"Aos 18 anos, Eugénio Neri foi o segundo colocado no curso com a média mais exigente em Portugal: Engenharia Aeroespacial, na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). Entrou com 199,0 valores. No entanto, escolheu não se matricular e deixou uma vaga em aberto. Preferiu rumar além-fronteiras e prosseguir estudos na TU Delft, nos Países Baixos" https://www.publico.pt/2025/09/14/p3/noticia/propinas-baixas-ensino-ingles-paises-baixos-sao-novo-paraiso-academico-jovens-portugueses-2145876
O extrato supra inicia hoje um interessante artigo que integra a edição diária do jornal Público. Nele se fica a saber que se antes do Brexit milhares de estudantes Portugueses escolhiam o Reino Unido para obter uma formação universitária, agora a preferência da juventude nacional vai para os Países Baixos.
Lamentável é porém constatar, a partir das declarações do tal aluno, que ingressou com quase 20 valores na universidade do Porto, que ele acha que tanto essa universidades como a TU Delft estão ao mesmo nível, o que mostra que ele pode até saber muito sobre as matérias sobre as quais foi avaliado, mas sabe muito pouco sobre o desempenho de diferentes universidades.
Não só a TU Delft tem melhor classificação do que a U.Porto no ranking mais prestigiado que existe a nível mundial (ranking Shanghai), mas no caso concreto do curso de engenharia aeroespecial, enquanto que a TU Delft tem o 11º melhor curso a nível mundial, já o mesmo curso na universidade do Porto, não consegue sequer aparecer entre os 50 melhores.
Aliás, se um aluno tão inteligente, ignora essa informação por certo o mesmo acontecerá com a esmagadora maioria dos alunos que agora ingressam no ensino superior, sendo até altamente provável que eles não saibam sequer em que universidades Portuguesas estão os cursos internacionalmente mais competitivos, vide lista https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/11/ranking-shanghai-de-2024-listagem-de-46.html
PS - O que é um facto indesmentível é que nenhuma universidade Holandesa possui os elevadíssimos níveis de endogamia académica que existem em todas as universidades Portuguesas, pelo que faço votos que a modesta proposta deste Governo, no sentido de limitar as contratações endogâmicas (infelizmente) apenas nas unidades orgânicas com percentagens de endogamia acima de 60% contribua para mitigar esse problema https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2025/07/a-proposta-do-governo-para-combater-o.html