS - Check also the content of the previous post-which delves into practical advice for reversing the decline in scientific disruption-It opens with a mention of a paper by researchers from South Korea who analysed the "Asians´ self-deprecating belief that they are not as creative as Westerners" https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/02/10-practical-pieces-of-advice-for.html

sábado, 16 de março de 2024

Portugal mais uma vez abaixo da Grécia em estudo que usa o h-index para avaliar o desempenho de 140 países


Na sequência de posts anteriores sobre o h-index, nomeadamente um post de 19 de Setembro de 2023 sobre um catedrático de economia com um h-index=0, e um post anterior de 5 de Agosto de 2023, sobre um concurso para um lugar de catedrático, e tendo em conta que estudos anteriores demonstraram que existe uma ligação entre a educação e o crescimento económico, que mostraram que quanto maior o PIB, o Individualismo e o número de investigadores, maior é o valor do h-index, atente-se no estudo muito recente que pretendeu responder à pergunta: Que correlações podem ser identificadas entre o h-index e as variáveis da influente teoria das dimensões culturais (do falecido catedrático) Gerard Hendrik Hofstede?, desgraçadamente e como se pode ver na figura 1 desse estudo, Portugal aparece mais uma vez, abaixo da Grécia  https://link.springer.com/article/10.1007/s11192-024-04965-w#Sec9

Sobre a trágica sina que é ver Portugal repetidamente abaixo da Grécia revisite-se o post de 15 de Outubro de 2023  https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2023/10/october-2023-update-of-stanford.html Uma solução expedita para tentar solucionar o mau desempenho de Portugal, passa irónicamente pela utilização do h-index. De facto, se agora são exigidos valores de h-index mínimo para o simples acesso a um concurso de professor universitário (como já há muito fazem noutros países), como aquele concurso referido no inicio deste post, então é incontroverso e no respeito pelo principio da igualdade, que os professores universitários nomeados definitivamente também devem ter de cumprir valores mínimos de h-index, ainda que se possa admitir que esses valores mínimos possam ser inferiores aos do acesso aos concursos, vide proposta que fiz em Janeiro de 2020, quando defendi o despedimento dos professores Associados e Catedráticos com um h-índex inferior a 10 (e também de todos os professores-coordenadores e coordenadores-principais, com um h-index inferior a 5) por violação grave do dever de investigar consagrado no ECDU e no ECDESP, leia-se produzir um mínimo de outputs cientificamente relevantes no contexto internacional. A verba assim poupada permitiria contratar jovens investigadores de elevado potencial, que de outro modo não tem outra solução que não seja a de irem trabalhar para países ricos do Norte da Europa, ironicamente ajudando esses países a ficarem ainda mais ricos. 

PS - Recorde-se que em 2021 a universidade do Porto despediu um professor que não tinha publicaçóes indexadas, o que é o mesmo que ter um h-index=0  https://www.publico.pt/2021/10/07/sociedade/noticia/professor-universidade-porto-despedido-curriculo-artigos-credibilidade-cientifica-1979552

sexta-feira, 15 de março de 2024

Catedrático da Universidade de Lisboa consegue reforçar ainda mais a sua maioria absoluta de artigos "despublicados"

 


Uma pesquisa na base Scopus sobre os últimos artigos "despublicados" com afiliação Portuguesa no ano de 2024, mostra que um deles leva o nome do tal catedrático mencionado no post supra, que já era o campeão nacional absoluto nessa modalidade e que assim reforça ainda mais a sua maioria absoluta, que garantidamente lhe pertencerá por muitos e longos anos. 

Como já escreveram eminentes cientistas este problema está intimamente ligado à obsessão verdadeiramente patológica com o número de publicações, sendo por isso urgente que se reduza o valor daquelas na avaliação de desempenho dos investigadores, aumentando-se em contrapartida o valor de outras actividades como a actividade de revisão de artigos, uma medida que faz tanto mais sentido face à natureza da autêntica revolução que a IA-generativa veio trazer ao ensino superior e à ciência. Neste contexto reproduzo abaixo o conteúdo de um email que no inicio deste mês enviei a alguns/muitos Colegas:


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De: F. Pacheco Torgal 
Enviado: 5 de março de 2024 19:02
Assunto: A proposta de um ilustre catedrático da U.Stanford e os investigadores que merecem ver os seus artigos rejeitados de forma automática
 
