No conhecido ranking de investigadores altamente citados Elsevier/Stanford de 2024, há 633 investigadores no ficheiro carreira, que trabalham em instituições Portuguesas. Nos primeiros 100 (cem) lugares, não há um único investigador de um instituto politécnico, porque aquele que lá aparece nomeado já faleceu https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/09/portugal-os-100-investigadores-mais.html
Entre esses 633 investigadores, há apenas duas dezenas pertencentes a institutos politécnicos, o que representa apenas 3 (três)% do total, mas o mais estranho é que 90% dos investigadores dos politécnicos que aparecem nesse ranking, pertencem a instituições localizadas acima do Rio Mondego, o que diz bastante sobre a baixa relevância, das investigações, produzidas nos institutos Politécnicos localizados abaixo do Rio Mondego.
E agora que os Politécnicos passaram a estar habilitados a atribuir o grau de Doutor (Lei nº 16/2023 do Governo de António Costa), deveria pelo menos limitar-se essa possibilidade somente aos professores desse subsistema, com uma obra científica minimamente relevante, para evitar que aqueles possuidores de uma obra irrelevante, leia-se de esterilidade científica comprovada, prejudiquem de forma irreversível a carreira dos futuros doutorados, como foi demonstrado num estudo de 2019 de investigadores da UCLondon https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/09/junior-researchers-who-coauthor-work.html e foi novamente demonstrado num outro estudo publicado este ano, que foi mencionado na prestigiada revista Science https://www.science.org/content/article/budding-scientists-inherit-career-success-or-lack-it-their-mentors
PS - Sobre os politécnicos onde a irrelevância científica parece ser "tradição", sendo incapazes de produzir um único artigo que receba mais de 300 citações Scopus revisite-se o post https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/01/ranking-da-irrelevancia-cientifica.html