sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Governo Russo ajuda a concretizar as previsões de um investigador Português



No passado mês de Maio, escrevi que a Rússia caminhava a passos largos para ser ultrapassada por Portugal, em 2025, no número de publicações cientificas indexadas. Vide post acessível no link supra. E no final desse post previ até, que no final desse fatídico caminho, estava a elevada hipótese da Rússia poder retornar ao final da década de 90, quando o salário dos professores daquele país eram pagos com garrafas de vodka. Uma hipótese que poderia (ou não) vir a revelar-se excessivamente pessimista. 

Eis senão quando, revela hoje a conhecida revista Science, que o Governo do Sr. Putin, apesar da queda da produção científica já em curso, decidiu ainda cortar, de forma radical, as verbas para a ciência, nos próximos dois anos, o que bem vistas as coisas ajudará bastante à concretização da minha previsão  https://www.science.org/content/article/russia-set-cut-research-spending-25  Para se ter uma ideia daquilo que passará a ser o miserável investimento público em ciência, uma ponderação dos valores referidos nesse artigo, face à população daquele país mostra que o investimento por pessoa passará a ser 41 euros em 2025 e 37 euros em 2026.  Comparem-se esses valores, com os quase 800 euros/pessoa da Suiça, os 700 euros/pessoa da Noruega, os 500 euros/pessoa da Suécia ou os 400 euros/pessoa da Finlândia. 

Pela parte que me diz respeito, tenho de agradecer ao Governo Russo na pessoa do Sr. Putin, a inesperada ajuda, para a concretização da minha referida previsão. Agradeço também ao Sr. Putin, a generosa ajuda que ele agora decidiu dar a muitos outros países, que assim irão poder contratar excelentes investigadores Russos, que serão obrigados a abandonar aquele país. Infelizmente, entre esses países não estará Portugal, que não tem (e nunca teve) estratégia alguma para atrair talentos estrangeiros, pois nem sequer consegue reter os talentos nacionais, como o prova do factos dos cientistas Portugueses mais credenciados estarem todos a trabalhar em universidades estrangeiras, o António Damásio, o João Hespanha, o Pedro Domingos, o Miguel B. Araújo, o Caetano Reis e Sousa  https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2023/10/october-2023-update-of-stanford.html

PS - Como não há regra sem excepção, também na Academia Portuguesa, há alguns (poucos) investigadores excepcionais, que só não estão a trabalhar em universidades estrangeiras, simplesmente porque não querem, pois aquilo que os atrai não é um vencimento mensal bastante elevado, como sucede com este catedrático aqui https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/01/catedratico-nada-modesto-classifica-de.html