domingo, 19 de janeiro de 2025

The Economist__The Twin Forces Leaving Many Universities Struggling to Remain Relevant—or Even Facing Financial Ruin

  

The image above showcases the header of the latest edition of the prestigious The Economist. The headline, "Hard truths about MBAs," conveys troubling news for those investing significant sums in MBA programs, often considered a gateway to career advancement and high-paying roles. 

The article reveals that even graduates from top-ranked universities—where tuition fees alone can surpass €5,000 per month—are increasingly facing delays in securing employment after graduation. https://www.economist.com/business/2025/01/14/why-elite-mba-graduates-are-struggling-to-find-jobs 

Edtech companies are undoubtedly pleased with this news, as they are increasingly well-positioned to address the challenges traditional MBA programs face. These platforms deliver education at a fraction of the cost while addressing many of the shortcomings of in-person classes. In traditional lecture halls, dozens—or even hundreds—of students often compete for limited interaction with instructors, resulting in a diminished learning experience.  

As noted in a previous post referencing an article from The Economist, Edtech companies are already generating billions in revenue, at the expense of traditional universities. This trend is set to accelerate with the rise of generative AI and personalized tutoring technologies, which have the potential to revolutionize education leaving many universities struggling to remain relevant—or even facing financial ruin. https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/04/the-new-study-of-swiss-federal.html

To combat the rise of Edtech, universities must make integrity and reputation their strategic cornerstones. In an era where AI amplifies misinformation and deception, these values are not merely desirable—they are indispensable. As emphasized in my previous post titled, "AI has radically changed the core university business, shifting focus from teaching and publications to assessment, curation, and mentoring," https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/01/the-economistai-generated-content-is.html

Update on January 21 – A global study on public trust in science, published yesterday in Nature Human Behaviour, surveyed 71,922 respondents across 68 countries. While scientists are widely regarded as qualified and concerned about public well-being, only 57% of respondents believe they are honest, with 31% expressing ambivalence and 11% considering them dishonest. This stark divide serves as a critical warning: universities must rigorously safeguard their most valuable asset—integrity—as any misstep risks further eroding public trust at a time when it remains precarious.  https://www.nature.com/articles/s41562-024-02090-5#Sec7

sábado, 18 de janeiro de 2025

Verdades duras ou como desperdiçar muito dinheiro num diploma que não vale isso

 

A imagem supra corresponde ao cabeçalho da última edição da conhecida e prestigiada revista The Economist, no mesmo é visivel um título (Hard truths about MBAs) que definitivamente não traz boas noticias para aqueles que andam a pagar o elevado custo de um MBA. No artigo em questão fica-se a saber que até mesmo aqueles que tiraram um MBA num universidade de elevado prestigio mundial, onde só as propinas custam mais de 5000 euros por mês (em Portugal há MBA com custos entre 1000 e 4000 euros por mês), começam a ter de esperar mais tempo até conseguirem encontrar emprego.  https://www.economist.com/business/2025/01/14/why-elite-mba-graduates-are-struggling-to-find-jobs

Quem sem dúvida ficará bastante contente com as referidas dificuldades são as plataformas de ensino online (Edtech), cujos custos constituem apenas uma pequena fracção do custo dos MBA e as quais não possuem as desvantagens associadas ás aulas em contexto presencial, onde largas dezenas ou até mesmo centenas de alunos tentam ouvir a lição de um professor, sem conseguir ter uma unica interacção com ele, vide descrição feita por uma docente estrangeira, num post anterior, onde comentei um artigo da mesma revista The Economist, que deu conta que as referidas Edtech já andam a facturar milhares de milhões  (leia-se a retirar essa receita às universidades) situação essa que a IA generativa irá agravar ainda mais de forma muito substancial https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/04/the-new-study-of-swiss-federal.html

PS - Sobre as dificuldades mencionadas no referido artigo, aproveito para relembrar que há 7 anos atrás (muito antes do Elon Musk ter dito publica e provocatóriamente que qualquer curso era preferível a um MBA) enviei a vários milhares de Colegas alguns emails bastante criticos desses diplomas e dos rankings das universidades que os atribuem, que abaixo novamente reproduzo. 


________________________________________________________________________
De: F. Pacheco Torgal
Enviado: 10 de Dezembro de 2018 7:28
Assunto: Prof. Martin Parker___"Why we should bulldoze the business schools"

“ There are 13,000 business schools on Earth. That’s 13,000 too many. And I should know – I’ve taught in them for 20 years... schools have huge influence, yet they are also widely regarded to be intellectually fraudulent places, fostering a culture of short-termism and greed. (There is a whole genre of jokes about what MBA – Master of Business Administration – really stands for: “Mediocre But Arrogant”, “Management by Accident”, “More Bad Advice”, “Master Bullshit Artist” and so on.) Critics of business schools come in many shapes and sizes...Since 2008, many commentators have also suggested that business schools were complicit in producing the crash…If we want to be able to respond to the challenges that face human life on this planet, then we need to research and teach about as many different forms of organising as we are able to collectively imagine. For us to assume that global capitalism can continue as it is means to assume a path to destruction...”
https://www.theguardian.com/news/2018/apr/27/bulldoze-the-business-school
 
 
 
_______________________________________________________________________
De: F. Pacheco Torgal
Enviado: 4 de Dezembro de 2018 6:35
Assunto: O ranking da treta sobre Escolas de gestão que a imprensa Portuguesa adora

A mesma imprensa que solenemente desprezou o facto de recentemente se ter sabido que Portugal tem um elevado número de highly cited researchers e do que isso significa no próximo e prestigiado ranking Shanghai de universidades mostrou-se ontem embasbacada e quase hipnotizada pelo desempenho das escolas de gestão no ranking Financial Times, assunto que acho só não foi abordado nos jornais da bola.
 
