Na sequência do post acessível no link supra, sobre um artigo onde se afirma que a inteligência artificial vai mudar a forma de fazer investigação e acelerar radicalmente o ritmo das descobertas científicas, é pertinente divulgar um outro artigo, bastante mais recente, de investigadores dos EUA (MIT), da Coreia e de Israel com o título "Será que o ChatGPT é capaz de gerar hipóteses científicas ?" de que abaixo reproduzo um pequeno extracto traduzido para língua Portuguesa:
“A investigação baseada em
hipóteses está no cerne do empreendimento científico. Os
cientistas propõem declarações inequívocas sobre o mundo que
podem ser testadas experimentalmente. Uma
boa hipótese pode ter um “retorno do investimento” muito
elevado. O investimento inclui o tempo gasto na articulação
da hipótese e nas experimentações necessárias para infirmar ou
provar a afirmação. O “retorno” é a gama de
aplicações que tal afirmação, se verdadeira, pode ser capaz de
auxiliar nas previsões da dinâmica, no projeto de dispositivos,
etc. A mecânica newtoniana foi uma ótima hipótese porque sua
aplicabilidade abrange desde corpos celestes até moléculas, e o
investimento foi em grande parte observacional e de baixo custo.
Neste momento, não esperamos que o GPT-4 seja capaz de gerar
hipóteses tão amplas e de elevado retorno. Mas será que ele será
capaz de gerar hipóteses novas e interessantes como os cientistas
fazem no seu dia-a-dia? Executamos uma série de testes...Os resultados são variados e intrigantes...”
https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2352847823001557#appsec1
PS - Uma pesquisa realizada hoje na base Scopus, sobre os países que possuem mais publicações sobre o ChatGTP, mostra que Portugal produziu entretanto mais duas, totalizando agora sete, o que faz com que tenha evoluído da anterior posição 57ª (abaixo de países do terceiro mundo como o Bangladesh) para a posição 51ª. Contudo como os outros países não tem estado parados, Portugal ainda continua abaixo de países como o Paquistão e o Camboja, países cujo PIB/capita é inferior a 7% do PIB/capita de Portugal.