O post anterior, acessível no link supra, continha uma pergunta importante: Qual é o país que tem mais a perder, se a Clarivate Analytics corrigir os critérios pouco rigorosos, sobre as quais é construída a sua lista de cientistas-HCR ?
Nessa sequência, merece destaque a lista dos sete países, supra, que possuem o maior número de HCRs, em todo o Planeta, utilizando para o efeito dados fornecidos pela própria Clarivate Analytics e comparando essa informação com a percentagem de investigadores que esses países possuem nas listas correspondentes ao Top 0.5% do ranking Stanford, utilizando o ficheiro anual e o ficheiro carreira daquele ranking.
Como bem se percebe, é evidente que se o ranking da Clarivate Analytics passar a utilizar os mesmos critérios que são utilizados pelo ranking Stanford, isso levará a que a China sofra uma queda bastante expressiva na sua percentagem de investigadores altamente citados, o que por sua vez se irá reflectir muito negativamente na posição das suas universidades no conhecido ranking Shanghai, que é baseada também no número daqueles investigadores.
Tendo em conta que a Clarivate factura anualmente quase 500 milhões de dólares na China, isso ajuda a explicar porque é que a mesma não está interessada em fazer nada que possa prejudicar a reputação daquele país, até porque a China é conhecida por se vingar de todos aqueles que lhe desagradam, como sucedeu à Lituânia, alvo de um violento bloqueio comercial, quando decidiu reconhecer Taiwan. É evidente que a Clarivate Analytics não pretende ser alvo de um bloqueio comercial similar, pois isso representaria uma queda muito significativa das suas receitas, o que ajuda a explicar a sua teimosia em manter uma lista de cientistas construída com critérios errados que produz resultados que fazem pouco sentido.