sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

Revista Sábado revela como mais uma vez os deputados dão uma ajudinha aos corruptos deste país

 

Um artigo na revista Sábado desta semana revela que um Procurador que foi condenado por corrupção vai pedir a anulação do julgamento devido a uma bizarra alteração que os deputados do PS e do PSD aprovaram na última legislatura, alteração essa que a revista Sábado diz ter saido da cabeça daquela deputada-advogada, foto acima, que o país ficou a conhecer por ter defendido o famoso Pedro Dias (o tal que cumpre duas décadas de prisão por 3 homicidios, o que dá uma generosa média de 7 anos por cada um deles, curiosamente se ele por acaso tivesse morto 77 pessoas como fez o Sr. Breivik na Noruega então passaria 7 meses de cadeia por cada homicidio,  ou 1,5 meses por cada morte caso o seu herói fosse o Timothy McVeigh).

Convém também lembrar que uma análise à composição do novo Parlamento revela que há 31% de deputados ligados à área do Direito, um valor absurdo face aquilo que é a diversidade profissional da sociedade Portuguesa, onde o número de Portugueses com actividade profissional naquela área é inferior a 1%. Não será por isso nesta legislatura que haverá alteração do tal escândalo que beneficia com muitos milhões de euros dos impostos dos contribuintes precisamente profissionais ligados ao Direito. Ainda sobre os deputados-advogados recorde-se o teor do email abaixo que faz parte de um post de outro blogue onde se percebe muito bem quais são as interesseiras prioridades daqueles. 



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De: F. Pacheco-Torgal 
Date: segunda, 17/01/2022 à(s) 07:11
Subject: Parlamento dá novamente uma preciosa ajuda a burlões, vigaristas e corruptos


Em Setembro de 2020 escrevi um post sobre as bizarras ajudas do nosso Parlamento a burlões, vigaristas e corruptos. Link acima. Aqueles que na altura o acharam excessivo podem hoje perder as suas tristes e ingénuas ilusões já que um artigo no jornal Público revela bem quais são as prioridades dos nossos deputados, impedir que os tribunais possam mexer nos bens dos burlões, vigaristas e corruptos: 
"o Parlamento, que transpôs em 2017 uma directiva europeia que pretendia alargar as situações em que a perda dos bens era possível, acabou por usar essa alteração legislativa para introduzir novas exigências legais ao congelamento preventivo dos bens, o que faz com que, muitas vezes, património obtido com os crimes se dissipe antes de ser declarado perdido a favor do Estado

Ou seja, enquanto que no resto da Europa os Parlamentos aprovam legislação para ir ao bolso dos burlões, vigaristas e corruptos, como sucedeu recentemente no Reino Unido com as Unexplained Wealth Orders, no nosso Parlamento faz-se precisamente o oposto. Quem sabe talvez os muitos advogados-deputados, que constituem o tal "grupo profissional poderoso" que controla o Parlamento (Vital Moreira dixit) querem garantir que burlões, vigaristas e corruptos ficam com dinheiro suficiente para poderem pagar aos seus advogados os muitos recursos que serão necessários para impedir a sua condenação.