terça-feira, 28 de outubro de 2025

Mais um concurso que anulei em tribunal, desta vez na universidade do Porto

À semelhança de outros concursos académicos dos quais consegui obter anulação judicial, fui ontem informado que uma acção de impugnação que intentei relativamente a um concurso para uma vaga de Professor Associado no departamento de engenharia civil da Universidade do Porto conseguiu levar à anulação do mesmo.  A bizarra decisão do júri desse concurso, cujos juízes também não conseguiram compreender, é evidente na argumentação que aduzi em sede de audiência prévia e da qual reproduzo um breve extrato. 

Reproduzo também no final do post o nome dos jurados, destacando com louvor dois deles — a catedrática Maria de Lurdes da Costa Lopes e o investigador-coordenador, Arlindo Freitas Gonçalves — pela dignidade e integridade que demonstraram ao reconhecer o óbvio: que a produção e o impacto científico do currículo do candidato que venceu o concurso (sabe-se agora que em violação da lei) eram muitíssimo inferiores aos meus. 

E, por elementar caridade cristã, abstenho-me de nomear, como efectivamente mereciam, os jurados cuja produção e impacto científicos eram, também eles inferiores aos meus — embora o tenha feito, em sede de audiência prévia, quando escrevi: "...algo incompreensível, pois o trabalho científico do referido jurado não conseguiu receber ao longo de 34 anos...tantas citações quantas recebeu o trabalho do ora requerente em apenas 7 anos".

Documento esse onde também se pode ler o elucidativo extracto que abaixo reproduzo: 
...Desde logo não se percebem (de todo) as pontuações do jurado nº 2 (Jorge de Brito) por exceder 100% nem tão pouco as dos jurados 1 (Fernando Branco), 4 (Fernando Henriques) e 6 (Vasco Freitas) e por não terem atribuído neste critério 100% a nenhum dos 9 candidatos. Quase parecendo que a pontuação atribuída o foi em termos absolutos e não relativos. Contudo somente atribuindo a pontuação de 100 ao candidato melhor classificado em cada critério (como o fizeram os jurados 3, 5 e 7 (Arlindo Gonçalves, Álvaro Cunha e Maria de Lurdes Costa)) e graduando a produção dos restantes candidatos se podem relativizar as pontuações entre os diferentes candidatos. Torna-se assim necessário perceber a pontuação relativa entre o ora requerente e o candidato que o projecto de Lista Unitária de Ordenação Final de candidatos coloca na 1ª posição, a qual se apresenta na tabela 2.

Tabela 2- Vantagem percentual relativa entre a pontuação do ora requerente e do candidato que o projecto de Lista Unitária de Ordenação Final de candidatos coloca na 1ª posição

Jurado 1

IST

Jurado 2

IST

Jurado 3

LNEC

Jurado 4

UNL

Jurado 5

U.Porto

Jurado 6

U.Porto

Jurado 7

U.Porto

0%

160%%

238%

142%

154%

133%

286%


Produção de artigos em revista SCI - vantagem de aprox. 2.350% entre a produção do ora requerente e do candidato que o projecto de Lista Unitária de Ordenação Final de candidatos coloca na 1ª posição. 

Rácio de artigos em revista SCI/ano (contados a partir do ano imediatamente a seguir à conclusão do Doutoramento) - vantagem de aprox. 3.400% entre a produção do ora requerente e do candidato que o projecto de Lista Unitária de Ordenação Final de candidatos coloca na 1ª posição. 

Factor de impacto acumulado – vantagem de aprox. 13.000% entre a produção do ora requerente e do candidato que o projecto de Lista Unitária de Ordenação Final de candidatos coloca na 1ª posição. 

Citações de artigos em revista ISI – vantagem de aprox. 3.300% entre a produção do ora requerente e do candidata que o projecto de Lista Unitária de Ordenação Final de candidatos coloca na 1ª posição.

O candidato que o projecto de Lista Unitária de Ordenação Final de candidatos coloca na 1ª posição não cumpria sequer (à data da candidatura) o primeiro critério mínimo de qualidade científica para Orientar teses de Doutoramento na área da engenharia civil financiáveis pela FCT.

Composição do Júri:
Catedrático Fernando António Baptista Branco............Universidade de Lisboa
Catedrático Jorge Manuel Caliço Lopes de Brito..........Universidade de Lisboa
Catedrático Fernando Manuel Anjos Henriques...........Universidade Nova de Lisboa
Investigador-Coordenador Arlindo Freitas Gonçalves..LNEC
Catedrático Vasco Manuel Peixoto Araújo de Freitas...Universidade do Porto
Catedrático Álvaro Matos Ferreira da Cunha...............Universidade do Porto
Catedrática Maria de Lurdes da Costa Lopes..............Universidade do Porto

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

The Ultra-Rich Are Moving Beyond Luxury: Which Nations Stand to Gain Most?

https://www.economist.com/finance-and-economics/2025/10/12/why-the-ultra-rich-are-giving-up-on-luxury-assets

A recent article in The Economist (linked above) highlights a notable shift in the consumption patterns of the ultra-rich. Traditional luxury assets—such as sports cars, private jets, boats, and sprawling mansions—are losing their appeal as symbols of status because their ubiquity and replicability have diluted their exclusivity. In response, the global elite are increasingly allocating wealth toward highly curated, experiential offerings that are inherently limited and often non-transferable. These include access to elite events, bespoke travel and hospitality, and other immersive experiences that combine social prestige with scarcity. Recognizing the potential economic implications of this shift, I engaged GPT-5 to conduct a foresight analysis identifying the countries most likely to benefit from evolving ultra-wealthy consumption patterns. The excerpt below presents the opening segment of GPT’s analysis, covering the first three countries (Italy, France and Portugal) in the Top 10 ranking, as elaborated in the full response.

