segunda-feira, 20 de outubro de 2025

The Paradox of Scientific Non-Existence: Silent Shadows in the Halls of Knowledge

 

The well-known philosophical question, “If a tree falls in a forest and no one is around to hear it, does it make a sound?”, is commonly answered by asserting that the impact of its fall generates sound waves, which—if an observer endowed with auditory perception were present—would be perceived as noise. Yet, in the absence of such an observer, there are only sound vibrations, devoid of conscious interpretation.

By analogy, a scientist who produces a study that goes unnoticed by the scientific community resembles the tree that falls unheard in the forest. From an empirical standpoint, the study undeniably exists: the methodology was implemented, and the results were documented—just as the tree produced sound waves. However, from an epistemic or perceptual perspective, the study functions as if it never took place, since no one engaged with or acknowledged it. Its impact, therefore, is null. In this sense, it is worth recalling the assertion of the physicist Carlo Rovelli that scientists who make no impact are not merely invisible; they are, in a profound ontological sense, non-existent https://pachecotorgal.com/2022/06/08/interactions-as-a-paramount-existential-principle-and-the-scientists-who-do-not-exist/

The phenomenon of invisible—or scientifically non-existent—researchers constitutes not merely an inefficiency but a profound distortion of the scientific enterprise. The funding, time, and institutional capital expended on work that goes unnoticed or unacknowledged produce virtually no intellectual return, while simultaneously depriving other, more productive researchers of the means to advance knowledge. This misallocation corrodes the very foundations of merit-based science, rewarding existence over impact. Even more troubling, empirical evidence indicates that these “invisible” scientists exert a persistently harmful influence on the careers of young scientists, distorting mentorship structures, and perpetuating cycles of mediocrity that undermine the collective progress of science itself. https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/08/warning-to-young-researchers-hidden.html

Update after 2 days — Foreign readers from Singapore (13%), the USA (9%), Hong Kong (6%), and Germany (4%) show the greatest interest in this post.

domingo, 19 de outubro de 2025

Os professores do Ensino Superior Politécnico que merecem um aumento salarial entre 180 e 450 euros por mês



Merece reconhecimento e público elogio que haja algumas dezenas de professores do Ensino Politécnico, que aparecem listados no ranking mais prestigiado de cientistas a nível mundial (Elsevier-Stanford), ainda mais pelo facto de alguns deles estarem localizados em regiões economicamente desfavorecidas, como é o caso do Politécnico da Guarda que conseguiu a notável proeza de ter logo cinco professores no mesmo  https://politecnicoguarda.pt/cinco-investigadores-do-politecnico-da-guarda-entre-os-2-mais-citados-do-mundo/ 

Aproveito aliás para relembrar que o professor da UBI melhor classificado nesse ranking (incluído no subgrupo Top 0.5%), foi "roubado" aquela universidade pela Universidade do Porto, onde agora trabalha como catedrático https://pachecotorgal.com/2025/09/25/a-nova-proeza-da-universidade-acelerada-por-esteroides/   resta por isso saber se os referidos Institutos Politécnicos, serão capazes de reter esses cientistas altamente citados ou se eles preferirão concorrer para universidades onde terão à espera melhores condições de trabalho e ainda um salário superior. No mínimo dos mínimos, esses professores são merecedores de um aumento salarial, de 180 euros/mês, que os coloque ao mesmo nível dos professores universitários, por conta de terem conseguido alcançar um desempenho extraordinário, que muitos professores catedráticos de universidades públicas não conseguiram replicar.

Aliás, tendo em conta que é muito mais fácil fazer a Agregação do que conseguir aparecer neste ranking (há até quem, pasme-se, tenha conseguido obter a Agregação sem ter recebido uma única citação, ou sequer mesmo um único artigo publicado numa revista internacional decente), faria todo o sentido que o complemento salarial de 450 euros/mês, que é pago a quem obtém a Agregação devia também ser pago aqueles que constam do ranking Stanford-Elsevier, e cuja obra científica foi reconhecida por um elevado número de investigadores estrangeiros, tendo por isso muito mais mérito do que a simples aprovação em provas de Agregação com jurados caseiros (e "amigos", catedrático Vital Moreira dixit). 

sábado, 18 de outubro de 2025

O paradoxo (e os danosos malefícios) da invisibilidade e da inexistência científica

 

A pergunta “Se uma árvore cai numa floresta onde não há ninguém para ouvir, ela faz barulho?” costuma ter como resposta clássica que o impacto da sua queda gera vibrações sonoras, que, caso houvesse alguém presente com a necessária capacidade auditiva, seriam percebidas como som. Contudo o barulho só existe na presença de um observador; na ausência deste, existem apenas ondas sonoras, desprovidas de percepção consciente.

De forma análoga, um cientista que faz um estudo que é ignorado pela comunidade científica assemelha-se a uma árvore que cai no meio da floresta. Do ponto de vista factual, o estudo existe: a metodologia foi aplicada e os resultados foram registados — tal como a árvore também produziu ondas sonoras. Porém no plano da percepção, o estudo comporta-se como se não tivesse ocorrido: ninguém demonstrou qualquer interesse por ele. O seu impacto foi por isso nulo. E neste contexto é importante recordar que os cientistas que não causam impacto não são nesse contexto apenas invisíveis, são desprovidos de existência, pelo menos a fazer fé nas declarações do conhecido cientista Carlo Rovelli https://pachecotorgal.com/2022/06/08/interactions-as-a-paramount-existential-principle-and-the-scientists-who-do-not-exist/

O problema de haver cientistas invisíveis ou inexistentes é em primeiro lugar um problema de desperdício de recursos, pois os recursos consumidos por aqueles, sem qualquer retorno digno desse nome, são desviados de outros cientistas que os poderiam valorizar. Mas muito mais grave do que isso, a ciência já demonstrou, que os referidos cientistas (invisíveis e inexistentes) prejudicam de forma irreversível a carreira de jovens cientistas  https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/08/o-melhor-conselho-que-se-pode-dar-um.html