Um conhecido Rottweiler Português a quem a democracia Portuguesa deve bastante, porque sempre cumpriu e ainda continua a cumprir, de forma invulgarmente corajosa um importante e imprescindível dever de cidadania, escrevendo coisas muito pouco santas, que costumam deixar corruptos, vigaristas e outros trastes com os cabelos em pé, como por exemplo num violento editorial de Julho de 2020 que foi mencionado aqui, ou por exemplo num outro editorial de Maio de 2021, onde escreveu sobre a insuportável impunidade de uma casta criminosa, volta hoje a repetir a dose, numa nota editorial nada meiga, sobre a indecorosa decisão do Ministro das Finanças, Fernando Medina, que achou boa ideia desperdiçar o dinheiro dos contribuintes, no pagamento de um elevado salário a um individuo de nome Sérgio Figueiredo, que ele apelida não só de moço de recados mas também de sabujo.
Seja como for causa-me algum espanto, que agora haja tantos que tanto se espantam, que o actual Governo socialista tenha contratado alguém, conhecido por ser um sabujo de governantes socialistas, pois em 31 de Janeiro já tinha escrito que o resultado das eleições significaria ""quatro anos de festa socialista, sendo evidente que aqueles que tem o cartão desse partido e os seus familiares e amigos tem o futuro garantido". Não me espantando sequer que a própria Ministra da Agricultura, tenha dito recentemente que há muitos agricultores neste país que são culpados do terrível "crime" de não terem votado no partido socialista. Pelo contrário estou é bastante surpreendido pelo facto da Ministra da saúde ainda não ter mandado dizer que, quem votou no partido da mão fechada, deve ser favorecido no atendimento das urgências dos hospitais e aqueles que além disso, tiverem um cartão daquele maravilhoso partido devem ser atendidos sempre em primeiro lugar.
Para se perceber até que ponto o Governo Português tem práticas que estão mais próximas do (des)Governo do Nicolas Maduro e menos das práticas que se levam a feito nos países do Norte da Europa, basta juntar aos casos acima mencionados, as palavras de um académico (e antigo Ministro do Governo de António Gueterres) que hoje mesmo, na secção de economia do Expresso, afirma preto no branco, que Portugal não é um Estado de Direito, com liberdade de opinião e de práticas comerciais dentro da lei e a prova disso mesmo é que apesar do Presidente da Endesa, Nuno Ribeiro da Silva se ter limitado a dizer a verdade sobre os brutais aumentos do preço da electricidade que os Portugueses terão de pagar em 2023, isso tenha sido suficiente para que o Primeiro-Ministro, António Costa, furioso com a divulgação dessa verdade inconveniente, tenha corrido a vingar-se dele e da empresa a que ele preside.
PS - Convém não esquecer que o Primeiro-Ministro António Costa foi o mesmo que durante a anterior legislatura disse (como repetidamente também o faz Nicolas Maduro) que aqueles que então criticaram o Governo não eram patriotas e a aversão do Governo socialista às criticas é tanta que a Ministra da Saúde chegou mesmo ao extremo de qualificar como criminosos aqueles Portugueses que criticaram a acção do Governo