quinta-feira, 21 de agosto de 2025

Estimativa do tempo necessário para poder ultrapassar um influente ex-político, agora comentador profissional e entrevistador



Depois de ter ultrapassado em número de "catalisadores" dois conhecidos cientistas (vide post acessível no link supra) afigura-me pertinente tentar saber se o meu ritmo de crescimento me permitirá num futuro próximo ultrapassar o número total do conhecido e influente ex-político Daniel Oliveira, que depois de ter abandonado a actividade política se tornou num comentador profissional, e que um estudo realizado há alguns anos atrás, com colaboração da universidade católica, afirmou ser um dos mais influentes deste país.

É verdade que neste momento a sua conta na plataforma Bluesky tem mais do dobro da minha, o que porém não surpreende já que ele se registou nessa plataforma há vários anos e eu só o fiz há poucos meses. Porém ele padece de uma desvantagem muito relevante, pois já há muito que estabilizou o seu crescimento potencial, como bem se comprova pelo facto da sua recta de desempenho apresentar uma taxa de crescimento relativo quase nula, de apenas 0.26%/mês e a minha ser muito superior, de 7.49%/mês, o que significa que a minha conta irá, muito provavelmente, ultrapassar a sua daqui a apenas um ano e meio.  

E uma estimativa muito conservadora para daqui a 4 anos, recorrendo ás fórmulas lineares de cada recta F(DO)=6596+17t e F(PT)=2803+210t e com 12.883 para a minha. Não menos interessante é o facto da plataforma Bluesky ser 17 vezes menor do que a plataforma X, por ser muitíssimo mais recente, o que significa que 12.883 nesta equivaleriam a 219.000 na palatforma X

E mais interessante ainda é o facto da Bluesky crescer todos os dias, ao contrário da segunda, que depois de ter sido adquirida pelo fascista de papel passado Elon Musk se tornou numa plataforma de propagação de ódio e por conta disso andar a perder utilizadores todos os dias, muitos deles precisamente para a Bluesky https://apnews.com/article/bluesky-x-twitter-dcc4f92f9d0386dbacc3f30376b38dbc

domingo, 17 de agosto de 2025

As 7 universidades mais competitivas de Portugal - Uma análise das colaborações internacionais no quinquénio 2020-2024


Na sequência do meu post de 5 de Dezembro de 2024, de título "U.Lisboa e U.Minho são as universidades com o maior crescimento em termos de colaborações com uma potência emergente da ciência mundial", acessível no link supra, mas principalmente na sequência do meu post de 21 de Novembro de 2021, quando mostrei que nos últimos 60 anos (entre 1960 e 2020), a ciência Portuguesa regrediu em termos de colaborações internacionais, aumentando a intensidade das colaborações com cientistas de países pouco competitivos https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/11/evolucao-das-colaboracoes-cientificas.html aproveito para divulgar uma interessante e oportuna análise feita hoje mesmo, às colaborações das 7 universidades mais competitivas de Portugal (as únicas que aparecem no Top 1000 do ranking Shanghai) para as publicações indexadas na plataforma Scopus, durante o quinquénio 2020-2024, em co-autoria com cientistas dos países mais competitivos do mundo, os EUA, a China, a Suécia, campeão europeu de inovação em 2025 (2º lugar mundial) e a Suiça, o país campeão mundial de inovação, 14 anos consecutivos, e recordista em termos do rácio prémios Nobel por milhão de habitantes.

As universidades de Lisboa, de Coimbra e do Minho são aquelas com a maior percentagem de colaborações internacionais com investigadores de universidades dos EUA, da China, da Suécia e da Suíça. Infelizmente porém nenhuma delas consegue chegar perto da percentagem de 36% pertencente às duas melhores universidades europeias, Cambridge e de Oxford (4º e 6º lugares no top 1000 do ranking Shanghai.), nem sequer perto dos 30%, que é a percentagem da terceira melhor universidade europeia, a universidade Paris-Saclay.

