domingo, 31 de julho de 2022

Catedráticos pela rua da amargura


A revista Sábado desta semana informa que um ex-Vice-Presidente da Câmara de Loures, onde era vereador da CDU, até essa Câmara ter sido ganha pelo partido socialista nas últimas eleições, foi contratado pela Câmara comunista de Setúbal pela módica quantia de mais de 6000 euros/mês. Mas afinal não diziam que os comunistas tinham aversão ao capital ?

Já não bastava aos catedráticos deste país a desconsideração de receberem quase o mesmo que recebem licenciados Assessores de Ministros (situação que obviamente não acontece em países ricos e civilizados, onde a regra é os Ministros ganharem menos do que os Catedráticos como acontece na Suiça ou acontece até mesmo na pátria do capitalismo selvagem, onde os catedráticos, inclusive de universidades públicas, também ganham mais do que o cargo equivalente a Ministro) e agora até ficam saber que, um catedrático em fim de carreira ganha menos do que um avençado numa Câmara Municipal ! 

Como se já não bastasse a humilhação daqueles académicos que no futuro conseguirão chegar a catedráticos e que mais tarde irão ter uma pensão quase miserável de 30 a 40% do seu vencimento, que ficará evidentemente muito muito abaixo dos 8551 euros/mês, que agora recebe a título de pensão o conhecido cadastrado Armando Vara (sendo 3961 euros correspondentes aos descontos que efectuou e 4590 euros respeitantes à subvenção vitalícia).  

Excepto claro, para aqueles geniais catedráticos que acumulam o seu salário universtário com trabalho em bancos onde ganham 140.000 euros/ano ou aqueles catedráticos de Direito, que fundaram firmas de advogados (que são autênticas máquinas de facturação), ou que se tornaram milionários por conta do seu trabalho nos famosos tribunais arbitrais.  

PS - Na mesma revista Sábado fica-se também a saber que o professor universitário Paulo de Morais (campeão da cidadania que já conseguiu ganhar 9 processos que lhe moveram) está a ser novamente acusado de difamação, desta vez pela mulher mais rica de Portugal. A este académico nunca ninguém poderá acusar de ter perdido aquilo que o famoso poeta Alemão, Johann Wolfgang von Goethe, dizia que jamais se poderia perder, a coragem.