É bastante curiosa a forma como funciona a "psicologia" dos governantes da Alemanha, que ao invés de tentarem sensibilizar os Alemães para pouparem energia, para assim reduzirem o montante de dinheiro que enviam para a Rússia e dessa forma ajudarem indirectamente a Ucrânia, acham que os habitantes daquele país são muitíssimo mais receptivos a esse "sacrifício energético" se ele for feito para irritar o cobarde psicopata Bloodymir Putin !
Seja como for e tendo em conta que, seja para irritar o cobarde psicopata Putin seja para ajudar a Ucrânia, o facto é que esta imperiosa necessidade de restrição energética e da implícita minimização de viagens, implica que de certa forma estamos (muito ironicamente) quase de volta ao conhecido paradigma pandémico, em que se incentivou o teletrabalho.
Nesse contexto, é importante ter presente uma recente e interessante entrevista que o Jeff Maggioncalda deu ao jornal Público, na sua qualidade de CEO da Coursera, a conhecida plataforma de ensino online, a quem o Covid-19 ajudou a duplicar o número de utilizadores para quase 80 milhões. Tenha-se aliás presente que 80 milhões de alunos, equivale a mais do dobro de todos os estudantes que frequentam o ensino superior na Europa e nos EUA.
É também evidente, que se o ensino superior nos Estados Unidos, já perdeu mais de um milhão de alunos, isso também se fica a dever à existência plataformas de ensino online, como a supracitada Coursera, que afirma no seu último relatório possuir 17 milhões de utilizadores naquele país, e cuja formação possui obviamente um custo muito inferior ao custo de um curso universitário clássico. Resulta igualmente daqui, que naqueles países, como a Finlândia, onde não há lugar ao pagamento de propinas, que a penetração das referidas plataformas terá bastante menos sucesso.
PS - Por último e não menos importante, é tentar perceber como é que o facto de muito em breve "as tecnologias de Inteligência Artificial disponibilizarem a cada um de nós o acesso ao equivalente a 100 especialistas humanos" irá alterar o paradigma da formação universitária, que assentava e paradoxalmente ainda continua a assentar na formação de especialistas (leia-se fachidiot e revisite-se também o decorrente conceito de utilitarismo científico), apesar de algumas tímidas embora tardias "inovações" (ditas) pedagógicas ?