O extracto supra diz respeito a um artigo do Expresso, que foi ontem colocado online. A frase que mais apreciei no referido artigo, foi aquela proferida por um investigador, que perguntado sobre o assunto em questão, disse de forma bastante sintética:
“Este betão, usado a partir da II Guerra Mundial, sobretudo por ser mais barato e fácil de empregar, não é um perigo em si, mas, como todos os materiais, tem um prazo útil de vida”.
Infelizmente, para a população do Reino Unido e também para a população de quase todo o Planeta, aqueles indivíduos, que se candidatam e são eleitos para cargos políticos e tomam decisões sobre obras públicas, partilham entre eles uma característica assaz peculiar, o seu cérebro é absolutamente incapaz de compreender o conceito de vida útil. E foi por causa disso que na Itália, há apenas 5 anos atrás, a ponte Morandi, que não foi construída com o tal cimento dito de "chocolate", chegou ao fim da sua vida (útil) levando consigo as vidas de quatro dezenas de vidas de cidadãos Italianos.
Faço por isso votos que a comunidade científica consiga explicar de forma cabal porque é que o cérebro dos políticos é absolutamente incapaz de compreender o conceito de vida útil. Quem sabe talvez parte da explicação, esteja naquele estudo de investigadores da universidades de Oxford e de Loughborough, que mostraram que certas formações académicas (como aquelas maioritariamente frequentadas por politicos), estão associadas a uma grave redução de uma substância cerebral crítica, o ácido gama-aminobutírico, que é fundamental para o raciocínio lógico e a resolução de problemas.https://www.pnas.org/doi/10.1073/pnas.2013155118#sec-5
PS - Há poucos meses atrás, mais precisamente no dia 13 de Junho, publiquei neste blogue um post sobre a referida ponte Morandi https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2023/06/chatgpt-ensina-como-projectar-um-betao.html