sábado, 16 de março de 2024

Portugal mais uma vez abaixo da Grécia em estudo que usa o h-index para avaliar o desempenho de 140 países


Na sequência de posts anteriores sobre o h-index, nomeadamente um post de 19 de Setembro de 2023 sobre um catedrático de economia com um h-index=0, e um post anterior de 5 de Agosto de 2023, sobre um concurso para um lugar de catedrático, e tendo em conta que estudos anteriores demonstraram que existe uma ligação entre a educação e o crescimento económico, que mostraram que quanto maior o PIB, o Individualismo e o número de investigadores, maior é o valor do h-index, atente-se no estudo muito recente que pretendeu responder à pergunta: Que correlações podem ser identificadas entre o h-index e as variáveis da influente teoria das dimensões culturais (do falecido catedrático) Gerard Hendrik Hofstede?, desgraçadamente e como se pode ver na figura 1 desse estudo, Portugal aparece mais uma vez, abaixo da Grécia  https://link.springer.com/article/10.1007/s11192-024-04965-w#Sec9

Sobre a trágica sina que é ver Portugal repetidamente abaixo da Grécia revisite-se o post de 15 de Outubro de 2023  https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2023/10/october-2023-update-of-stanford.html Uma solução expedita para tentar solucionar o mau desempenho de Portugal, passa irónicamente pela utilização do h-index. De facto, se agora são exigidos valores de h-index mínimo para o simples acesso a um concurso de professor universitário (como já há muito fazem noutros países), como aquele concurso referido no inicio deste post, então é incontroverso e no respeito pelo principio da igualdade, que os professores universitários nomeados definitivamente também devem ter de cumprir valores mínimos de h-index, ainda que se possa admitir que esses valores mínimos possam ser inferiores aos do acesso aos concursos, vide proposta que fiz em Janeiro de 2020, quando defendi o despedimento dos professores Associados e Catedráticos com um h-índex inferior a 10 (e também de todos os professores-coordenadores e coordenadores-principais, com um h-index inferior a 5) por violação grave do dever de investigar consagrado no ECDU e no ECDESP, leia-se produzir um mínimo de outputs cientificamente relevantes no contexto internacional. A verba assim poupada permitiria contratar jovens investigadores de elevado potencial, que de outro modo não tem outra solução que não seja a de irem trabalhar para países ricos do Norte da Europa, ironicamente ajudando esses países a ficarem ainda mais ricos. 

PS - Recorde-se que em 2021 a universidade do Porto despediu um professor que não tinha publicaçóes indexadas, o que é o mesmo que ter um h-index=0  https://www.publico.pt/2021/10/07/sociedade/noticia/professor-universidade-porto-despedido-curriculo-artigos-credibilidade-cientifica-1979552