Continuando o tema do post anterior, onde ainda antes da imprensa nacional, que tem obrigações explicitas nessa área, divulguei os resultados do prestigiado ranking Shanghai, no qual Portugal desgraçadamente já só tem 3 universidades no Top 500, enquanto a Itália tem 18 universidades, faz todo o sentido questionar, será que o desempenho de Portugal seria radicalmente diferente, para melhor, se o nosso país tivesse copiado a legislação Italiana, que obriga a uma qualificação cientifica mínima dos professores universitários, assim impedindo por via legislativa a existência de catedráticos de h-index=0, que chegaram a esse lugar por conta de "amizades" familiares, políticas ou maçónicas ? https://pachecotorgal.com/2022/09/09/portugal-necessita-urgentemente-de-uma-qualificacao-cientifica-minima/
Não só é lamentável que a imprensa nacional, que é paga para isso, tenha sido mais lenta do que um cidadão comum, a divulgar o desempenho das universidades Portuguesas no ranking Shanghai, mas muito pior do que isso, que não tenham tido a coragem de questionar os responsáveis da Universidade Nova sobre as razões da sua lamentável classificação nesse ranking. O que significa que uma vez mais se confirma a incompetência do jornalismo nacional, vide post de 17 de Agosto de 2022 de título "Jornalismo incompetente que trata os maus resultados de algumas universidades como se fossem boas notícias" https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2022/08/rankings-de-universidades-e-o.html
Declaração de interesses - Declaro que em 2020 divulguei uma tese de doutoramento sobre aquilo que infelizmente realmente interessa a muitos jornalistas deste país https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/04/unovatese-de-doutoramento-sobre.html E declaro também que em 2018 apresentei uma queixa na ERC contra um jornalista do Expresso (ERC/2018/154 (CONT JOR-I)), entidade que me deu razão, confirmando a ocorrência de uma situação de violação do dever de rigor informativo.
PS - É claro que conseguir ter universidades no Top 100 do prestigiado ranking Shanghai, como tem a Finlândia, a Noruega, a Dinamarca, a Bélgica, a Holanda (etc etc etc) e tem muitos outros países fora da Europa, como por exemplo Singapura e a Coreia, não se consegue apenas com a definição de mínimos científicos, mas sim através de uma vontade institucional muito clara, e de um forte apoio à Academia, que infelizmente inexiste em Portugal, por conta da grossa incompetência e ignorância da classe politica.