quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Uma visão para 2030: Ter 5 universidades no grupo das 200 melhores do mundo

 

Ainda na sequência do post anterior do dia 17 de Agosto, sobre a falta de inteligência (ou impotência) Portuguesa no que respeita a copiar o que fazem na Itália em termos de competitividade científica, é oportuno divulgar uma recente tese de doutoramento, que foi defendida na Universidade de Glasgow e que há poucos dias foi colocado online.  A mesma foca-se na criação de recomendações estratégicas para ajudar a Arábia Saudita a alcançar as suas metas científicas, particularmente o objetivo de vir a ter cinco universidades entre as 200 melhores do mundo até 2030. https://theses.gla.ac.uk/84488/3/2024AlanaziPhD.pdf

Neste momento e relativamente ao ranking Shanghai, a Arábia Saudita tem uma universidade no grupo das 100 melhores (à frente de conhecidas universidades da Suíça, da Finlândia, da Suécia e da Holanda), duas universidades no grupo das 300 melhores, uma universidade entre as 400  melhores e duas universidades no grupo das 500 melhores. E ainda mais seis universidades nos diferentes subgrupos entre as 600 e as 1000 melhores. 

Fácil é porém adivinhar, no contexto do PICEC, quantas universidades é que Portugal (que agora ainda tem duas no grupo das 300 melhores) irá ter em 2030 no Top 200 do ranking Shanghai ? ZERO. 

Declaração de interesses - Declaro que em 18-07-2021 recebi um convite de uma universidade da Arábia, a King Fahd University, para um lugar de professor, que declinei.

PS - É claro que se por hipótese, bastantes investigadores Portugueses, seguirem à letra os sábios conselhos daquele Francês vencedor do prémio Nobel, que há não muito tempo visitou a universidade do Minho, sabe-se lá se algum deles não consegue, aquilo que a Ciência Portuguesa não consegue há mais de 70 anos, o que obviamente poderia influenciar bastante a posição no ranking Shanghai da universidade a que pertencesse esse investigador.