quarta-feira, 13 de abril de 2022

O caso problemático (leia-se grave) dos casamentos entre Professores universitários e alunas

 

https://pachecotorgal.com/2022/04/08/o-terror-com-os-processos-disciplinares-na-academia-e-a-professora-universitaria-que-nao-sabe-o-que-e-o-assedio/

Sobre o tal caso de assédio na FDUL, comentado no post acima, é verdadeiramente impressionante a forma como toda a gente (imprensa incluída) evita olhar para o óbvio elefante na sala, que é o casamento entre professores universitários e alunas (porque isso é mexer num vespeiro, já que incomoda pessoas muito conhecidas e algumas até com bastante poder), ocorrência essa que a própria Directora da FDUL, manhosamente, mencionou "en passant", tentando dessa enviesada forma atribuir-lhe um significado de normalidadehttps://sol.sapo.pt/artigo/768222/ha-docentes-da-faculdade-que-sao-casados-com-pessoas-que-foram-suas-alunas

Porém não há nada de normal num casamento entre um professor e uma aluna, muito antes pelo contrário e no limite o mesmo só poderia eventualmente traduzir uma situação não problemática se e só se o relacionamento sentimental entre os dois tivesse tido o seu inicio depois da aluna já estar diplomada, ficando porém e ainda assim sempre no ar a dúvida (verdadeira ou não) que o mesmo poderia (em segredo) afinal ter-se iniciado antes. 

Nos países Anglo-saxónicos não gostam de brincar com coisas sérias, não admira por isso que até mesmo nas empresas privadas desses países, se alguém se envolver sentimentalmente com um seu superior hierárquico, essa pessoa terá que se demitir ou então a empresa pode demiti-la por justa causa, pelo simples facto que esse relacionamento compromete de forma irremediável a necessária imparcialidade do superior hierárquico:  "the biggest risk when dating your boss is the belief -- whether it's true or not -- that you get special treatment"