segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Newton's triumph and Darwin's tragedy: Lessons for 21st century researchers?

 

A professor at a US university, renowned for authoring highly cited articles indexed in Scopus—one of which has already received more than 5,000 citations—recently published an intriguing article. In it, he advocates for a new epistemological framework he calls Holistic Action Research and Design Science- HARDS. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0268401224001142#sec0035

In his article, the professor argues that the application of HARDS principles was instrumental in catapulting Isaac Newton to both scientific and economic success. Conversely, he contends that the absence of these principles contributed to the tragedy of Charles Darwin. Despite Darwin’s groundbreaking theory of evolution, he received little scientific recognition during his lifetime and missed financial opportunities he could have easily seized by adhering to such principles. 

One critical aspect overlooked in the article is the stark difference in global challenges faced by Isaac Newton and Charles Darwin compared to those confronting 21st-century researchers. In Newton and Darwin's eras, the dominant concerns revolved around advancing knowledge in isolated domains, with no awareness of global crises like climate change. Today, researchers face an interconnected world grappling with the looming threat of a climate apocalypse. https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/11/mansholt-happiness-and-climate_24.html Paradoxically, modern society, despite being equipped with unprecedented access to scientific data and advanced predictive tools, seems alarmingly indifferent to the gravity of this existential crisis. https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/08/naturethe-wrong-priorities-and-rigth.html

domingo, 5 de janeiro de 2025

O triunfo de Newton e a tragédia de Darwin: Lições para os investigadores do séc. XXI ?

Um catedrático de uma universidade dos EUA, autor de artigos altamente citados, indexados na Scopus (um deles já recebeu mais de 5000 citações), publicou há poucos dias atrás um artigo interessante, onde defende as vantagens da adopção de uma orientação epistemológica, que denomina de,  Holistic Action Research and Design Science - HARDS. 

Nesse artigo ele tenta mostrar que foi a utilização de princípios HARDS que ajudaram a catapultar Isaac Newton para o seu sucesso (científico e económico) e ainda que foi a ausência deles que ajuda a explicar a tragédia de Charles Darwin, que no tempo da sua vida, teve pouco reconhecimento científico por conta da sua revolucionária teoria da evolução e nem sequer obteve qualquer compensação financeira por conta dela, que poderia facilmente ter obtido se tivesse seguido os referidos princípios. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0268401224001142#sec0035

Um aspecto, que parece porém não ter sido tido em consideração no artigo referido, é que tanto Isaac Newton como Charles Darwin, viveram ambos em tempos cujos desafios mundiais, eram bastante diferentes daqueles em que vivem os investigadores no século XXI, desde logo não existiu naquelas épocas a germinação de um apocalipse climático, a que paradoxalmente e quase a raiar inconsciência absoluta a sociedade actual atribui muito pouca importância. E como se isso não bastasse, enquanto que os cientistas naquelas épocas faziam parte de uma elite, agora constituem "mão de obra" bastante barata, que neste infeliz país, nem sequer possuem a compensação de uma valorização social mínima, vide post de 9 de Agosto de 2023, de título "A deplorável lista do Expresso que elegeu os fabulosos 100 Portugueses que "marcaram e vão marcar o país e o mundo" https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2023/08/a-deploravel-lista-do-expresso-que.html 

PS - Os supracitados Isaac Newton e Charles Darwin, foram homenageados pelos Britânicos, na Abadia de Westminster, o mesmo sucedendo a outros cientistas ilustres. Compare-se isso com aquilo que se passa no Panteão Nacional, onde existe um elevado número de políticos, vários escritores e poetas, e até uma fadista e um futebolista, mas não há porém um único cientista. Mas será possível que nunca tenha havido em Portugal alguém ligado à ciência, que merecesse fazer parte do referido grupo ou será pelo contrário, que essa ausência é a prova inequívoca do muito pouco respeito que Portugal tem pela ciência ?