Em face dos esclarecedores resultados apresentados no gráfico supra cada um dos professores e investigadores das referidas sete instituições pode (deveria ?) proceder ao simples exercício de auto-avaliação, que passa por confirmar se a sua percentagem pessoal está abaixo ou acima da percentagem colaborativa média da sua universidade, para assim conseguir saber se anda a desajudar ou se pelo contrário se anda efectivamente a contribuir para o sucesso colaborativo da mesma. Pela parte que me toca, tenho a minha consciência absolutamente tranquila, face ao desempenho médio da minha instituição e inclusive face ao desempenho médio da universidade que a nível nacional lidera essa importante métrica.

sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Portugal consegue aumentar o número de universidades no mais prestigiado ranking mundial

 


Há semelhança do que acontece todos os anos, o dia 15 de Agosto é aquele em que o ranking Shanghai sobre as 1000 melhores universidades do mundo é tornado público. Este ano os resultados para as universidades Portuguesas são praticamente os mesmos do ano passado, vide post acessível no link supra, com uma honrosa excepção, pela primeira vez a UBI acaba de entrar neste ranking para a posição 901-1000, dessa forma ajudando Portugal a ter no referido ranking o mesmo número de universidades da Irlanda e mais uma do que a Dinamarca.

Exactamente como sucedeu no ano passado, Portugal só conta com 3 universidades nos primeiros 500 lugares, facto que como expliquei nessa altura se fica dever aos elevados cortes no financiamento da investigação. Sem surpresa o artigo no El Pais sobre o desempenho de Espanha (país que tem 36 universidades nesse ranking, sendo que 10 dessas aparecem no top 500), também refere a importância desse financiamento https://elpais.com/educacion/2025-08-15/sorpasso-en-el-ranking-de-shanghai-china-y-taiwan-ya-tienen-mas-universidades-que-ee-uu-en-los-500-primeros-puestos.html

É claro que o financiamento explica muito mas não explica tudo, porque em Portugal há universidades com financiamento muito superior a outras, como é por exemplo o caso da Universidade Nova de Lisboa, que durante vários anos esteve no top 500, mas que há poucos anos se começou a afundar no referido ranking, estando agora na posição 701-800. E quando a explicação não passa pelo montante de financiamento, terá forçosamente, goste-se ou não,  de passar pela falta de competência. 

Aliás sobre o desempenho da Universidade Nova, recordo que em 2020 quando aquela universidade deixou de estar no Top 500, sem que nenhum dos seus responsáveis explicassem a razão de ser desse resultado, comparei esse comportamento aquilo que sucede na Finlândia, onde um Vice-Reitor se mostrou muito preocupado, pelo facto da Universidade de Helsínquia, ter descido ligeiramente da posição 57 para 63 https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/08/o-que-e-que-distingue-as-universidades.html

Ainda no presente contexto, recordo que em 2018, o então Reitor da Universidade de Coimbra, questionado pelo jornal Público, pelo facto da sua universidade ter deixado de estar entre as 500 melhores do mundo, afirmou na altura publicamente, estar convencido que em 2019 voltaria a reentrar nesse grupo. Irónica e trágicamente, isso não aconteceu nem 2019, nem em 2020, nem em 2021, nem em 2022, nem em 2023, nem em 2024, e nem agora em 2025. 

E porque será que a universidade católica, que tem um orçamento superior ao da universidade de Aveiro e muito superior ao da UBI, a mesma cujas propinas do curso de medicina custam mais de 1600 euros por mês, não consegue entrar no Top 1000 do ranking Shanghai ? 

PS - Recordo que actualmente a Universidade de Lisboa ainda beneficia de ter tido um Nobel da Medicina há várias décadas atrás, embora cada vez menos, até ao dia, cada vez mais próximo, em que esse beneficio seja nulo, vide post "As quedas inevitáveis da universidade de Lisboa no prestigiado ranking Shanghai" https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/08/as-descidas-da-universidade-de-lisboa.html

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Nas asas da hipocrisia: O pouco magnífico Falcão no ninho quente da endogamia

 

https://www.publico.pt/2025/08/11/opiniao/opiniao/endogamia-universidades-2142727

Num artigo do jornal Público, o reitor da Universidade de Coimbra, o catedrático Amílcar Falcão, defende que os anormalmente elevados níveis de endogamia da sua universidade são culpa dos Governos deste país, que obrigaram as universidades a contratar os seus doutorados. Trata-se porém de uma argumentação deplorável, que faz jus ao provérbio, "não há pior cego do que aquele que não quer ver", e que só pode envergonhar qualquer pessoa que se tenha diplomado na universidade de Coimbra, como é o meu caso.

