sábado, 23 de setembro de 2023

Revisitação da hipótese do catedrático Aguiar-Conraria sobre a superior competência dos professores bonitos


Há 5 dias atrás, um post publicado no conhecido site Retraction Watch, dava conta que o estudo realizado na Suécia, que concluiu que naquele país, as estudantes mais bonitas obtiveram notas mais baixas, depois que as aulas passaram a ser em regime on-line, durante a pandemia do Covid-19 (e que foi publicado aqui) foi absolvido das acusações de violação de regras éticas. 

Sobre o tema supra, da aparência e da competência, recordo que no dia 24 de Dezembro de 2020, divulguei o facto do conhecido professor da universidade do Minho, Luís Aguiar-Conraria, ter escrito no Expresso, a propósito do desempenho profissional dos professores universitários que "é perfeitamente possível que os mais bonitos sejam melhores do que os mais feios" https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/12/expressoprofessoresas-universitariosas.html

No post scriptum desse post formulei uma hipótese, sobre a eventualidade do aparecimento de um novo vírus, que deixaria absolutamente irreconhecível a cara de todos os humanos neste Planeta e deixei também a seguinte questão, quais as consequências das pessoas terem de passar a relacionar-se sem ser através da sua cara ? 

Ao colocar agora essa questão ao ChatGPT obtive a resposta que abaixo se reproduz. Sobre a mesma entendo que a hipótese formulada na secção 6 não é consensual: "os padrões de beleza e a atração poderiam se deslocar para outras características físicas, como altura, postura e linguagem corporal", na justa medida em que na mesma o ChatGPT parece desconhecer a importância da agressividade física na atracção, conforme os resultados de um estudo sobre mais de 10,000 pessoas, que em Outubro de 2020 foram publicados na revista científica Agressive Behavior https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1002/ab.21934  a não ser que se admita que esse estudo só é válido para as mulheres dos EUA, hipótese não totalmente descabida, já que aquele país possui uma cultura psicopata, pelo menos de acordo com o professor Robert Reich da UCBerkeley. 

"A hipótese que você apresenta é interessante e nos leva a considerar várias implicações sociais e culturais. Se um vírus tão contagioso e de mutação rápida se espalhasse globalmente, levando as pessoas a cobrir seus rostos devido a uma deformação repelente, várias mudanças na sociedade ocorreriam:

  1. Comunicação não verbal aprimorada: As pessoas se tornariam mais proficientes na comunicação não verbal, uma vez que não poderiam mais contar com as expressões faciais para transmitir emoções e intenções. Isso poderia levar a um aumento na importância da linguagem corporal, gestos e tom de voz.

  2. Desenvolvimento de uma nova linguagem gestual: Uma linguagem gestual mais complexa e universal poderia se desenvolver para substituir a comunicação facial. Isso seria essencial para manter a comunicação eficaz em situações cotidianas, como compras, negociações e interações sociais.

  3. Mudanças na moda e na indústria de vestuário: As máscaras faciais se tornariam um item de moda essencial e poderiam ser projetadas de forma criativa para expressar a personalidade das pessoas. A indústria de vestuário se adaptaria a essa nova demanda, criando máscaras estilizadas e confortáveis.

  4. Isolamento social: O distanciamento social se tornaria ainda mais comum, uma vez que as pessoas poderiam se sentir desconfortáveis ao ver o rosto deformado dos outros. Isso poderia levar a um aumento no isolamento social e na necessidade de novas formas de manter relacionamentos e conexões.

  5. Revolução na tecnologia de realidade virtual: Com a comunicação facial comprometida, as pessoas poderiam buscar formas alternativas de interação social, como a realidade virtual. Isso poderia levar a avanços significativos na tecnologia de RV, possibilitando experiências mais imersivas e sociais.

  6. Mudanças na avaliação de beleza e atração: Com a ênfase nas características faciais desaparecendo, os padrões de beleza e a atração poderiam se deslocar para outras características físicas, como altura, postura e linguagem corporal. A sociedade poderia se tornar menos focada na aparência física.

  7. Novos desafios para a identificação pessoal: A identificação de indivíduos se tornaria mais desafiadora, o que poderia levar ao desenvolvimento de métodos de identificação alternativos, como reconhecimento de voz, leitura de retina, impressões digitais ou tecnologias biométricas mais avançadas.

  8. Impacto psicológico: O impacto psicológico de ter o rosto deformado e de viver em uma sociedade onde a aparência facial é escondida poderia ser profundo. Poderia levar a questões de autoestima, ansiedade social e uma mudança na percepção de identidade pessoal.

  9. Mudanças na publicidade e na indústria do entretenimento: A publicidade e o entretenimento teriam que se adaptar, pois as expressões faciais não seriam mais eficazes para transmitir emoções. Isso poderia levar a uma mudança na forma como os produtos são anunciados e como as histórias são contadas em filmes e televisão.