terça-feira, 3 de setembro de 2024

Universidade de Aarhus - Como reverter o declínio da inovação na investigação ?



Dando continuidade ao meu post anterior de 2 de Fevereiro, sobre a criatividade e as estratégias para inverter o declínio da inovação científica, aproveito para divulgar um recente artigo de investigadores da Universidade de Aarhus (Top 80 no ranking de Shanghai), o qual investiga os principais conceitos, antecedentes e implicações da criatividade na investigação. https://pure.au.dk/ws/portalfiles/portal/387784079/Note_on_creativity.pdf

É porém lamentável que os autores não tenham citado o livro Creativity in Science: Chance, Logic, Genius, and Zeitgeist, do Dean Simonton (membro do restrito grupo dos Scopus Highly Cited Scientists, h-index=56), livro esse que, não certamente por acaso, mencionei neste blogue há dois anos atrás https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2022/01/medindo-o-imensuravel-na-ciencia-da.html e que entretanto já conta com quase 500 citações na Scopus. O livro do Simonton desafia a noção simplista de que o progresso científico é impulsionado exclusivamente pela lógica ou pelo génio individual. Nele se defende a tese que a criatividade na ciência é moldada pela interação do acaso, pela lógica, pelo brilhantismo pessoal e também pelo contexto cultural. 

Para compensar a referida omissão é salutar encontrar, entre as obras referenciadas no tal estudo dos investigadores da Universidade de Aarhus, um interessante artigo altamente citado, com coautoria de Christoph Riedl, das conhecidas Univ Northeastern e Univ de Harvard, intitulado Looking Across and Looking Beyond the Knowledge Frontier: Intellectual Distance, Novelty, and Resource Allocation in Science. 

PS - No presente contexto, faz sentido a revisitação do post onde suscitei reservas quanto à contratação de investigadores excessivamente envolvidos com redes sociais superficiais. https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/06/does-proximity-of-other-human-beings.html