terça-feira, 8 de julho de 2025

A proposta de investigadores Alemães para revolucionar a produtividade da indústria da construção e poupar milhares de milhões


Empregando mais de 200 milhões de pessoas em todo o Planeta (quase 13 milhões só na Europa) e representando um mercado no valor de 10 biliões de dólares (10 triliões eq. EUA), a indústria da construção enfrenta graves problemas de produtividade, que cresce apenas 1% ao ano (e pior do que isso desce há dezenas de anos). Se fosse possível aumentar essa produtividade para 3% isso representaria obras com menos atrasos, menos derrapagens orçamentais, menos impactos ambientais e uma poupança global de milhares de milhões.  

Recentemente, investigadores Alemães desenvolveram um modelo que visa transformar obras caóticas em sistemas inteligentes, lançando as bases para uma indústria automatizada, rigorosa e sustentável. Este modelo utiliza dados em tempo real, inteligência artificial e robótica para identificar constrangimentos, reorganizar tarefas e optimizar recursos  https://sciety.org/articles/activity/10.20944/preprints202505.1390.v1

No presente contexto é pertinente divulgar que num artigo publicado há poucos meses, investigadores de Hong Kong, da Suiça, do Reino Unido e da Noruega que identificaram 76 aplicações potenciais da IA generativa para diferentes fases da construção  https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1110016824016776

PS - Seria óptimo que fosse possível poupar milhares de milhões na indústria da construção porque serviriam para tapar um buraco gigantesco relacionado com a mesma. Recordo que há um ano atrás a conhecida revista The Economist puxou para a capa de uma das suas edições, um artigo sobre quem irá pagar a astronómica factura de 25 biliões que engloba três parcelas. A factura das reparações de estragos das habitações por conta de fenómenos climáticos extremos. A factura dos custos de futuras medidas de protecção, as quais permitam evitar estragos ainda maiores (à medida que os referidos fenómenos se forem agravando) e finalmente a factura dos custos da reabilitação energética https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/04/the-economist-gorda-factura-das.html

domingo, 6 de julho de 2025

O académico que já recebeu quase três dezenas de doutoramentos "honoris causa"


Em boa hora os responsáveis pela recente entrevista, acessível no link supra, feita a um conhecido professor universitário, aposentado há muito, que até hoje recebeu quase três dezenas de doutoramentos "honoris causa", puxaram para o seu título a inevitável e angustiante realidade que se avizinha, resumida nas simbólicas palavras "é tarde demais".

Pessoalmente, não encontrei na referida entrevista "nada de novo debaixo do sol", pelo menos depois de ter lido em 2019, um prestigiado cientista da Universidade de Oxford que num artigo publicado na revista Bulletin of the Atomic Scientists, escreveu que no respeitante à crise climática, é preciso afirmar sem rodeios que "é tempo de entrar em pânico" https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/11/o-cientista-que-afirma-que-metade-do.html

Irónico é que num tempo em que os países ricos cortam a fundo na imigração, especialmente naquela proveniente de países pobres, convenientemente se esquecem que são precisamente esses países que se vão tornar inabitáveis por conta dos desmandos ambientais cometidos pelos referidos países ricos. Mas como é absolutamente evidente as largas de centenas de milhões que vivem nesses países (o conservador Zurich Insurance Group apontou recentemente para o valor de 1200 milhões refugiados climáticos até 2050 ) não vão aceitar facilmente serem impedidos de fugir desse inferno futuro e menos ainda, aceitarem ser condenados à morte por um crime (ambiental) que eles não cometeram. 

Recordo que um artigo publicado na revista científica International Journal of Climate Change Strategies and Management, analisou para os 20 países mais poluidores, quantos refugiados climáticos terão aqueles a obrigação moral de receber, a título de exemplo, os EUA, a república da ganância, onde agora um regime fascista, de papel passado, que pretende gastar no novo orçamento quase 900 mil milhões a perseguir imigrantes, mesmo aqueles que há dezenas de anos trabalham de sol a sol naquele país, tem segundo o referido estudo, a obrigação moral de receber 120 milhões refugiados climáticos. https://www.emerald.com/insight/content/doi/10.1108/IJCCSM-10-2016-0149/full/html#sec0012

PS - Na entrevista é mencionado o cenário de um aquecimento global de 3ºC, e sobre esse cenário recordo um artigo que foi publicado na conhecida revista The Economist em 2021, onde se pode ler que nesse cenário não haverá nenhum lugar seguro neste Planeta, na altura mencionei esse artigo aqui https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/11/ter-razao-antes-do-tempo.html

Dissecar a vantagem artificial da "velhice" de um campeão universitário Português

Apesar do catedrático Jorge de Brito da universidade de Lisboa, ter 2305 revisões confirmadas na Web of Science, o que faz dele o mais prolífico revisor nacional, na verdade o seu rácio médio contado da data em que ele se doutorou é de 72 revisões/ano, inferior ao de outros académicos mais jovens. https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/12/uma-previsao-de-2021-sobre-um-professor.html 

Ainda sobre revisões é pertinente recordar a grave acusação feita por dois catedráticos contra os académicos que possuem muito menos revisões do que publicações, e que segundo eles se andam aproveitar do esforço alheio, merecendo a soez classificação de trapaceiros, "cheats” being individuals who submit papers without doing proportionate reviewing