Na sequência do post supra de 27 de Agosto, sobre os resultados das colocações no curso de Engenharia Civil, durante a 1ª fase de acesso ao ensino superior, ficou-se hoje a saber que, exatamente como sucedeu na 2ª fase do ano passado, este curso recolheu sete dezenas de candidatos, o que na soma das duas fases, mostra um valor idêntico ao do ano passado, significando isso que a palavra de ordem para este curso é agora de estabilização da procura e essa estabilização é bastante mais evidente se olharmos para a imagem abaixo, sobre as colocações neste curso, na 1ª fase (a fase mais importante onde em regra entram mais de 80% dos candidatos) durante os últimos 18 anos, onde é evidente que a seguir à queda acentuada que se iniciou em 2008, e que atingiu um mínimo em 2014, seguiu-se uma recuperação, que entrou em fase de estabilização de há 7 anos a esta parte.
Entendo que há duas maneiras de olhar para a referida estabilização, a do copo meio cheio, que olha basicamente para o facto de há vários anos que este curso tem vindo a receber anualmente quase seis centenas de alunos. E a do copo meio vazio, que é a minha, que muito lamenta que a procura deste curso tenha estabilizado muito abaixo de uma procura anual que por regra era superior a 1000 candidatos. Situação essa que é de difícil entendimento, pois não há perspectivas da indústria da construção, no espaço europeu e fora dele, se encaminhar para uma redução da sua produção, antes pelo contrário, como dão conta por exemplo os 940 biliões que foram mencionados aqui https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2022/07/as-previsoes-de-um-catedratico-sobre-as.html Mas o mais difícil de entender é que a procura do curso de Engenharia Civil ainda não esteja a beneficiar da inevitável fuga de candidatos dos cursos (que na verdade são apenas perda de tempo e de dinheiro) destinados a empregos que IA irá substituir.