sexta-feira, 15 de julho de 2022

Quem protege os Portugueses do Interior do país dos medíocres políticos urbanos ?


Na sequência da entrevista do Gary Kasparov que hoje aparece na versão impressa do jornal Público e de onde sobressai a frase choque "É ultrajante que os europeus comparem o preço do gás com o sangue dos ucranianos”, aproveito para, com a devida vénia divulgar, abaixo, um artigo de opinião que também hoje aparece no jornal Público:

O PÚBLICO publicou a 13/07 uma das suas fotografias mais belas. Sob um céu de fumo e destruição, um homem jovem transporta aos ombros uma ovelha. O tronco despido, atlético e branco, o rosto tisnado, contraído pelo instinto telúrico de sobrevivência, narram uma vida de trabalho, pouco lazer e nenhum luxo. É uma imagem comovente e brutal, de uma beleza bíblica de Antigo Testamento. Do fogo apocalíptico, uma vida forte salvou uma vida frágil, e nada mais. Milhares de quilómetros separam mentalmente aquela imagem do citadino enfadado no conforto climatizado do seu apartamento. É essa a origem da tragédia. Toda a classe política, sem excepção, nasceu na classe média urbana. Desvinculada da província dos seus maiores, este é o retrato que lhes resta do interior rural: um mundo de rústicos barbudos com animais às costas; uma gente ignara, que não frequenta drinks de fim de dia, que come carne, que não arranja as unhas. Uma gente que só aparece para se queixar, que só existe quando é vítima. Uma maçada sazonal, como os mosquitos da Comporta ou a nortada de Moledo. Bernardo Barahona Corrêa, Lisboa

De facto para muitos políticos urbanos, os tais dos drinks ao fim do dia, é muito mais importante dedicarem as suas energias a atacarem o Pacheco Pereira (que segundo a professora Luísa Semedo é culpado dos "crimes" de ser branco e de ser homem, ao contrário das duas conhecidas mulheres negras Tchizé e Isabelinha, que tendo vivido no luxo desde a mais tenra infância, ao mesmo tempo que os seus compatriotas morriam de fome, não são culpadas de rigorosamente nada), a propósito do artigo que ele escreveu no Público, onde se podem ler frases como "Este surto de identidades vai ao ponto de também haver “trans espécies”, humanos que acham que são cães ou veados ou dragões..." e que despertou a fúria dos membros da comunidade LGBTTTQQIAA+, como hoje o faz no jornal Público uma deputada do Bloco de Esquerda (um partido eminentemente urbano que a continuar por esse caminho se arrisca a que lhe aconteça o que aconteceu ao CDS), e para quem o facto de uma parte de Portugal estar a arder parecer ser coisa absolutamente secundária, face à imperiosa necessidade de obrigar os Portugueses, a escreverem todes (em vez de todos ou todas), muites (em vez de muitos ou muitas), elus são amigues (em vez de eles são amigos) e aquelu menine é minhe filhe (em vez de aquela menina é minha filha) sob pena de multa ou quem sabe no futuro até mesmo sob ameaça de prisão. 

PS - Uma rápida pesquisa no google do nome Bernardo Barahona Corrêa, permite encontrar um doutorado em psiquiatria, que trabalha na Fundação Champalimaud https://thenextbigidea.pt/decidimos-melhor-quando-sabemos-a-explicacao-do-problema/