sábado, 6 de julho de 2024

A guerra mundial pelo talento intensifica-se mas Portugal limita-se a vê-lo fugir

 



Não pode constituir surpresa que a Arábia Saudita, que não é uma potência científica, tenha aprovado recentemente a concessão de cidadania a talentos estrangeiros. Vide link supra. O que realmente surpreende é que o governo da Coreia do Sul, um país que é líder em ciência e tecnologia, tenha também agora decidido ampliar o alcance dos seus vistos para atrair os melhores talentos globais nessas áreas.  https://www.universityworldnews.com/post.php?story=20240705071640527

Recordo que no passado mês de Março, a conhecida firma Clarivate Analytics revelou, após uma análise exaustiva de mais de 60 milhões de invenções, a lista das empresas mais inovadoras do Planeta, e nesse relatório, foi feita uma previsão para os anos 2025, 2026, 2027 e 2028, que coloca a referida Coreia do Sul como sendo o país que terá nesses anos um maior número de empresas campeãs de inovação. E se o país que irá liderar essa lista, assim se preocupa em atrair talento internacional, então muito mais o deveriam fazer também todos países europeus, pois segundo o referido relatório da Clarivate Analytics, até os melhores deles (pasme-se) se encontram numa trajectória descendente  https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/03/o-resultado-da-analise-de-60-milhoes-de.html 

Portugal, infelizmente, como ​critiquei ​há algum tempo atrás, nada tem feito, nem sequer para ​conseguir reter os talentos nacionais​ https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2022/01/a-escalada-na-guerra-pelos-talentos.html​ mas o que é especialmente grave é o contexto em que ocorre esta negligente incapacidade, e que o conhecido doutorado António Barreto, hoje sintetiza no jornal Público da seguinte forma "As aflições do mundo, que são medonhas, terão inevitavelmente efeito em Portugal. Mas os portugueses não querem saber. E os dirigentes não querem que se saiba"