Título |
Revista |
Citações |
Flax fibre and its composites - A review |
Composites Part B: Engineering |
899 |
Progress report on natural fiber reinforced composites |
Macromolecular Materials and Engineering |
659 |
A review of recent research on the use of cellulosic fibres, their fibre fabric reinforced cementitious, geo-polymer and polymer composites in civil engineering |
Composites Part B: Engineering |
379 |
Natural fiber reinforced polylactic acid composites: A review |
Polymer Composites |
252 |
Industrial and crop wastes: A new source for nanocellulose biorefinery |
Industrial Crops and Products |
242 |
Bioconcrete: next generation of self-healing concrete |
Applied Microbiology and Biotechnology |
233 |
Plant aggregates and fibers in earth construction materials: A review |
Construction and Building Materials |
218 |
Characterization of new natural cellulosic fiber from Cissus quadrangularis stem |
Carbohydrate Polymers |
218 |
Environmental applications of chitosan and cellulosic biopolymers: A comprehensive outlook |
Bioresource Technology |
206 |
Overview of Cellulose Nanomaterials, Their Capabilities and Applications |
JOM |
163 |
segunda-feira, 31 de julho de 2023
O futuro de uma certa área científica e a imprudente ingenuidade de muitos cientistas
Ainda na sequência do post anterior, acessível no link supra, que deu conta de alguns dos artigos científicos que contribuem para o meu índice-K, é pertinente divulgar, que uma pesquisa pela palavra bio entre os referidos 158 artigos, consegue já detectar 24 (abaixo os 10 mais citados), que fazem prova de uma tendência que antecipei há alguns anos atrás (que não é a dos materiais para construção de bases lunares), e que posteriormente confirmei, quando alguns anos depois sugeri numa certa publicação uma alteração da estrutura currricular do curso de engenharia civil.
No presente contexto faz todo o sentido recordar um post anterior onde se divulgou o facto de um estudo (ReNaturalNZEB) ter concluído que o uso de materiais e produtos naturais (e reciclados) está associado a um aumento de custos significativos. https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2023/04/as-pessimas-noticias-do-projecto.html E faz também todo o sentido, criticar os (ingénuos) autores desse estudo, que se esqueceram do prudente conselho "Os cientistas nunca devem dizer a verdade nua e crua aos políticos" https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/10/a-receita-simples-para-ganhar-mais.html
No máximo dos máximos, esses investigadores, poderiam ter concluído que, os materiais correntemente utilizados pela indústria da construção, à base de matériais-primas não renováveis e alguns deles com uma elevada pegada carbónica, beneficiam de uma vantagem imoral (face aos materiais naturais e reciclados), cuja génese é uma evidente cobardia politica, porque ao contrário do que seria expectável, aqueles não são obrigados a internalizar no seu custo, a poluição associada à sua produção. E se estivessem efectivamente interessados em valorizar os materiais naturais (e reciclados), no minimo deveriam ter calculado o custo do carbono, a partir do qual os mesmos se tornariam baratos, face aos materiais de construção actualmente existentes no mercado.
Cálculo esse que seria facilitado por estudos onde são referidos valores muito elevados do custo do carbono, como condição necessária para limitar o aquecimento global do Planeta, como aquele estudo a que fiz referência num post anterior de Outubro de 2021: "há estudos anteriores, por parte do catedrático jubilado James K. Boyce, da universidade Massachusetts Amherst) onde se analisa um trabalho do Nobel Nordhaus, que apontam para a necessidade de valores do custo do dióxido de carbono muitíssimo superiores, num cenário de uma subida de temperatura de 2.5 ºC relativamente a níveis pré-industriais: "The price required to achieve the 2.5 °C maximum starts more than six times higher at about $230/mt CO2 in 2020, rising to about $1000 in 2050" https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S092180091731580X#bb0275