quinta-feira, 31 de março de 2022

Novas regras médicas ditam que só quem nasceu com uma vagina pode tornar-se especialista em ginecologia


Hoje no Público a investigadora Cristina Roldão do ISCTE, exige que a FCT reserve vagas em concursos somente para candidatos "racializados" e fala até, já cá faltava, em "apropriação científica" que o mesmo é dizer que há certos temas que só devem (leia-se só podem) ser estudados por investigadores de determinadas etnias-raças:

Se esta "interessante" tendência pega, qualquer dia ainda veremos a comunidade LGBTI a exigir quotas para investigadores LGBTIzados, os únicos autorizados a estudar temas que respeitem directamente aos membros daquela comunidade ou quem sabe podemos até chegar ao extremo de ver "vaginalizadas" a queixar-se de "apropriação médica" e exigir que que só quem nasceu com uma vagina é que se pode tornar especialista em ginecologia, já que só estas é que verdadeiramente sabem, o que custa por exemplo proceder a sangue frio, a uma cauterização intra-vaginal do útero, ou no mínimo dos mínimos a exigir (como agora o faz a investigadora Cristina Roldão) que haja quotas de acesso a esta especialidade médica, somente para as candidatas "vaginalizadas".

Ainda assim e para que o que acima escrevi, não deixe a falsa impressão que eu não sou sensível ao problema da escravatura, o que não é de todo verdade, tendo por exemplo em conta aquilo que escrevi em 2019 sobre as familias que enricaram na escravatura, apresento por isso uma proposta alternativa aquela feita pela Cristina Roldão. Assim acho que a FCT devia financiar uma Comissão, presidida pela investigadora Cristina Roldão, para apurar quem são afinal os milionários deste país, herdeiros das tais centenas de famílias que enricaram no negócio da escravatura, para dessa forma descobrir quais são aqueles cujas disponibilidades financeiras permitem financiar bolsas de investigação ou cátedras sobre o tema da escravatura a serem feitas por investigadores racializados, pois tenho a (ingénua) convicção que esses sempre preferirão financiar as tais bolsas do que ver tornada pública a identidade daqueles cujo conforto (e até luxo) foi financiado com o sangue de escravos e que agora recusam pagar uma pequena compensação pelos mesmos, esperando (absurda e hipocritamente) que sejam aqueles que nunca beneficiaram directamente da escravatura que paguem as referidas bolsas. 

PS - Essa investigação é também fundamental, para esclarecer por exemplo, se o Português de que se fala aqui foi o único que se tornou milionário no Brasil sem sujar as mãos com sangue de escravos.