Depois daquele senhor que agora vive uma vida luxo no Brasil, tendo deixado em Portugal um calote de quase 1000 milhões (que os contribuintes obviamente pagarão até ao último tostão) não sem antes ter tentado que lhe perdoassem 97% dessas dívidas eis que se fica agora a saber que um conhecido individuo, que deve vários milhões de euros ao BPN (leia-se aos contribuintes Portugueses) também solicitou que lhe fosse perdoado nada menos do que 97% dessa divida. Quem sabe talvez 97 seja um número cabalístico que dá muita sorte.Felizmente porém que alguém teve o bom senso de recusar a generosa oferta e penhorou-lhe o gordo vencimento, o que mesmo assim implica que sejam necessários mais de 50 anos para aquele pagar a totalidade do valor em divida https://www.jn.pt/desporto/estado-penhora-ordenado-a-vitor-baia-14590409.html
Mais bizarro ainda, foi ler ontem na na secção de economia do Expresso, que aquele construtor muitíssimo generoso, que deu 14 milhões de euros, aquele famoso individuo que recentemente foi atacado pelo Salzheimer, também pediu um perdão de divida ao Novo Banco, onde deve quase 100 milhões de euros. Porém como o Novo Banco, estranhamente, recusou essa possibilidade, o referido construtor, indignado, mandou o seu advogado meter o Novo Banco em tribunal, o que significa que o seu inteligente advogado deve com toda a certeza conhecer alguma lei que obriga aqueles bancos, que são sustentados pelos contribuintes, a concederem perdões de dividas, de montantes cabalísticos.
O que não se percebe e o artigo no Expresso também não explicou, talvez por preguiça do jornalista, é saber como é que um individuo que em 2017 "devia perto de 200 milhões de euros", e agora já só deve quase 100 milhões, quando pela simples soma de juros de mora, a conta já deveria ultrapassar os 200 milhões de euros. Será possível que o referido individuo já conseguiu pagar metade dessa divida ou será que ele já obteve um perdão de divida de quase 50% mas só ficará contente com os tais cabalísticos 97% ?