Se a peregrina tese do reitor Falcão fosse verdade, então as unidades orgânicas dentro de cada uma das universidades públicas teriam níveis de endogamia muito similares; não é, porém, isso que se verifica. Uma consulta ao primeiro relatório nacional sobre a endogamia académica, que pasme-se só viu a luz do dia no ano mágico de 2016, mostra que na universidade de Coimbra, a universidade pública que possui o recorde da maior percentagem média, há unidades com uma percentagem de endogamia que variam entre 62% e pasme-se 100%. E nas universidades do Porto e de Lisboa, que o Reitor Falcão garante que pela sua idade, são as únicas que se podem comparar à sua universidade, há unidades orgânicas com percentagens de endogamia que chegam a 45% e como é óbvio, a não ser na matemática alternativa do Reitor Falcão, há uma grande diferença entre 45% e 100%, que é suficiente para implodir a sua pouco iluminada e até hipócrita argumentação

Do mais alto representante de uma universidade pública, financiada pelos impostos dos contribuintes, espera-se, acima de tudo, responsabilidade e integridade. Que, perante uma situação de elevada gravidade, assuma de forma clara e inequívoca as suas responsabilidades, sem recorrer, como foi o caso, a tentativas pouco dignas de transferir para terceiros essas responsabilidades. O cargo que ocupa não é apenas uma função administrativa; é um compromisso com a ética, o rigor e a transparência. Teria, por isso, sido desejável que tivesse tido a grandeza, que não teve, de pedir desculpas por uma situação que, para além de comprometer a credibilidade da instituição que dirige, expõe o nosso país ao descrédito no cenário internacional, já que universidades com elevadas percentagens de endogamia académica são coisa típica de universidades de países do terceiro mundo.

Declaração de interesses - Declaro que no final de 2015 fui o primeiro subscritor de uma petição contra a endogamia académica. Declaro ainda que em Julho de 2018, critiquei o agora Reitor Falcão pela sua reprovável estratégia de compra de estrelas a uma empresa (QS) que produz um ranking da treta, num email que o catedrático Carlos Fiolhais na altura achou por bem reproduzir no blogue "De Rerun Natura", num post com data de 15 de Agosto de 2018 e por conta dessa critica recebi um email "pouco simpático" do agora Reitor Falcão.

PS - Tendo em conta que a endogamia académica é sinónimo de viciação concursal, leia-se, sistemático e descarado favorecimento dos candidatos "da casa", reproduzo abaixo, as duas questões que coloquei na parte final, de um altamente visualizado post anterior

1 - será que um Professor que participa activamente na viciação de um procedimento concursal, ou que seja o beneficiário directo dessa viciação, reúne suficientes condições de ética, isenção e imparcialidade, para poder avaliar os seus alunos de forma rigorosa, sem que se corra o risco de favorecer alguns ou algumas, com ou sem troca de contrapartidas ?

2 - será que um Professor que participa activamente na viciação de um procedimento concursal, ou que seja o beneficiário directo dessa viciação, reúne suficientes condições de ética, isenção e imparcialidade, que minimizem o risco de no futuro se dedicar à pratica de actos ilícitos, como plagiar o trabalho de colegas ou falsificar resultados de investigações ?

domingo, 10 de agosto de 2025

As confusões de um conhecido e eficiente catedrático da universidade de Lisboa


Num artigo publicado no caderno de economia do semanário Expresso, o antigo presidente do IST, o catedrático Arlindo Oliveira, escreve que há uma obrigação moral para usar a IA por conta da eficiência que ela promove e vai ao ponto de afirmar que essa obrigação não é só das empresas mas também do Estado Português. Aquilo que ele porém se esqueceu foi de esclarecer qual o artigo ou artigos da Constituição da República Portuguesa (CRP) que permitem perceber essa obrigação moral. Ou talvez o referido catedrático deseje uma revisão da CRP para que a eficiência possa no futuro passar a ter o mesmo valor das obrigações morais vertidas na mesma, que incluem por exemplo, a dignidade da pessoa humana,  o direito à vida, à integridade pessoal, à liberdade e segurança etc etc. 

