quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

O elo comum entre o judeu Elad Kaspin, o palestiniano Khalid Mansour e o português Pacheco Torgal


Hoje o jornal Público contém um interessante artigo sobre uma empresa que produz materiais de construção, à base de fibras vegetais. Nesse artigo fica-se a saber que a referida empresa opera no Baixo Alentejo, dedicando-se à produção de blocos para paredes de edifícios, à base de cal e cânhamo (Cannabis sativa), sendo propriedade de um israelita de nome Elad Kaspin e a um palestiniano Khalid Mansour, que assim contribuem para ajudar Portugal a atingir a conhecida e urgente meta europeia da descarbonização do parque edificado https://www.publico.pt/2024/01/17/local/noticia/partir-alentejo-canhamor-quer-ajudar-descarbonizar-casas-2076860

O meu interesse sobre os materiais de construção, à base de fibras vegetais, iniciou-se há quase 15 anos atrás, com um artigo que se tornou um dos mais citados de sempre da engenharia civil Portuguesa https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/05/engenharia-civilartigos-mais-citados-de.html e que passados todos estes anos, ainda surpreendentemente, continua a receber todos os anos, dezenas de citações de investigadores estrangeiros, aliás só em 2023 e 2024 recebeu sete dezenas de citações. 

Recordo que no passado mês de Novembro, divulguei a minha intenção de submeter à editora Elsevier, duas propostas para duas edições de dois livros. https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2023/11/amazon-livros-mais-vendidos.html  Na altura escrevi que esperava que as mesmas fossem aprovadas em Janeiro de 2024 e foi exactamente isso que sucedeu há vários dias atrás, o que significa em primeiro lugar, que mais uma vez, irei contribuir para ajudar o nosso país, numa área (a dos livros selecionados para indexação) onde aquele apresenta um deplorável desempenho internacional (note-se que  nessa área o Reino Unido leva uma vantagem de 240% sobre Portugal mesmo depois de corrigida a diferença populacional) https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2023/12/como-e-que-universidade-de-lisboa.html  Sucede que não certamente por acaso, o primeiro desses livros, é dedicado precisamente às últimas investigações, realizadas a nível mundial, na área dos materiais de construção à base de espécies vegetais, uma tendência imparável, cada vez com mais futuro, no sentido de se conseguir reduzir a elevadíssima pegada carbónica dos edifícios.  

PS - Embora haja muitos que não sabem ou que simplesmente se recusam a acreditar nisso, o parque edificado possui uma pegada carbónica que é superior à do sector rodoviário e mais importante ainda, um artigo publicado na prestigiada revista The Economist, mostrou que é (economicamente) muitíssimo mais eficiente, reduzir a pegada carbónica dos edificios do que substituir veículos de combustíveis fósseis por veículos elétricos https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/03/the-economistwhats-cheapest-way-to-cut_8.html