terça-feira, 7 de junho de 2022

As interacções como princípio existencial

  

https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2022/05/a-anarquia-como-estrategia-de_31.html

Ainda sobre o post acima, no qual foi mencionado um importante artigo de um professor catedrático aposentado da universidade do Minho, que escreveu num artigo da revista da Ordem dos Engenheiros (provavelmente o artigo mais interessante que li naquela revista), que sistemas pobres em interacções rapidamente se extinguem, é interessante revisitar na longa entrevista que esta Sexta-Feira o Expresso fez ao físico Carlo Rovelli, a parte em que ele diz que:
 "Um átomo não é um átomo em si mesmo, é um modelo de interacção com o resto...um objecto nada mais é do que as suas interacções"https://expresso.pt/revista/2022-06-02-Este-mundo-nao-e-o-unico-possivel.-Grande-entrevista-a-Carlo-Rovelli-o-pai-da-teoria-da-gravidade-quantica-5fe8c6a2

No contexto supra é pertinente relembrar que é fácil saber qual o número de interacções directas de qualquer cientista, aferidas pelo número de cientistas com os quais já trabalhou, bastando para isso apenas aceder à palatforma Scopus e pesquisar o número total de co-autores, porém muito melhor seria saber qual o número total de interacções, não só de forma directa, mas também de forma indirecta, através de citações, do número de Mendeley Readers e bem assim aquelas interacções avaliadas pela Plum Xmetrics (plataforma Scopus) e pela Altmetrics (plataforma Publons), mas que neste momento só é possível aferir artigo a artigo, o que impede não só uteis comparações de valores totais entre cientistas da mesma área científica, mas também impede que se conheçam quais são os investigadores cujo número de interacções totais é tão reduzido que é quase como se aqueles não existissem, pelo menos à luz da interpretação do físico Carlos Rovelli.  

PS - A primeira vez que comentei o físico Carlos Rovelli foi em Novembro de 2019 https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/11/e-preciso-ser-rebelde-para-se-ser-um.html