A eficiência é importante, mas esperemos que neste país não se chegue ao ponto (de com o apoio do Chega) ela seja elevada a uma tal categoria. De mais a mais, a adopção cega de IA, motivada por uma obsessão pelo aumento da eficiência, pode sim contribuir para violar várias obrigações morais vertidas na referida CRP, como seja por exemplo a automatização de serviços públicos, que pode excluir cidadãos idosos, ou com baixa ou mesmo nula literacia digital, pois recorde-se que Portugal possui ainda no século XXI, algumas centenas de milhares de pessoas analfabetas, ou como seja por exemplo pela utilização da IA na determinação de benefícios sociais, que correu de forma tão dramática na Holanda, quando mais de 26 000 famílias foram injustamente acusadas de fraude e que levou à queda do Governo e ao pagamento de mais de mil milhões de euros em indemnizações a essas familias  https://observador.pt/opiniao/o-algoritmo-que-derrubou-um-governo/

Pessoalmente e no que diz respeito à IA acho que o ex-presidente do IST, devia estar menos ocupado a produzir sentenças avulsas sobre moralidade (uma área em que já se percebeu não é especialista) e muito mais preocupado com o dilema que enfrenta o actual presidente do IST, e que noutros países já se reflecte na fuga dos estudantes do ensino superior, por conta da elevada probabilidade da sua formação se tornar redundante, muito antes ainda daqueles a terem terminado, vide artigo publicado há poucos dias na Forbes https://www.forbes.com/sites/victoriafeng/2025/08/06/fear-of-super-intelligent-ai-is-driving-harvard-and-mit-students-to-drop-out/

PS - Ou talvez o catedrático Arlindo Oliveira não tenha ainda alcançado os dilemas morais, que agora se levantam aos recém-diplomados, relativamente aos quais um artigo publicado na conhecida revista The Economist, afirmou que estão "lixados" (screwedhttps://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2025/06/a-tragedia-dos-milhoes-de-recem.html

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

My letter to the editor of the Journal of Informetrics criticising the paper "From 'Sleeping Beauties' to 'Rising Stars'


See below the text of my letter criticizing the thesis proposed by J. Gorraiz, the author of the paper, who is affiliated with the University of Vienna.



J. Gorraiz’s recently published paper presents a conceptually stimulating and metaphor-laden examination of the ideological foundations of bibliometrics, tracing their origins to religious, moral, and philosophical traditions. While such a reflective approach is thought-provoking, the paper suffers from several substantive limitations—particularly when read in light of ongoing debates surrounding the practical utility, cost-efficiency, and predictive power of bibliometric tools in research evaluation.
The paper’s central thesis—that bibliometrics derive from religious and philosophical traditions—is built on an extended metaphorical scaffolding. Citations are likened to divine judgment, H-indexes to spiritual tallies, and “sleeping beauties” to secular miracles. While these metaphors may have rhetorical appeal, they ultimately distract from more pressing empirical and methodological issues. There is no engagement with recent literature on field-normalized citation metrics, responsible metric frameworks (such as the Leiden Manifesto or DORA), or citation dynamics in different disciplines. Nor does the paper propose concrete methodological or policy alternatives. The result is a text rich in allegory but impoverished in evidence, leaving readers without clear guidance for improving bibliometric practice.
Gorraiz asserts that a low citation count does not imply irrelevance; it may reflect novelty. While this claim holds some truth, the argument is selectively framed and omits crucial empirical counterevidence. Notably, he fails to mention the robust findings from Clarivate Analytics, whose “Citation Laureates” methodology—based on identifying papers with exceptionally high citation counts (over 1,000)—has successfully predicted more than 70 Nobel Prize winners. These results strongly suggest that novelty and high citation impact are not mutually exclusive, and in fact, may often coincide. By disregarding this evidence, the paper constructs a false dichotomy between citation count and originality, while ignoring one of the most compelling demonstrations of bibliometrics' predictive capacity.
A more significant omission is the lack of engagement with the economic rationale for bibliometric tools. The author interprets citation indicators as symbolic or ritualistic, but largely ignores their function as scalable, cost-effective proxies in research evaluation systems strained by the limits of peer review. Peer review is resource-intensive: national assessments such as the UK's REF have cost upwards of £250 million per cycle. Hiring committees, tenure reviews, and grant panels demand vast investments of time and expert labor. In contrast, bibliometrics—despite their imperfections—offer reproducible, transparent screening mechanisms that can reduce the burden on evaluators. Any critique that sidesteps these economic realities and offers no viable alternative risks being philosophically interesting but operationally irrelevant.
Which approach is more detrimental to the progress of science: implementing a hybrid model of abbreviated peer review augmented by quantitative metrics—thereby conserving substantial financial resources—or relying exclusively on comprehensive, resource-intensive peer review protocols that allocate those funds away from direct research support? Moreover, how might the latter paradigm exacerbate inequities in research assessment for low-income countries, which lack the financial capacity to underwrite such costly evaluation processes?
Finally allow me to provide you with some insights into my homeland, Portugal, which has experimented with both approaches. In a prior Portuguese research assessment conducted in 2013, the international experts serving on the evaluation panels enjoyed complete autonomy. They had the freedom to evaluate research units through on-site visits and also had access to a comprehensive bibliometric analysis, utilizing data from Scopus, which was expertly conducted by Elsevier and generated a range of valuable metrics (Publications per FTE, Citations per FTE, h-index, Field-Weighted Citation Impact, Top cited publications, National and International Collaborations).
However, in recent years, we experienced a shift in perspective, with a Science Minister who shared similar sentiments with those critical of bibliometrics. During the most recent research assessment in 2018, which involved the evaluation of 348 research units comprising nearly 20,000 researchers, the Evaluation Guide clearly dictated that absolutely no metric could be used by the panels (note that all panels were composed by international experts, 51 from UK, 21 from USA, 17 from Germany, 17 from France, 11 from The Netherlands, 8 from Finland, 8 from Ireland, 7 from Switzerland, 6 from Sweden, 5 from Norway and also from other countries).
Nonetheless, once the research assessment had concluded, I conducted an extensive search through all the reports across various scientific areas. What I discovered was that the reviewers assigned significant importance to the quantity of publications and the perceived “quality” of journals, even though such considerations were expressly prohibited by the Evaluation Guide. I found that “publications”, “quartiles” and even “impact factors” were mentioned in the assessment reports more than 500 times. Meaning that in the absence of any metric the international experts (somewhat ironically) decide to use the worst of them all.