No email abaixo, constato agora que nem sequer mencionei o facto do regulamento de avaliação de desempenho da EEUM, não atribuir qualquer valor à actividade de revisão de artigos. Ou seja publicar em revistas do tipo A vale muito porém a revisão desses artigos vale zero. Algo que não é fácil de entender pois há 10 anos atrás já um conhecido catedrático de medicina da universidade de Stanford, defendia a alteração da avaliação de desempenho para uma outra bastante diferente onde entre outras coisas deveria haver valorização da revisão de artigos  https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/02/scientific-misconduct-kuhnian.html 

Uma alternativa possível passaria por penalizar os investigadores que tivessem muito menos revisões do que publicações, pois isso significa que estão a infringir um dever que sugerem alguns deveria levar inclusive à rejeição automática dos artigos daqueles  https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/11/a-radical-solution-to-solve-crisis-in.html
 
É verdade que antigamente quando o historial de revisão não era público, também não era possível fazer a sua confirmação para dessa forma se poder valorizar essa actividade, mas isso mudou quando apareceu a plataforma Publons e mudou ainda mais quando aquela foi adquirida pela Clarivate Analytics e depois no dia 3 de Outubro de 2021 a informação detida pela mesma foi integrada nos perfis de todos os quase 30 milhões de investigadores registados na Web of Science. Por uma estranha coincidência a noticia dando conta dessa mudança utilizou um perfil de um investigador da EEUM, que dessa forma se tornou conhecido entre dezenas de milhões de investigadores https://publons.com/wos-op/announcement/#your-review-contributions-in-web-of-science

quinta-feira, 14 de março de 2024

Curso de gestão muito inovador ensina a receita para obter lucros superiores a 500%



Para imenso prejuízo deste país, aquele ilustríssimo senhor que foi mencionado no post supra, ainda não se disponibilizou para dar (leia-se vender) umas aulinhas onde fizesse o favor de explicar, de forma científica, e com mais ou menos pedagogia, qual é afinal a receita que permite (aos políticos espertalhaços deste país) fazerem negócios obtendo lucros superiores a 500%. 

Ainda assim, felizmente porém, que hoje mesmo, um Português altruísta e bastante corajoso, achou boa ideia suprir essa carência, detalhando com elevado pormenor como é que isso se consegue. O extenso artigo, que por gentileza uma alma caridosa trouxe ao meu conhecimento, leva o esclarecedor título "Um negócio das Arábias" https://www.reconquista.pt/articles/leitores-um-negocio-das-arabias-

No Reino Unido, a posse de bens cuja origem não se consegue explicar às autoridades de forma razoável, obriga a que o destino das mesmas seja o de reverterem para a posse do Estado, como sucedeu por exemplo com um canalha, a quem a Coroa Inglesa desapossou de bens no valor de muitos milhões de libras e que eu mencionei aqui https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/02/a-eternamente-adiada-criminalizacao-do.html

Já em Portugal, o país onde a corrupção beneficia da protecção da própria lei (Maria José Morgado dixit) é perfeitamente legal fazer negócios em que espertalhaços consigam obter lucros de mais de 500%, como se fosse a coisa mais natural deste mundo. Neste contexto há quem ache que a única solução está em votar no Chega e de facto mais de 20.000 eleitores do distrito de Castelo Branco decidiram votar naquele partido, permitindo a eleição de um deputado, restando somente saber quantos votaram nele por conta do tal supracitado negócio das Arabias ?

No seu programa, o Chega defende a prisão perpétua e só não defende a pena de morte por um módico de vergonha, porque na verdade há naquele partido (e também noutros) muitos que a defendem e que gostariam de ver políticos espertalhaços pendurados na ponta de uma corda. Assim sendo, faço votos que o novo Governo da República Portuguesa, rapidamente altere o Código Penal, para que seja possível meter na cadeia, aqueles que como referiu o Presidente do Sindicato dos Juízes, enriqueceram na politica e se andam a rir de todos nós, pois se isso não suceder ninguém se pode admirar que o Chega, nas próximas eleições, ao invés de lhe acontecer o que sucedeu ao PRD ainda consiga (como conseguiu a Frente Nacional na França) aumentar o seu número de deputados. 

quarta-feira, 13 de março de 2024

Studying scientists’ productivity through the Anna Karenina Principle - AKP

 

On March 1st, an intriguing paper authored by Lutz Bornmann, a distinguished recipient of the Solla Prize Medal, was published in the journal Scientometrics.  This study unveils a research program focused on examining productivity variances within the realm of science. Central to this program is the Anna Karenina Principle (AKP), which posits that success in research is contingent upon a constellation of interrelated prerequisites. According to the AKP, significant achievements arise when all necessary conditions are met synergistically. Conversely, the absence of even one prerequisite inevitably leads to failure. https://link.springer.com/article/10.1007/s11192-024-04962-z#Sec5       

