domingo, 16 de julho de 2023

Excessiva modéstia "citacional" e o prémio político às instituições coitadinhas


Agora que acabo de chegar às 8000 citações na base Scopus, adquirem assim um significado bastante diferente as (modestas) previsões de 2019, que foram comentadas no post de 31 de Dezembro de 2020, acessível no link supra. Afinal bastaram apenas três anos para quebrar uma previsão que só era suposto alcançar ao fim de 10 anos. 

Sobre citações, revisite-se o post de 4 de Julho, relativo às instituições de ensino superior que apresentam um registo "citacional" absolutamente deprimente, isto é, cujas publicações são objecto de manifesta indiferença, quase "desprezo", pela comunidade científica mundial https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2023/07/as-universidades-e-politecnicos.html

Num país decente, governado por uma classe politica decente e com regras decentes, as instituições de ensino superior, que produzem publicações com mais impacto, seriam muito mais beneficiadas em sede de Orçamento de Estado, do que as outras instituições menos capazes, não é porém isso que sucede, pois há em Portugal, uma vontade politica explicita de beneficiar as instituições "coitadinhas", como acusou, sem papas na língua, em Dezembro de 2022, um conhecido catedrático da Universidade do Minho  https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2022/12/catedratico-da-uminho-acusa-governo-de.html

A consequência mais evidente (e mais danosa para o futuro de Portugal) da referida opção politica, de beneficiar em sede de Orçamento de Estado, as instituições "coitadinhas" (onde nunca faltam boys e girls incompetenets, por conta de infames "cunhas" políticas) é que depois faltam verbas para contratar muitos dos melhores investigadores deste país, como precisamente hoje dá conta o jornal Público, do qual anexo apenas o link do Editorial  https://www.publico.pt/2023/07/16/opiniao/editorial/ciencia-prazo-2056978

PS - No contexto supra, reproduzo novamente o segundo parágrafo de um post de Março deste ano: