A estranha afirmação no jornal Público, que utilizei no título deste post foi proferida por um professor associado com Agregação da universidade do Porto (que pertence a um departamento que já tinha comentado aqui) e que tem alguns artigos em co-autoria com o "Ronaldo das Finanças" do Rui Rio, o agora deputado Joaquim Miranda Sarmento, e é estranha na justa medida em que a distância entre Lisboa e Buenos Aires é 32 vezes superior à distância entre Lisboa e a Cova da Beira e os impostos sobre a gasolina embora sejam bastante elevados são inferiores a 100% do custo da gasolina, pelo que mesmo que por hipótese eles fossem de 100% e desaparecessem por artes mágicas, então o custo do produto desceria 100%, sendo de difícil percepção como é que isso seria suficiente para inverter o diferencial de custo associado a uma distância 32 vezes superior (isto já para nem falar dos elevados custos de carregar e descarregar um navio) https://www.publico.pt/2022/06/07/economia/noticia/nao-investimos-ferrovia-taxamos-camiao-deixamos-avioes-navios-poluirem-pagar-impostos-2009125
Muito mais ousada porém, pertencendo quase ao domínio da futurologia, é a afirmação simplista do mesmo professor, segundo a qual "Se eu retirasse toda a taxação da gasolina induziria uma diminuição da poluição a nível mundial porque os produtos deixariam de vir de tão longe e passávamos a ter redes curtas de produção e distribuição” que é o que se chama fazer previsões grandiosas, à escala de um Planeta, onde vivem milhares de milhões de pessoas, sem qualquer estudo que as confirmem.