domingo, 3 de agosto de 2025

Europe Under Fire: The Wrath of Tyrants and Tech Titans Threatening Its Survival


Giuliano da Empoli, an Italian-Swiss political essayist and professor at Sciences Po Paris, gave an extensive interview today to a major Portuguese newspaper about his latest book, The Hour of the Predator: Encounters with the Autocrats and Tech Billionaires Taking Over the World. Since the article is behind a paywall, I thought it would be helpful to share a brief summary in the form of three key excerpts from the interview:

"To simplify, there are two major possibilities...either we manage to impose democratic rules and our way of life onto the digital dimension of life; or the absence of rules, the law of the strongest, and the jungle law of today’s digital world will impose themselves on our private lives, our democracies, and our public life. In the first case, we will continue to have a democratic future; in the other, we will cease to have a democratic future"

I believe this is a very humiliating moment for Europe and Europeans. European integration was once, to some extent, the model that others looked up to—but that is no longer the case. And we are powerless and, at least in part, unable to defend ourselves.

The one thing all predators have in common is attacking Europe. Every day. Trump, Putin, Musk, Zuckerberg... Which means we bother them. We’re an obstacle to their plans. I believe we should become an even greater one"

Giuliano da Empoli may be right to draw attention to Europe’s vulnerabilities when confronting autocrats and tech billionaires. Yet, he may also overlook the deeper significance of the European project as a remarkable civilizational leap. As Michio Kaku noted decades ago, "the European Union is the beginning of a Type I economy… these European countries, which have slaughtered each other ever since the ice melted 10,000 years ago... they have banded together, put aside their differences to create the European Union." This perspective suggests that, despite its vulnerabilities, the European project embodies a commitment to transnational cooperation and long-term resilience, serving as a testament to humanity’s capacity for reconciliation and collective purpose—an audacious step toward planetary maturity. https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/10/the-role-of-academia-towards-type-1.html

PS - Regarding da Empoli’s book, I’d like to emphasize that his thesis resonates with another work I mentioned earlier on this blog in early July. At that time, I argued that in this particular context, "it becomes all the more urgent—indeed, imperative—that academia, as the last bastion of critical inquiry and intellectual integrity, reaffirms its uncompromising commitment to truth as a non-negotiable principlehttps://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2025/07/book-world-builders-we-are-entering-new.html

sábado, 2 de agosto de 2025

Um jovem investigador com apenas 24 anos contratado por 250 milhões de dólares


Informa um recente artigo publicado no New York Times, que o jovem investigador Matt Deitke, acaba de ser contratado por um valor estratosférico, que usualmente só é pago a algumas poucas estrelas do desporto. https://www.nytimes.com/2025/07/31/technology/ai-researchers-nba-stars.html

Uma consulta à sua produção científica na conhecida plataforma Scopus, mostra que apesar de ainda só ter 7 publicações científicas, a verdade é que as mesmas já receberam centenas de citações o que corresponde a um K-index=37 (na plataforma scholar google que é bastante menos selectiva do que a Scopus, possui já vários milhares de citações). O seu artigo mais citado "Objaverse: A Universe of Annotated 3D Objects" recebeu quase 400 citações na Scopus em apenas dois anos, um desempenho absolutamente excepcional, que muitos académicos não conseguem alcançar nem sequer ao fim de várias décadas. Em termos comparativos a conhecida catedrática Elvira Fortunato, que até chegou a ser apontada como candidata a um prémio Nobel, tem um nível de citações médio por publicação de 38, enquanto que o jovem Matt Deitke, tem um nível de citações médio por publicação que é três vezes superior ao daquela catedrática.

