terça-feira, 8 de novembro de 2022

A lei canalha que permite que os ricos roubem à vontadinha e que lhes garante que nunca cumprirão um único dia de cadeia

 
Acaba de saber-se que os envolvidos no tal processo conhecido como a Máfia do Sangue, que alegadamente terá prejudicado o Estado Português em 100 milhões de euros, querem beneficiar de uma lei canalha, que lhes permite evitarem o julgamento mediante o pagamento de módicas quantias. https://www.publico.pt/2022/11/07/sociedade/noticia/mafia-sangue-cunha-ribeiro-pede-suspensao-provisoria-processo-24300-euros-2026837

A tal lei canalha que foi aprovada durante o (des)Governo de José Sócrates, é a mesma lei que na altura foi muito elogiada por aquele senhor catedrático na Universidade Católica, cuja fronha ilustra este post. Explicou ele na sua infinita sapiência catedrática e com certeza quase matemática, que as sociedades só podem ter um número limitado de crimes e que por conta disso sempre que se criam novos crimes é preciso descriminalizar outros, para evitar que os Portugueses estejam todos presos, afirmou então de forma profundamente cínica que "alguém tem de ficar cá fora para trabalhar"embora a verdade inconveniente tenha sido revelada pelo tal decente operador judiciário que na altura admitiu o óbvio ululante "Ao abrigo da nova lei, os mais ricos sempre poderão comprar a liberdade"

Trata-se do mesmo catedrático, que ao mesmo tempo que muito aprecia a descriminalização das burlas e das fraudes, nem sequer quer ouvir falar na descriminalização daquilo que fez o hacker Rui Pinto (alegadamente o maior criminoso Português de todos os tempos), nem mesmo se aquilo que ele fez serviu para mostrar que houve "desvios" de muitos milhões de euros no BES, que os contribuintes Portugueses foram obrigados a pagar  https://observador.pt/2021/01/28/penalistas-alertam-que-provas-obtidas-por-coacao-devem-ser-consideradas-nulas-no-caso-novo-banco/