O jornal Público divulga hoje um recente estudo da DGEEC sobre endogamia académica, vide link acima, o qual desde logo, ajuda a explicar o fraco desempenho da Universidade de Coimbra no conhecido e prestigiado ranking Shanghai (o único que contabiliza prémios Nobel) https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2022/07/afinal-o-mau-resultado-da-universidade.html
Os resultados do estudo mostram que desde 2016 a endogamia académica média nacional, reduziu-se apenas 2%, de 70% para 68%, o que significa que a este ritmo nem daqui a 50 anos a academia Portuguesa conseguirá ter baixas (leia-se decentes) percentagens de endogamia académica, como aquelas inferiores a 10%, que existem nas melhores universidades Norte Americanas como Stanford, o MIT ou Harvard.
Trata-se por isso de um resultado que não só envergonha Portugal a nível internacional, como é também uma prova, que algumas universidades públicas estão muito mais ao serviço dos interesses particulares dos catedráticos dessas universidades e muito menos ao serviço dos contribuintes que as sustentam com os seus impostos. Basta atentar no anormalmente elevado número, de filhos e filhas, a trabalhar na mesma universidade pública (e muitas vezes até no mesmo departamento) dos catedráticos progenitores.
Sobre endogamia académica, é pertinente recordar uma certa petição, do final de 2015, do qual fui o primeiro subscritor e onde reuni um conjunto de declarações de vários académicos sobre este grave problema e de onde destaco a seguinte: “alguns “ditadores académicos” encorajam a contratação de seus alunos medíocres e empregam a endogamia como forma de esconder sua incompetência" https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/06/endogamia-academica-e-viciacao-concursal.html
PS - No contexto supra é também pertinente recordar um estudo sobre a endogamia envolvendo milhares de académicos em 140 países, que confirmou que os académicos endogâmicos são cientificamente menos inovadores https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/10/estudo-sobre-endogamia-envolvendo.html