domingo, 21 de setembro de 2025

UAveiro e UMinho lideram pódio do Top 0.5% do ranking Elsevier - Stanford 2025

 

Ainda na sequência do post que divulguei ontem no link infra, aproveito para divulgar hoje a imagem (supra) que mostra qual o desempenho comparado, entre as sete universidades mais competitivas de Portugal (as únicas que aparecem no ranking Shanghai), entre termos do seu rácio investigadores no Top 0,5% do ranking de investigadores Elsevier-Stanford por docente ETI. https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2025/09/acaba-de-ser-revelado-o-conhecido.html

PS - Em Setembro do ano passado analisei o rácio de 25 países em termos de investigadores no Top 0,5% por milhão de habitantes, onde mostrei que o rácio da Suíça era 1350% superior ao de Portugal e não fosse o desempenho muito positivo de universidades como Aveiro e Minho, altamente subfinanciadas (ao contrário das duas ricas universidades de Lisboa), e Portugal estaria ainda muito mais longe do desempenho da Suiça  https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/09/nobel-para-ciencia-portuguesa-clarivate.html

sábado, 20 de setembro de 2025

Acaba de ser revelado o conhecido ranking de cientistas Elsevier-Stanford 2025


Relativamente à universidade do Minho, os 5 melhores classificados na lista carreira do ranking Elsevier-Stanford são, o catedrático Nuno Peres, o catedrático Paulo Lourenço, o catedrático Rui Reis, o investigador dono deste blogue e o catedrático Nuno Carvalho Sousa, em posições que no referido ranking correspondem ao subgrupo top 0.5%

É importante reafirmar que se trata-se do único ranking mundial de investigadores que consegue cumprir três condições fundamentais, e que além disso inclui 90% dos prémios Nobel:  

Primeira - Ser baseado na Scopus ou na Web of Science, para assim permitir a desambiguação de publicações (existem milhares de perfis "contaminados" no Google Académico com publicações de outros autores) e evitar também o lixo "científico" de citações em publicações não revistas por pares, cujo número explodiu nos últimos anos, e que existem em abundância/excesso nessa última plataforma, que é conhecida por aceitar tudo, rigorosamente tudo, até publicações geradas por IA, sem qualquer contributo humano.
Segunda ​- Ser capaz de remover o efeito da terrível praga das auto-citações, em que muitos cientistas se tornaram verdadeiros especialistas​ ​https://www.nature.com/articles/d41586-019-02479-7
Terceira ​- Ser capaz de anular a vantagem artificial e perniciosa das citações em publicações com centenas ou milhares de co-autores, utilizando para esse efeito a contagem fraccionada, sugerida pela primeira vez em 2008 pelo Alemão Schreiber e mais recentemente por Koltun e outros. https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/11/evaluating-researchers-in-fast-and.html
PS - Note-se que nem sequer o conhecido ranking da Clarivate Analytics (o primeiro ranking de cientistas que existiu a nível mundial) consegue cumprir todas as referidas três condições e pior do que isso, descredibiliza-se de forma flagrante por incluir somente 10% dos prémios Nobel, o que constitui uma falha muito grave https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2025/01/whats-value-of-scientist-ranking-that.html

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

O futuro bastante negro dos estudantes que agora ingressam num curso de medicina

 

Ainda na sequência do post anterior de título "O desemprego massivo de médicos vai chegar mais depressa do que se imaginava", onde revelei um estudo da Microsoft que demonstrou que a IA consegue acertar em mais de 80% dos diagnósticos clínicos complexos, contra apenas 20% de médicos experientes e um outro estudo da universidade Johns Hopkins que desenvolveu um modelo de IA capaz de prever ataques cardíacos fatais com até 93% de precisão, atente-se agora nas capacidades de um novo modelo de IA (Delphi-2M) que consegue prever o risco do aparecimento de mais de mil doenças com várias décadas de antecedência https://www.publico.pt/2025/09/17/ciencia/noticia/modelo-ia-preve-risco-mil-doencas-decadas-antecedencia-2147539 

E se este é actualmente o estado da arte da IA generativa quando ainda nem sequer passaram três anos desde que o modelo ChatGPT foi tornado público, é legítimo questionar qual será o nível de sofisticação de futuros modelos de IA com aplicações na área da medicina, daqui a seis anos, que é o tempo da formação inicial de um curso de medicina (já para não falar dos anos subsequentes necessários para se obter a especialidade) e a elevada probabilidade desses modelos contribuírem para obsolescência ou, pelo menos, para a redundância de muitas especialidades da profissão médica.

A primeira consequência positiva desse cenário maravilhoso será o afastamento de "médicos" que ingressaram nessa profissão sem qualquer vocação (manifestando até repulsa pelo contacto com doentes), movidos apenas pela oportunidade de se tornarem milionários. E igualmente, será uma oportunidade para expurgar dessa profissão os inúmeros casos de incompetência grosseira, como aquele médico que fazia ecografias em apenas cinco minutos ou aqueles muitos a quem foram levantados milhares de processos disciplinares que nunca mais estão concluídos e quando finalmente são concluídos, ao fim de mais de uma década, resultam em penas disciplinares ridículas, como neste caso aqui https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/01/12-anos-para-condenar-um-medico-para.html

PS - O jornal Público revela hoje um estudo sobre o ChatGPT que revela que no último ano as mulheres ultrapassaram os homens na utilização daquele modelo de IA https://www.publico.pt/2025/09/18/enter/noticia/chatgpt-usado-mulheres-maior-crescimento-paises-pobres-2147583?ref=hp&cx=ultimas_1