sábado, 29 de junho de 2024

Mais uma injúria pública aos catedráticos


Já era público, há vários anos, que os catedráticos ganhavam menos do que aquilo que é o salário médio, que se pratica no Banco de Portugal, entretanto no passado mês de Maio ficou também a saber-se que dezenas de dirigentes da Santa Casa ganham mais do que um catedrático no último escalão e agora, através da secção de economia do semanário Expresso, fica-se a saber que o salário médio, da tecnicamente falida TAP, é superior ao que ganha um catedrático no penúltimo escalão.    

Mas qual será o jovem investigador, de elevado potencial, que pretenderá ficar em Portugal, se sabe de antemão, que mesmo que seja o melhor da sua geração, o máximo que algum dia poderá auferir, se conseguir chegar ao topo da carreira, ao fim de muitos anos, é menos do que recebe um trabalhador médio do BP, menos do que recebem muitos dirigentes da Santa Casa e até menos do que recebe um  trabalhador médio da TAP ? Como é que é possível entender que durante o Salazarismo um catedrático estava no topo dos vencimentos da função pública e que desde o 25 de Abril foi sempre a andar para baixo ? Faz algum sentido que a democracia tenha menos respeito remuneratório pela Academia do que o antigo “regime” ?  

E porque não permitir, como defendi há vários anos atrás, que os investigadores possam copiar o que fazem certos magistrados, para assim poderem poupar ao longo da sua carreira mais de meio milhão de euros em impostos ? https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/03/porque-e-que-os-investigadores-tambem.html

PS - E nem é bom falar do valor das pensões de reforma dos catedráticos, que ficam muitíssimo abaixo do valor da pensão de reforma do cadastrado Armando Vara https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2022/07/catedraticos-pela-rua-da-amargura.html