While acknowledging Lutz Bornmann's contributions, it's essential to note that his focus on lauding "high producers" may be somewhat misplaced given the current deluge of research papers. As I emphasized in my communication dated January 21st, "the scientific community must undertake a pivotal shift—an overdue course of action, underscored by the esteemed researcher Vladen Koltun. This shift entails moving away from the current norm of excessively prioritizing the quantity of publications...the Science that this vulnerable world needs is certainly not that which simply translates into a (harmful) deluge of absolutely irrelevant publications (which very few read and which no one takes the time to cite) but rather that Science which causes an impact and which (positively) transform people’s lives."

PS - Find below the email I sent to scientist Lutz Bornmann: 

Estemeed Lutz Bornmann, 
I recently delved into your paper titled 'Skewed Distributions of Scientists’ Productivity: A Research Program for Empirical Analysis,' which I highlighted in one of my blog posts. It sparked a crucial inquiry for me. In today's landscape of overwhelming publication volumes (that is obstructing the rise of new ideas), with thousands of 'super-scientists' generating an average of one paper daily, and with the assertion from a Clarivate Analytics director that 'publishing 2 or 3 articles per week is indicative of poor scientific ethics,' do you not worry that your recognition of 'high producers' might inadvertently exacerbate this situation ?

terça-feira, 12 de março de 2024

Quais os concelhos onde vivem os Portugueses que suspiram pelo capitalismo selvagem e que acreditam no pai Natal ?

A edição do jornal Público de hoje contém vários mapas de Portugal sobre as preferências politicas dos Portugueses. Reproduzo abaixo dois desses mapas. O primeiro deles diz respeito à localização dos concelhos onde o Partido Iniciativa Liberal, teve uma maior percentagem de votos, são os concelhos onde parece existir um elevado número de Portugueses, que ao contrário das evidências, que mostram que o problema do  nosso país não é de falta de liberalismo, mas antes pelo contrário de excesso de liberalismo, (que até permite, pasme-se, que as empresas possam poluir muito à vontadinha) pelos vistos parece que não se incomodam nada com o maravilhoso liberalismo, que através de um número infindável de cartéis empresariais os rouba todos os dias  https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/12/ser-roubado-todos-os-dias.html nem muito menos se importarão de contribuir para aumentar os lucros estratosféricos dos grupos privados de saúde, como aquele conhecido grupo que tem como Presidente uma infeliz senhora que admirava (admira ?) Ricardo Salgado https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/04/melhor-negocio-do-que-saude-so-o-das.html quem sabe se esses Portugueses só ficarão contentes quando puderem usufruir de todas as muitas vantagens do capitalismo selvagem https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2022/02/um-partido-que-elegeu-varios-deputados.html 

Já o segundo mapa, mostra os concelhos onde o Chega teve a sua maior percentagem. São os concelhos onde vivem os Portugueses que acreditam que o André Ventura irá (por artes mágicas) aumentar as reformas para o valor do salário mínimo. Quero porém acreditar que nem mesmo eles acreditam que o André Ventura irá acabar com a corrupção, desde logo porque ele convidou para deputados 7 (sete) condenados pela justiça, também porque é muito difícil (e incoerente) levar a sério a vontade de Ventura combater a corrupção, por um lado, porque o programa do seu partido, muito estranhamente (ou talvez não) não contém uma única medida para combater os off-shores, onde os corruptos escondem o dinheiro que roubam a este país e por outro lado, porque paradoxalmente, André Ventura até é apoiado pelo Governante mais corrupto de toda a União Europeia  https://observador.pt/2024/03/03/partido-e-uma-farsa-na-politica-portuguesa-livre-ataca-chega-pela-tentativa-de-desvirtuar-o-resultado-e-critica-apoio-de-orban/

PS - Sobre as empresas que aproveitam do excesso de liberalismo para poluirem à vontadinha, basta atentar neste caso aqui ou neste outro muitíssimo mais grave. Já sobre os off-shores, que não parecem incomodar minimamente o partido do André Ventura e onde Portugal ocupa um lugar vergonhoso no Top10 mundial, revisite-se o post de 13 de Outubro de 2019 https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/10/pilhagem-evasao-fiscal-bombas-bosta-e.html