No passado mês de Janeiro, ao comentar o facto de haver 1 milhão de Portugueses em teletrabalho, divulguei dados do EUROSTAT, que colocam a Finlândia como o país europeu com a maior percentagem de teletrabalho, vide post acessível no link supra. Pois bem, acaba de saber-se que no ranking mundial de felicidade a mesma Finlândia é líder pelo oitavo ano consecutivo, enquanto que Portugal, desgraçadamente, aparece na 60ª posição, abaixo da Nicarágua, da Argentina e do Paraguai https://www.economist.com/graphic-detail/2025/03/20/lessons-from-the-happiest-countries-in-the-world
As razões para isso assentam em impostos bastante elevados (facto que reduz a pó a ladainha hipócrita da Iniciativa Liberal), politicas sociais que funcionam, um baixo nível de desigualdade, baixos níveis de corrupção e um sistema judicial justo e transparente. A única coisa que existe em Portugal, que mais se aproxima da Finlândia são somente os impostos, falta-nos por isso tudo o resto. Quer dizer, são elevados os impostos pagos pelos Portugueses que trabalham por conta própria, pois há muitos em Portugal inclusive com elevados rendimentos que pagam impostos mínimos, vide post "Professores universitários e investigadores pagam mais IRS do que as famílias super-ricas" https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/10/professores-universitarios-e.html
Tendo ainda em conta que no supracitado e extenso relatório de 260 páginas relativo ao ranking mundial da felicidade, a palavra generosidade é mencionada 17 vezes, merecendo destaque "happiness is more equally distributed in countries with higher levels of expected benevolence......generosity have large impacts on positive affect...", faz todo o sentido relembrar um post anterior sobre algumas pessoas bastante generosas https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2025/03/a-ligacao-entre-um-portugues-hipocrita.html
PS - Por uma estranha coincidência, a Finlândia, é o país estrangeiro com o maior rácio de visitantes por milhão de habitantes a este blogue. A Holanda e a Áustria ocupam os outros dois lugares do pódio, mas muito abaixo da Finlândia, cujo o rácio é respectivamente 230% e 300% superior aqueles.