sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

The Double-Edged Sword of Industry Ties: 11,992 Scientists Can't Be Wrong—Or Can They?


A team of scientists from Norway, Spain, Sweden, and Hungary conducted a study using data from a survey of 11,992 scientists, measuring scientific impact through the top 10% most cited papers. The research explores the relationship between academic engagement—scientists' interactions with non-academic actors—and scientific impact, revealing a positive association between the two.

The analysis shows that scientists who actively collaborate with non-academic partners tend to produce more high-impact research. The study further highlights that joint research collaborations are more strongly linked to scientific impact than response-mode interactions. Additionally, scientists with a strong track record of previous achievements and higher academic rank are more likely to benefit from these collaborations. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0166497224001627#sec5

In my view, the study overlooks a critical issue: the risks of university-industry collaborations that can go disastrously wrong. The University of California's $25 million deal with Novartis gave the company partial influence over faculty research, becoming a cautionary tale of prioritizing funding over academic independence. The Theranos scandal, where Stanford researchers helped validate fraudulent blood-testing technology, tarnished the university's reputation when the fraud was exposed. Similarly, Volkswagen's emissions test cheating implicated the University of West Virginia, damaging both parties. Apple’s partnership with the University of California also drew criticism over allegations of unfair exploitation of university research. These examples raise a key question: How much should universities risk in partnerships that could compromise their most valuable asset—their hard-earned reputation?

Declaration of Competing Interests - On January 25, 2020, I argued that blindly trusting corporate research is deeply problematic, in my post titled "The University of the Future: From Knowledge Hubs to Guardians of Truth" https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/01/the-university-of-future.html

quarta-feira, 15 de janeiro de 2025

Catedrático reafirma que Reitor lhe terá dito que todos os concursos para professores universitários são combinados


"...jamais esquecerei o que uma vez me disse o reitor... de uma universidade pública ...: “Não sabe V. Ex.ª que os júris estão todos combinados?”

O extrato supra foi retirado da página 3 do jornal Público, da edição do sábado passado, de um artigo com autoria de um catedrático da universidade Nova de Lisboa. O mais inacreditável é que já não é a primeira vez que ele faz essa confissão, já a tinha feito em 2021, e nessa altura não apareceu nenhum Reitor ou responsável Governativo para o desmentir. E agora também não, pelo que só resta concluir que o silêncio daqueles constitui uma admissão tácita. 

O que é irónico é que desde que o Ministro Manuel Heitor, durante o mandato do Governo socialista de António Costa, autorizou que as universidades pudessem abrir concursos internos (leia-se aconchegados) a que só podem concorrer os da casa, os jurados catedráticos agora já não precisam de viciar o concurso, para conseguir que o vencedor seja sempre um candidato caseiro. https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/10/ensino-superiorconcursos-revelia-da-lei.html

E agora que as universidades conseguiram, pela mão da Ministra Elvira Fortunato, também num inqualificável Governo socialista, algo absolutamente impensável, o de alcançar uma velha e mal disfarçada ambição (que em 2020 critiquei no post de título "Supino descaramento catedrático"), a de poder selecionar os investigadores dos programas FCT-tenure, é muito provável que também nesses concursos as regras passem a ser as das combinações prévias, ao contrário do que acontecia nos concursos investigador-FCT e CEEC, onde os catedráticos Portugueses estavam proibidos de participar e de favorecer qualquer candidato, sendo os jurados desses concursos constituídos a 100% por peritos estrangeiros vide denúncia feita no final do post https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/12/endogamia-academica-ministro-propoe-que.html 

PS - Sobre concursos combinados reproduzo abaixo três questões que coloquei no final de um post de 2020: 
1 - será que um Professor que participa activamente na viciação de um procedimento concursal, ou que seja o beneficiário directo dessa viciação, reúne suficientes condições de ética, isenção e imparcialidade, para poder avaliar os seus alunos de forma rigorosa, sem que se corra o risco de favorecer alguns ou algumas, em troca de contrapartidas ?

2 - será que um Professor que participa activamente na viciação de um procedimento concursal, ou que seja o beneficiário directo dessa viciação, reúne suficientes condições de ética, isenção e imparcialidade, que minimizem o risco de no futuro se dedicar à pratica ilícitos, como plagiar o trabalho de colegas ou falsificar resultados de investigações ?

3 - e será que quando se acaba de saber que um projecto de investigação financiado pela FCT, que envolveu 180 cursos, 7.292 alunos e cerca de 2.700 docentes com o título A ética dos alunos e a tolerância de professores e instituições perante a fraude académica no Ensino Superior” confirma a existência de uma elevada incidência de fraude académica em Portugal, num país onde muitos daqueles que deviam constituir-se como modelos de comportamento, se pautam afinal por uma relatividade ética, permanente e generalizada, não deveria a contratação de Professores Universitários merecer neste contexto redobradas preocupações, por forma a ser feita de forma transparente, rigorosa e no respeito pelos princípios da justiça, da imparcialidade e do mérito, consagrados na Constituição da Republica Portuguesa ? https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/06/endogamia-academica-e-viciacao-concursal.html

domingo, 12 de janeiro de 2025

When Hypocrisy Meets Metrics: The Double Standards of Academic Publishing

 

Expanding upon the earlier discussion (linked above) concerning a mathematician’s paper that identified distinct patterns in papermilling—where potentially dubious behaviors were flagged by examining the publication records of two Highly Cited Researchers as illustrative examples—it is now essential to address a new study revealing substantial inflation of publication metrics across several universities.

This study, using data from Scopus and Web of Science, identified 80 universities whose research output grew by over 100% from 2019 to 2023. Notably, one university in Iraq saw a 1,500% increase, while another in Egypt experienced a nearly 1,000% rise in published papers https://direct.mit.edu/qss/article/doi/10.1162/qss_a_00339/125732/Using-Bibliometrics-to-Detect-Questionable 

While many in Western academic circles have leveraged these findings to critique institutions in Iraq and Egypt, such criticism demonstrates a striking hypocrisy. It conveniently sidesteps the fact that the professor responsible for an extraordinary 336 Scopus-indexed publications in a single year was based in Denmark, rather than Iraq or Egypt. 

When comparing the ratio of retracted papers per million people, the United States has twice the ratio of Egypt, while the United Kingdom's ratio is three times higher. If Iraq were included in the comparison, the figures for both the United States and the United Kingdom would look even worse. Moreover, it is worth highlighting the case of American scientists who remarkably continued to have papers published even after their deaths https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/08/necroauthorship-dead-scientists-who.html

PS -  It is worth recalling a warning I wrote a few years ago: "...if this becomes the norm in Western countries, third-world nations may be inclined to replicate these "successful" practices, cultivating their own super-scientists. Consequently, if an African super-scientist were to emerge with 10,000 or 20,000 publications at the summit of the publishing rankings, there would be little ground for criticism..." https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/03/how-many-papers-can-superscientist.html