sexta-feira, 23 de maio de 2025

Quais são as magnas responsabilidades da Academia quanto a tentar evitar um ataque eminente das forças do obscurantismo ?


Um artigo na última edição da conhecida revista The Economist informa que o ataque de Trump à ciência, que vê como inimiga, está a tornar-se cada vez mais feroz e indiscriminado. Vide link supra.  

Contudo nós por cá ainda só demos conta da parte "positiva" desse ataque, o da fuga de cientistas para a Europa, esquecemos porém, como é que esse ataque está a inspirar a extrema-direita noutros países, a copiar as acções do mesmo Trump, exactamente como já acontece na Holanda, o país onde a extrema-direita está a tentar concretizar um ataque sem precedentes à academia  através de cortes orçamentais substanciais,  encerramento de cursos, despedimentos, e ameaças à autonomia académica, vide link para um recente artigo publicado na prestigiada revista Science, https://www.science.org/content/article/new-dutch-right-wing-coalition-cut-research-innovation-and-environmental-protections 

Em Portugal, a extrema-direita ainda nem sequer chegou ao poder, mas os cortes de financiamento, esses já chegaram em força ao ensino superior, como foi denunciado pelos Reitores da UMinho e da ULisboa num artigo no jornal Público no passado dia 17 (artigo esse que divulguei nesse mesmo dia), onde até se escreveu que as unidades de investigação foram vítimas de uma armadilha   https://www.publico.pt/2025/05/17/ciencia/opiniao/sistema-cientifico-risco-rutura-2133334?ref=ciencia 

Assim sendo, é legitimo perguntar o que é que a Academia deverá fazer, para evitar que a extrema-Direita Portuguesa se possa tornar Governo em Portugal ?

A resposta a essa pergunta, que dá título a este post, e que alguns parecem não conhecer ou sequer querer conhecer, até a inteligência artificial a sabe de cor: 
"O dever de um académico diante do crescimento de um partido de extrema-direita é, fundamentalmente, ético, cívico e intelectual. Diante desse cenário, o académico deve exercer com coragem a sua responsabilidade social, atuando como uma referência crítica — um farol orientador — no debate público. Isso implica mobilizar o seu conhecimento para esclarecer a sociedade sobre os riscos que tais movimentos representam para a ciência, a liberdade de pensamento e as instituições democráticas. Tal posicionamento envolve não apenas uma manifestação pública fundamentada, mas também o fortalecimento de redes institucionais e de solidariedade entre pares, além do compromisso com uma educação que promova o pensamento crítico, a cidadania e a defesa dos valores democráticos"

Mas quando falo em Academia, falo concretamente das instituições de ensino superior do Norte de Portugal - a única zona deste país que foi capaz de resistir à maré obscurantista iniciada no Algarve e que já conseguiu contaminar o Sul de Portugal - os quais tem especiais responsabilidades no sentido de garantir que o Norte seja capaz no futuro de continuar a resistir a essa "invasão", pois infelizmente os académicos das instituições do Sul, fizeram pouco ou pelo menos não fizeram o suficiente para impedir o crescimento da extrema-direita, naquela zona do país.

quarta-feira, 21 de maio de 2025

Uma previsão cada vez mais próxima de ser confirmada e a tragicomédia Portuguesa dos professores com um h-index=0

 


Na sequência da minha "pouco" ambiciosa previsão, mencionada no post de 31 de Dezembro de 2020, acessível no link supra, é possível, agora que acabo de chegar a 9999 citações na base de literatura científica indexada Scopus, confirmar que em 2029 chegarei a 15.000 citações naquela plataforma, bastando para isso que as mesmas cresçam exactamente ao mesmo ritmo a que aquelas cresceram entre Dezembro de 2020 e Maio de 2025. 

Já sobre o meu h-index, estimo que em 2029 aquele chegue a 60, sendo importante referir que este valor equivale a um rácio médio anual superior ao rácio dos catedráticos nacionais com o melhor desempenho (Top 5%), e também superior ao rácio dos catedráticos do MIT e do Imperial College London, da mesma área científica, vide Tabelas 2 e 3 no artigo https://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/30767) e quanto ao meu K-index, ficarei satisfeito se em 2029, mantiver a mesma posição relativa, que tenho actualmente na comunidade científica nacional  https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2025/05/reis-e-sousa-mbaraujo-e-paula-moreira.html

No presente contexto, é trágico-cómico saber que na academia Portuguesa há quem tenha chegado a professor associado e até mesmo a catedrático com um indigno h-index=0facto que em universidades decentes os impediria de conseguirem sequer ganhar um concurso de investigador júnior ou de professor auxiliar. Seja como for, eu já fiz a minha parte, no sentido de alertar a comunidade científica internacional, quanto à necessidade desses professores serem tratados como realmente merecem, impedindo que tenham acesso a corpos editoriais, comissões de avaliação de projectos e outros lugares influentes https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/07/how-scientific-community-can-identify.html

PS - Sobre a supracitada tragicomédia vale a pena revisitar um post anterior, acerca de um catedrático do Técnico, que deu uma preciosa ajuda para se entender essa "idiossincrasia" nacional https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/04/9-euros-e-quanto-custa-o-livro-sobre-os.html

terça-feira, 20 de maio de 2025

Blueprints of Breakthroughs: Tracking the Unseen Origins of Tech Revolutions


A recent study published in Scientometrics presents a two-stage method for identifying breakthrough innovations by analyzing how knowledge is connected and reused. The authors introduce the IPC-PKS algorithm, which measures how closely patents are related by tracking both direct citations and more subtle knowledge links. 

The approach uncovered 723 breakthrough cases—mostly involving creative combinations of existing knowledge. Follow-up analysis showed that these breakthroughs were strongly linked to real-world impact, based on how often they were cited later. https://link.springer.com/article/10.1007/s11192-025-05276-4

PS - I reached out to the authors, surprised that they hadn’t cited the study published in Nature Communications, which demonstrates that novelty often arises from combining familiar elements. That work introduced the concept of higher-order novelties—first-time pairings of existing components—and employed higher-order Heaps’ exponents to quantify how rapidly such combinations emerge over time. https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2025/02/the-hidden-equations-behind-scientific.html