sábado, 19 de fevereiro de 2022

Expresso - Todos os Professores-Auxiliares devem poder chegar a Catedráticos ? .  

No Expresso da passada semana uma Reitora de uma certa instituição universitária pública teve uma ideia peregrina sobre a carreira académica. O problema é que fica difícil avaliar ideias tão bondosas quando elas saem da cabeça de Reitoras cujo nome apareceu na imprensa associado à falsificação de atas de provas académicas ou pior do que isso por terem chumbado no processo de avaliação de desempenho da sua própria instituição o que é sem dúvida uma péssima medalha para ter no currículo https://www.sabado.pt/ultima-hora/detalhe/iscte-chumba-maria-de-lurdes-rodrigues

Também é pena que quando foi Ministra da Educação a mesma não tenha proposto que todos os professores pudessem chegar ao último escalão e ao contrário até tentou dificultar a progressão dos professores daquele nível de ensino e chegou inclusive até ao extremo de sugerir que a avaliação daqueles professores deveria passar a depender das classificações dos alunos. 

Curiosamente a página da Wikipedia da referida Reitora é muito selectiva, omite por exemplo quando e em que Magistério Primário aquela se diplomou antes de começar a trabalhar como professora primária. É verdade que lá parece mencionado o famoso programa "Novas Oportunidades" mas evidentemente não aparece lá a opinião do corajoso Medina Carreira, que o classificou como uma trafulhice e aldrabice. https://www.dn.pt/portugal/medina-carreira-diz-que-novas-oportunidades-e-trafulhice-1442456.html 

É verdade que a referida página menciona a Parque Escolar, mas não menciona que o Tribunal de Contas descobriu despesas e pagamentos ilegais, num montante superior a 500 milhões de euros. E muito menos a referida página informa que a Sr. Reitora chumbou na avaliação de desempenho da sua instituição. Também é curiosa a parte onde se diz que ela "É autora de dezenas de artigos publicados em revistas científicas" embora a base Scopus apenas lhe credite 5 publicações, obtidas ao longo dos 26 anos que decorreram desde a obtenção do grau de doutor, o que dá uma média de uma publicação indexada a cada 5 anos.