PS - Em 2018, um conhecido cientista Alemão, Ulrich A.K. Betz, Vice-Presidente da Merck, afirmou não compreender que um investigador de topo ganhasse muito menos do que um futebolista de topo, felizmente que bastaram apenas 7 anos para agora termos investigadores a ganhar mais do que muitos futebolistas de topo. https://pacheco-torgal.blogspot.com/2019/11/celebrar-quem-efectivamente-o-merece-no.html

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

A arrogante jovem investigadora de 36 anos que recusou uma proposta de mil milhões de dólares

 

https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2025/07/o-futuro-chegou-mais-cedo-do-que-eu.html

Na sequência do post anterior (link supra) sobre amendoins e investigadores multimilionários, é pertinente divulgar o caso de uma extraordinária jovem investigadora, de nome Mira Murati, nascida na improvável Albânia em 1988, que depois se mudou para o outro lado do Atlântico, onde se diplomou em Matemática e em Engenharia Mecânica, que trabalhou na Open AI, a empresa que produziu o famoso ChatGPT, de onde saiu em Fevereiro deste ano para fundar a start-up Thinking Machines, e que acaba de recusar uma oferta de mil milhões de dólares para ir trabalhar para o multibilionário Zuckerberg  https://futurism.com/ai-researcher-declines-1-billion-offer-meta-mark-zuckerberg 

PS - Acho que não foi exactamente isto que o Nobel francês — que no ano passado passou pela Universidade do Minho — quis dizer quando aconselhou "arrogância" aos jovens investigadores, ou quem sabe, posso estar enganado e talvez também tenha sido. https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/07/vencedor-de-premio-nobel-aconselha_15.html 

Engenharia Civil em Portugal - Os 20 livros indexados mais citados de sempre

  

Passados que estão quatro anos sobre a lista (supra) correspondente aos vinte livros mais citados na base Scopus, que foram produzidos por professores e investigadores de unidades de investigação da área da engenharia civil em Portugal, segue agora abaixo a nova lista actualizada em 1 de Agosto de 2025. A mesma permite constatar que alguns títulos deixaram de constar no Top 20 para darem lugar à entrada de quatro novos competidores, três de estruturas e um de materiais de construção, mas os três primeiros lugares mantem-se inalterados. E tendo em conta que a diferença de citações do primeiro para o segundo lugar (aproximadamente o dobro) daqui a quatro anos o primeiro lugar ainda continuará inalterado, até porque uma projecção para 2029, mostra que nessa altura o primeiro lugar terá o triplo das citações do segundo lugar. 

1º - Handbook of Alkali-Activated Cements, Mortars and Concretes 
2º - Handbook of Recycled Concrete and Demolition Waste    
3º - Design of Steel Structures
   
4º - Eco-Efficient Concrete  
5º - Mechanics and strength of materials   
6º - Fibrous and Composite Materials for Civil Engineering Applications  
7º - Toxicity of building materials  
8º - Seismic Design of Concrete Buildings to Eurocode 8    
9º - Infrastructure public-private partnerships   
10º - Nano and biotech based materials for energy building Efficiency  
11º - Sustainable Construction Materials: Copper Slag  
12º - Historic Construction and Conservation Materials, Systems and Damage
13º - Biotechnologies and Biomimetics for Civil Engineering    
14º - Cost-Effective Energy Efficient Building Retrofitting   
15º - Finite Element Analysis for Building Assessment
16º - Design Solutions and Innovations in Temporary Structures   
17º - Advances in Construction and Demolition Waste Recycling: 
18º - Eco-efficient Repair and Rehabilitation of Concrete Infrastructures 
19º - New trends in eco-efficient and recycled concrete  
20º - Eco-efficient materials for mitigating building cooling needs  

PS - Entre as várias universidades com mais títulos na lista supra, estranhamente a Universidade do Porto não possui um único, o que faz prova de uma singular incapacidade.