Equally noteworthy in the realm of the ultra-rich is the importance of acknowledging other forms of immersive experiences that carry substantial social prestige—among them, the act of paying taxes. In this context, it is particularly commendable to highlight the work of economist Gabriel Zucman, whose most recent book, Billionaires Don’t Pay Income Tax—and We’re Going to Stop It mercilessly exposes the parasitic behavior of the ultra-rich, who rig the system to dodge their fair share while the rest of society bears the burden. He lays bare the staggering scale of tax avoidance, dissects the loopholes they exploit, and proposes a simple but radical fix—a modest annual wealth tax to claw back stolen fairness. More than a policy prescription, Zucman’s work is a searing indictment of economic privilege, framing tax compliance as a non-negotiable civic duty and a measure of basic human decency in a society hollowed out by the greed of its wealthiest members, whose effective tax rate hovers around 0.3% of their wealth. https://www.amazon.fr/milliardaires-paient-dimp%C3%B4t-revenu-allons-ebook/dp/B0FT3526SD 

GPT-5 foresight analysis on Italy, France, and Portugal, the top three countries most likely to benefit from recent shifts in the consumption patterns of the ultra-rich:

Italy — The Rebirth of Sensual Culture

Italy stands at the epicenter of this experiential turn. Its fusion of high culture, gastronomy, aesthetic refinement, and emotional heritage offers what no synthetic luxury brand can replicate: continuity of meaning. UHNW individuals are increasingly channeling wealth into private villas, vineyard estates, and immersive culinary sanctuaries, where the allure lies in authorship—crafting and living one’s own Italian narrative. Regions such as Tuscany, the Amalfi Coast, and Lake Como exemplify this evolution: the grandeur of marble palazzi gives way to the intimacy of experiential estates that promise restoration, slowness, and discretion. Parallel markets are flourishing in art-restoration tourism, bespoke culinary academies, and heritage craftsmanship residencies, signaling a shift from consumption to cultural stewardship. Italy thus transforms luxury into a lived continuity between art, land, and identity.

France — Luxury as a Cultural Performance

France retains its position as the global benchmark for luxury as performance—an aesthetic, ritualized experience rather than a product. Nowhere else fuses Michelin gastronomy, couture ateliers, and curated art events (such as Paris+ par Art Basel) into a seamless continuum of taste and distinction. The Paris–Provence–Bordeaux axis represents a triad of experiential sophistication: Paris as the stage of symbolic capital, Provence as the sanctuary of sensorial retreat, and Bordeaux as the realm of oenological mastery. Meanwhile, the French Alps (Courchevel, Chamonix, Megève) are rebranding from ostentation to stealth wealth: alpine privacy, unbranded opulence, and the social discretion now prized by the global elite. France’s fastest-growing segment is not retail but invitation-only cultural immersion—events, ateliers, and residencies that render luxury invisible yet inimitable.

Portugal — The Discreet Vanguard of Sustainable Luxury

Portugal emerges as a quiet powerhouse in this experiential economy, offering a blend of climate stability, safety, affordability, and authenticity. For the ultra-wealthy seeking post-bling serenity, Portugal provides what global metropolises cannot: intimacy without isolationThe Lisbon–Comporta–Alentejo corridor is becoming a laboratory for experiential minimalism—a style that privileges substance over spectacle. Foreign capital increasingly flows into sustainable estates, creative residencies, and wellness retreats, where the emphasis is on regeneration, not display. The country’s discreet identity—cultured yet unpretentious—positions it as the ideal destination for the new aristocracy of restraint. Its emerging niche is clear: “quiet luxury” fused with environmental consciousness, a lifestyle defined not by accumulation but by alignment with place and purpose.

quinta-feira, 23 de outubro de 2025

A comprovação de um novo recorde mundial



Relativamente aos vários recordes mundiais, listados no post acessível no link supra, posso agora acrescentar mais um, o de investigador mais citado, na área dos materiais activados alcalinamente e ou geopoliméricos, comprovado atráves de uma pesquisa na Scopus, a maior base de literatura cientifica indexada a nível mundial, relativamente ao rácio K-index/ano, que nos últimos 5 anos cresceu de forma muito acentuada mais de 150%.   

PS -  O K-index tem a vantagem de não ser influenciado por publicações que receberam poucas citações, o que significa, que como afirmou o catedrático Carlos Fiolhais em 2018, consegue medir "de modo mais perfeito o impacto na comunidade científica".