E porém nenhum jornalista achou por bem questionar-se por que carga de água tão excelente desempenho das Portuguesas escolas de gestão não se reflecte no desempenho da área científica que lhe está associada no ranking Shanghai Top 500, como se percebe pelo link https://www.docdroid.net/RX2xh1G/portugal-top-500-shanghai-ranking-pdf onde a mesma não se conta entre as áreas com melhor desempenho, realçadas a azul e principalmente a amarelo.

Aliás não deixa de ser paradoxal e até caricato que havendo em Portugal tantas excelentes escolas de gestão que já formaram milhares de excelentíssimos gestores, que hoje no Público haja artigo que se inicie da seguinte forma:  “Ano após ano, continuamos na cauda da Europa em termos de produtividade do trabalho por hora trabalhada, sendo que em 2017 ainda piorámos o desempenho...” restando por isso concluir que a excelência das nossas escolas de gestão ainda não chegou às empresas e nem se sabe se algum dia lá chegará. E já agora como explicar que em muitas empresas a remuneração dos excelentes gestores não seja afectada pelo desempenho da empresa ? Havendo até muitos gestores que muito recebem mesmo que o desempenho da empresa seja mediano ou até medíocre como ontem foi reportado no jornal Público  https://www.publico.pt/2018/12/02/economia/noticia/salario-gestores-nao-afectado-desempenho-empresa-1853049

Faz por isso todo o sentido perguntar, o que mede um ranking de escolas baseado nos salários dos diplomados ? Será mesmo a excelência do ensino que por lá se pratica ? E se alguém se lembrasse de fazer ranking similar para escolas de engenharia e tendo em conta os miseráveis salários de muitos jovens engenheiros, incluindo muitos diplomados pelo IST (o Bastonário da Ordem dos Engenheiros fala mesmo em salários indignos) qual seria a posição do IST e de outras escolas de engenharia Portuguesas no referido ranking ?
 
É claro que muitos colegas das referidas excelentes escolas de gestão que agora andam muito ufanos com a posição da sua escola no referido ranking ficarão ressentidos com o facto de o ter designado como ranking da treta. A esses Colegas deixo apenas seis singelas e académicas perguntinhas:
 
1 - Como é que as escolas de gestão de um país pobre podem aparecer destacadas num ranking baseados em salários dos diplomados ?
2 - Será que os únicos alunos Portugueses que responderam aos inquéritos estão todos a trabalhar no estrangeiro ?
3 - Porque é que o Financial Times não revela quantos inquéritos recebeu de cada uma das escolas que aparecem no tal ranking ?
4 - Quem é que garante ou confirma a veracidade daquilo que está nos inquéritos ?
5 - Alguém pode garantir que nenhuma escola eliminou inquéritos associados a menores remunerações de alunos ?
6 - O Financial Times diz que aceita a candidatura daquelas escolas, onde mais de 20% dos diplomados responderam aos inquéritos, com um mínimo de 20 inquéritos. Ainda admitindo que todo o processo é transparente e integro e que nenhum aluno mentiu no inquérito (deixa-me rir) será que estes valores são representativos do que quer que seja ?

sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

The Double-Edged Sword of Industry Ties: 11,992 Scientists Can't Be Wrong—Or Can They?


A team of scientists from Norway, Spain, Sweden, and Hungary conducted a study using data from a survey of 11,992 scientists, measuring scientific impact through the top 10% most cited papers. The research explores the relationship between academic engagement—scientists' interactions with non-academic actors—and scientific impact, revealing a positive association between the two.

The analysis shows that scientists who actively collaborate with non-academic partners tend to produce more high-impact research. The study further highlights that joint research collaborations are more strongly linked to scientific impact than response-mode interactions. Additionally, scientists with a strong track record of previous achievements and higher academic rank are more likely to benefit from these collaborations. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0166497224001627#sec5

In my view, the study overlooks a critical issue: the risks of university-industry collaborations that can go disastrously wrong. The University of California's $25 million deal with Novartis gave the company partial influence over faculty research, becoming a cautionary tale of prioritizing funding over academic independence. The Theranos scandal, where Stanford researchers helped validate fraudulent blood-testing technology, tarnished the university's reputation when the fraud was exposed. Similarly, Volkswagen's emissions test cheating implicated the University of West Virginia, damaging both parties. Apple’s partnership with the University of California also drew criticism over allegations of unfair exploitation of university research. These examples raise a key question: How much should universities risk in partnerships that could compromise their most valuable asset—their hard-earned reputation?

Declaration of Competing Interests - On January 25, 2020, I argued that blindly trusting corporate research is deeply problematic, in my post titled "The University of the Future: From Knowledge Hubs to Guardians of Truth" https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/01/the-university-of-future.html