segunda-feira, 8 de julho de 2024

Portugal supera a Alemanha na produção científica na área da Inteligência Artificial



O post acessível no link supra do inicio do mês de Maio, tinha divulgado uma análise na plataforma Scopus, sobre a produção científica indexada, na área da inteligência artificial e agora o presente post pretende divulgar como é que a produção científica na referida área evoluiu nos últimos dois meses.

Para esse efeito voltei novamente a pesquisar as publicações científicas que foram produzidas desde o ano 2023, contendo os termos GPT OR AI OR LLM nos campos título, resumo e palavras chave, e depois selecionando somente as publicações que contém as palavras-chave "Artificial Inteligence" OR "Machine Learning" OR "Deep Learning", obtendo-se agora o valor total de 38762 publicações, o que significa que nesta área particular, nos últimos dois meses, houve a nível mundial um aumento de 6.062 novas publicações. 

No final do tal post anterior do inicio de Maio, apresentou-se uma lista dos países mais produtivos com mais de 300 publicações desde 2023, onde Portugal aparecia na 29ª posição. Como porém não é muito rigoroso comparar países com diferentes tamanhos, a nova lista actualizada, que abaixo se apresenta ordena os países pelo rácio publicações por milhão de habitantes. Na nova lista actualizada Portugal aparece na 15ª posição, à frente da França e também da Alemanha.  Já a desgraçadinha Rússia aparece abaixo do Paquistão. 

O facto da instituição que a nível mundial lidera as publicações nesta área, ser nada mais nada menos, do que a Harvard Medical School (associada a mais de uma dezena de prémios Nobel) mostra bem a importância científica e económica desta área. A plataforma Scopus também permite saber quais são as universidades Portuguesas que mais contribuiram para esse resultado, mas essa informação merecerá um novo post no futuro. 

  1. Singapore...........88 publicações científicas por milhão de habitantes
  2. Switzerland........74
  3. Norway...............74
  4. Ireland................72
  5. Finland...............72
  6. UAE....................70
  7. Hong Kong.........62
  8. Denmark.............58
  9. Australia.............53
  10. Sweden................53
  11. Netherlands........51
  12. Austria................47
  13. United K............ 46
  14. Greece.................46
  15. Portugal..............45
  16. Canada................38
  17. Saudi Arabia.......37
  18. Italy......................35
  19. Belgium...............33
  20. Germany..............31
  21. South Korea........28
  22. Taiwan.................28
  23. Spain....................25
  24. United States.......24
  25. Malaysia..............19
  26. France.................16
  27. Japan.....................7
  28. Turkey....................8
  29. Morocco.................8
  30. Egypt......................5
  31. India.......................5
  32. Iran.........................5
  33. South Africa...........5
  34. China......................4
  35. Pakistan.................3
  36. Russia....................3

domingo, 7 de julho de 2024

Gen AI's Dark Side: Researchers Expose Rising Tide of Deceptive Content and Fraud



Continuing from the earlier discussion titled "AI has radically changed the core university business, shifting focus from teaching and publications to 'assessment, curation, and mentoring" (link above)," where I elaborated on an article featured in The Economist, it is noteworthy that Google researchers have released a paper addressing GenAI misuse.

The paper exposes that a majority of generative AI users leverage the technology to blur distinctions between genuine and fabricated content, such as misleading images and videos, often with intentions to deceive, manipulate public opinion, perpetrate fraud, or seek financial gain. Through a comprehensive review of academic literature and analysis of approximately 200 documented cases of AI misuse, the researchers concluded that the sophisticated capabilities and accessibility of generative AI empower even those with limited technical skills to produce highly convincing deceptive content. https://arxiv.org/pdf/2406.13843 

PS - The aforementioned study on Generative AI clearly indicates the need to anticipate changes to the university mission. If this is the case, it is important to remember the additional dimension of responsibility to the academic obligations mentioned here https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/02/moral-obligations-of-university.html

sábado, 6 de julho de 2024

A guerra mundial pelo talento intensifica-se mas Portugal limita-se a vê-lo fugir

 



Não pode constituir surpresa que a Arábia Saudita, que não é uma potência científica, tenha aprovado recentemente a concessão de cidadania a talentos estrangeiros. Vide link supra. O que realmente surpreende é que o governo da Coreia do Sul, um país que é líder em ciência e tecnologia, tenha também agora decidido ampliar o alcance dos seus vistos para atrair os melhores talentos globais nessas áreas.  https://www.universityworldnews.com/post.php?story=20240705071640527

Recordo que no passado mês de Março, a conhecida firma Clarivate Analytics revelou, após uma análise exaustiva de mais de 60 milhões de invenções, a lista das empresas mais inovadoras do Planeta, e nesse relatório, foi feita uma previsão para os anos 2025, 2026, 2027 e 2028, que coloca a referida Coreia do Sul como sendo o país que terá nesses anos um maior número de empresas campeãs de inovação. E se o país que irá liderar essa lista, assim se preocupa em atrair talento internacional, então muito mais o deveriam fazer também todos países europeus, pois segundo o referido relatório da Clarivate Analytics, até os melhores deles (pasme-se) se encontram numa trajectória descendente  https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/03/o-resultado-da-analise-de-60-milhoes-de.html 

Portugal, infelizmente, como ​critiquei ​há algum tempo atrás, nada tem feito, nem sequer para ​conseguir reter os talentos nacionais​ https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2022/01/a-escalada-na-guerra-pelos-talentos.html​ mas o que é especialmente grave é o contexto em que ocorre esta negligente incapacidade, e que o conhecido doutorado António Barreto, hoje sintetiza no jornal Público da seguinte forma "As aflições do mundo, que são medonhas, terão inevitavelmente efeito em Portugal. Mas os portugueses não querem saber. E os dirigentes não querem que se saiba"