Aditamento em 6 de Janeiro - Hoje no jornal Público, Arlindo Oliveira, catedrático e Presidente do INESC, enumera algumas das causas do atraso de Portugal, colocando em terceiro lugar a saída de talento para o estrangeiro. Sobre este tema crucial, recordo que em vários posts anteriores alertei para a necessidade imperiosa de estancar essa fuga de talento, nomeadamente no post de título "Definição de "Outstanding Achievement" segundo o maior centro de investigação na área de ciência e engenharia dos materiais", uma coisa é certa, a saída de talento científico, também se fica a dever ao pouco respeito que os vários Governos deste país tem mostrado pelos cientistas, e que foi mencionado no texto supra. 

sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Ranking da irrelevância científica - A minha acertada previsão sobre a instituição de ensino superior que ainda se mantém a zero



"A minha nova previsão, para 2025, é que nessa altura, depois de avaliado o período 2012-2024, tanto o Politécnico de Portalegre como o de Castelo Branco ainda continuarão a zero..." https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/01/ranking-da-irrelevancia-cientifica.html

O texto acima, diz respeito a um post de Janeiro de 2024, onde então previ algo, que hoje uma análise da base Scopus, permite confirmar, pelo menos parcialmente. A minha previsão sobre o Politécnico de Portalegre errou (vide explicação no final do post), porque aquela instituição conseguiu entretanto sair do zero, mas a minha previsão sobre o Politécnico de Castelo Branco acertou pois aquela instituição, agora denominada universidade politécnica, é a única instituição do ensino superior pública em Portugal que ainda continua a zero (e é não só possível como até provável que em 2026 a mesma ainda continue a zero) no ranking das instituições que possuem mais publicações científicas (artigos, livros ou capítulos) que tenham recebido mais de 300 citações na base Scopus, ranking esse cuja actualização abaixo se reproduz. 

1 - U.Porto................442 publicações que receberam mais de 300 citações
2 - U.Lisboa..............426
3 - U.Coimbra...........193
4 - U.Nova................191
5 - U.Minho..............162
6 - U.Aveiro..............131
7 - UBI.......................43
8 - UALG...................38
9 - UTAD...................27
10 - UÉvora...............25
11 - IPol. Porto.........23 
12 - IPol.Bragança....23
13 - UAberta.............16    
14 - ISCTE................16
15 - UAçores.............16
16 - UMadeira...........12
17 - IPol.Leiria...........12
18 - IPol.Viseu............8
19 - IPol.Lisboa...........8
20 - IPol.Guarda.........8
21 - IPol.Viana C.........5
22 - IPol.Coimbra........5
23 - IPol.Beja..............4
24 - IPCA....................3
25 - IPol.Setubal.........3
26 - IPol.Santarém......2
27 - IPol.Tomar............1  
28 - IPol.Portalegre.....1   
29 - IPol.C.Branco.......0      

É também importante frisar que faz pouco sentido haver instituições politécnicas, que juntas, produziram no total menos publicações altamente citadas do que as que foram produzidas a nível individual por alguns investigadores, como aqueles listados no ranking Stanford e que já tinham sido mencionadas aqui https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/10/o-misterioso-virus-da-irrelevancia.html Tenha-se presente que a produção total de publicações altamente citadas de todos os Politécnicos foi de apenas 6% do total nacional e metade dessa percentagem pertence aos politécnicos do Porto e de Bragança.

Já os campeões nacionais, as universidades (Lisboa e Porto) embora façam evidente boa figura a nível nacional, o que não é muito difícil, desde logo por conta da sua dimensão, deixam porém muito a desejar num contexto internacional, porque essas duas universidades, que no conjunto possuem quase o dobro de professores e investigadores existentes na universidade de Uppsala (que de acordo com o ranking Shanghai está entre as 100 melhores universidades do Planeta), produziram desde 2012, menos publicações altamente citadas do que a referida universidade Sueca. Talvez uma parte da explicação para esse subdesempenho seja aquela que foi mencionada aqui https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/12/estarao-os-investigadores-mais-citados.html

PS - Errei na minha previsão sobre o Politécnico de Portalegre, porque não fui capaz de prever (e ninguém seria capaz de o fazer) que em 2024, o artigo mais citado daquela instituição, receberia um elevado número de citações por parte de investigadores de diversas universidades Chinesas.