terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Conseguir alcançar 104 milhões de euros: Será que a UBI está realmente de parabéns ?


A universidade da Beira Interior acaba de divulgar que  está no 19.º (décimo nono) lugar no Ranking das Universidades Empreendedoras de Portugal, por conta do facto de ter 66 (sessenta e seis) startups fundadas por Alumni, que conseguiram cerca de 104 milhões de euros em investimento e financiamento. https://www.ubi.pt/Noticia/8142

Porém, daquela universidade que em 2025 se conseguiu tornar na 7ª (sétima) cientificamente mais competitiva, como foi demonstrado pela sua entrada, pela primeira vez na sua história, para o prestigiado ranking Shanghai, proeza essa que muito se ficou a dever ao elevado desempenho dos investigadores de medicina e de gestão, muito dificilmente se esperaria que também conseguisse estar entre os primeiros 7 lugares do ranking das universidades nacionais mais empreendedoras, objectivo impossível de alcançar com um reduzido valor de apenas 104 milhões de euros, pois convém ter presente que nos sete primeiros lugares do referido ranking estão universidades, cujas startups conseguiram ultrapassar a marca dos 1000 milhões de euros em investimento e financiamento.  

A dura realidade é que um financiamento total de 104 milhões de euros distribuídos por 66 startups dá um valor médio de apenas 1.6 milhões de euros, abaixo daquilo que é o desempenho do Polit. de Leiria e muitíssimo abaixo do desempenho do Polit. do Porto https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2025/11/univ-de-lisboa-uma-noticia-sobre-um-1.html

domingo, 7 de dezembro de 2025

EU predicts AI supremacy online in 2026 and human writing pushed to the margins

 

https://pancouver.ca/more-than-half-of-new-articles-on-the-internet-are-being-written-by-ai-is-human-writing-headed-for-extinction/

The article referenced above, authored by Francesco Agnellini from Binghamton University and published yesterday, cites a recent study conducted by Graphite. This study analyzed over 65,000 randomly selected articles and reports that, as of 2025, more than 50% of newly published English-language web content is generated by AI. Notably, as early as 2022, the European Union projected that as much as 90% of online content may be synthetically generated by 2026, indicating that this prediction was remarkably prescient https://op.europa.eu/en/publication-detail/-/publication/b844aa2b-dbd4-11ec-a534-01aa75ed71a1/language-en 

It is crucial to emphasize that the Graphite study may underrepresent the true prevalence of AI-generated content online. This underestimation stems both from the relatively small sample size and from limitations in detection tools, which can misclassify human-authored articles assisted by AI as purely human-written. Let us not forget that, just nine months ago, Dirk Spennemann, in his study, estimated that 30–40% of online content is AI-generated, highlighting the rapid proliferation of synthetic text. Taken together, these observations suggest that the actual share of AI-influenced content may be considerably higher than reported. 

Agnellini’s article is significant because it highlights a paradox at the heart of today’s digital landscape: while AI increasingly saturates the web with unprecedented volumes of text, what may become rarer—and consequently more valuable—are the authentic human voice, genuine originality, and intentional stylistic expression. His reflections rightly underscore the dangers of eroding creativity, diversity, and the singularity of human expression. Yet they neglect a more alarming danger: the spiraling loop of AI-generated content feeding upon itself. This self-referential drift raises a critical question: if what we call “originality” becomes increasingly absorbed into algorithmic patterns and human creativity slowly recedes into the background, must we not ask whether the internet will continue to embody the human condition—or whether it is evolving into a reflective surface that reveals nothing but machines interpreting themselves?

Universidades e Politécnicos conseguem finalmente igualar a Universidade de Oxford, mas isso ainda é muito insuficiente


A imagem supra mostra a produção anual percentual de livros académicos de todas as universidades e politécnicos Portugueses, selecionados para indexação na conhecida plataforma Scopus, comparativamente aos livros indexados produzidos na pequena Universidade de Oxford. Os resultados revelam que Portugal necessitou de uma década e meia para conseguir subir de uma percentagem terceiro mundista de apenas 30% até finalmente conseguir igualar a produção daquela conhecida universidade inglesa.  

Quem está de parabéns — como se evidencia no ranking reproduzido abaixo, que apresenta as instituições mais (e menos) produtivas ao longo da última década e meia — são a Universidade de Aveiro e a Universidade do Minho, pois a sua produção ponderada, tendo em conta o respetivo número de ETIs, ultrapassa de forma expressiva os rácios da Universidade de Lisboa e da Universidade do Porto. Estão igualmente de parabéns vários Institutos Politécnicos, que de forma bastante meritória exibem um desempenho superior ao de diversas universidades. E merecem também destaque os professores e investigadores da área da engenharia, cuja produção representa quase 30% de todos os livros indexados.

Tendo, porém, em conta que que a soma de todos os professores e investigadores das universidades e politécnicos de Portugueses é mais do dobro do número de professores e investigadores da universidade de Oxford, isso significa que as universidades e politécnicos Portugueses, tem a "obrigação" de conseguir produzir o dobro dos livros indexados produzidos por aquela universidade inglesa (vide excepção mencionada no post scriptum), nem que para isso seja preciso esperar mais uma década e meia. Para o efeito, é necessário que, dediquem menos energias a publicações avulsas, de relevância e impactos nulos, que como demonstrei em posts anteriores, já produzem em notório excesso.  

Ranking de produção total de livros indexados entre 2010 e 2024
1 - U.Lisboa..............404 
2 - U.Aveiro...............269
3 - U.Minho...............239
4 - U.Porto................234
5 - U.Nova................195
6 - U.Coimbra...........194
7- ISCTE...................101
8 - I.P.Porto.................64
9 - UBI........................51
10 - U.Évora...............48
11 - U.Católica............46
12 - UALG..................42
13 - IPCA....................37
14 - UTAD..................32
15 - U.Aberta..............26
16 - I.Pol. Leiria..........25
17 - U.Lusófona..........23
18 - I.Pol. Coimbra.....16
19 - U.Madeira...........15
20 - I.P.Setúbal...........13
21 - I.P.Bragança........13
22 - U.Açores.............13
23 - I.P.Lisboa.............11
24 - I.Pol. Viseu..........10
25 - I.P. V. Castelo........9
26 - I.Pol. Portalegre....5
27 - I.Pol. Tomar...........5
28 - U.F. Pessoa...........5
29 - I.P. Guarda............5
30 - I.P. C. Branco........5
31 - I.P. Beja.................2

PS - Quando se olha apenas para os livros indexados, produzidos nos últimos três anos, na área da I.Artificial (amostra essa que não por acaso é liderada pela universidade do Minho) constata-se que as universidades e politécnicos Portugueses já conseguem duplicar a produção da universidade de Oxford, mas essa honrosa excepção talvez se fique a dever à hipótese que formulei num post destinado somente aos meus muitos leitores estrangeiros https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2025/11/the-deepening-roots-of-portuguese.html