segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Primeiro edifício de construção híbrida em Guimarães vence categoria Sustentabilidade

A secção de Economia do semanário Expresso deu este fim de semana conta da sexta edição dos prémios Imobiliário, onde o edifício The First, construído pela firma Casais, junto ao campus de Azurém da Universidade do Minho, venceu na categoria Sustentabilidade

Trata-se de um edifício de seis pisos, com um custo de 11 milhões de euros, que é o primeiro edifício de construção híbrida (madeira + betão) em toda a Península Ibérica. O edifício em causa baseado na tecnologia BIM, utilizou módulos pré-fabricados, permitindo uma execução muito mais rápida, necessitando de menos mão de obra, consumindo um menor volume betão e que no futuro facilitarão a desmontagem e reutilização de materiais, assim contribuindo para reduzir a quantidade de resíduos e acelerando a economia circular.

Há duas formas de encarar esta noticia. A pessimista, que critica o facto de só agora, passados tantos anos, após se terem iniciado as primeiras investigações nesta área - as publicações sobre projecto para a desconstrução e reciclagem de materiais tem mais de 20 anosé que elas começam finalmente a ser levadas à prática e a optimista, de que mais vale tarde do que nunca, e fazendo votos que tais práticas passem a ser o novo normal da indústria da construção, pois está a esgotar-se o tempo para que este sector consiga reduzir em mais de 50% as suas emissões de GEE e seja capaz de reciclar 70% dos seus resíduos.

PS - Coincidentemente, terminei de editar no final do mês passado, com alguns catedráticos estrangeiros, a terceira edição de um livro sobre reciclagem de resíduos de construção e demolição, contendo também capítulos sobre BIM e sobre projecto para desmontagem posterior, que será publicado no inicio de 2025. A primeira edição desse livro, contendo 24 capítulos, foi publicada há mais de uma década e tornou-se, entre aqueles que foram selecionados para indexação na Scopus, de longe, o mais citado a nível mundial, nessa área.  https://shop.elsevier.com/books/handbook-of-recycled-concrete-and-demolition-waste/pacheco-torgal/978-0-85709-682-1



domingo, 3 de novembro de 2024

Revisitar a imparável epidemia de corrupção


Em 2019 o Ex-Presidente Ramalho Eanes afirmou que havia uma epidemia de corrupção em Portugal, e eis que agora, cinco anos passados o referido ex-presidente reafirma aquilo que disse nessa altura, apontando o dedo ao PSD e ao PS, que acusa de terem colonizado a Administração Pública https://www.rtp.pt/noticias/politica/ramalho-eanes-em-livro-apos-entrevista-de-fatima-campos-ferreira_v1612059 

Quem não se lembra aliás daquela laranjinha que foi apanhada numa escuta a exigir ser Administradora de uma "merda" qualquer https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2023/06/eu-quero-administrar-uma-merda-qualquer.html ou daquele outro boy que também foi apanhado numa outra escuta a dizer que queria ser presidente de uma empresa (pública) qualquer https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2023/09/em-defesa-da-honra-das-putas.html E foi exactamente isso em que o PS e o PSD conseguiram transformar a Administração Pública, basicamente e acima de tudo numa fonte de rendimento para boys e girls, que é aquilo que se extrai das muitas escutas onde foram apanhados muitos dos parasitas que os contribuintes deste país são obrigados a sustentar e que as corajosas palavras do impoluto Ex-Presidente Ramalho Eanes também confirmam.

Declaração de interesses - Declaro que tendo iniciado o meu primeiro blogue há cinco anos atrás, que desde essa altura fiz dezenas de post sobre corrupção, tendo o último deles sido publicado no passado dia 5 de Outubro sob o título "Mais um prego no caixão da justiça e desta coisa a que chamam democracia mas que se deveria chamar corruptocracia"  https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/10/mais-um-prego-no-caixao-da-justica-e.html

sábado, 2 de novembro de 2024

Director da F.C. da Universidade de Lisboa critica doutoramentos nos Politécnicos

 

Ainda sobre o post anterior, onde se deu conta que o ensino superior Politécnico tem no seu todo apenas um valor residual de 3% dos 633 investigadores mais citados de Portugal (e muitos Politécnicos nem sequer possuem um único desses investigadores) não deixa de ser uma curiosa coincidência que o Director da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, o catedrático Luís Carriço, tenha dado uma entrevista ao semanário Nascer do Sol, onde tece criticas várias sobre o ensino superior, como por exemplo quando critica o desnorte que pautou a acção da antiga Ministra Elvira Fortunato, tendo acabando a entrevista a criticar o facto dos Institutos Politécnicos poderem atribuir o grau de Doutor. 

Concordo com a opinião dele, especialmente na parte em que ele disse que em Portugal há universidades a mais e politécnicos a mais e que é necessário avaliar de forma rigorosa para se conseguir separar "o trigo do joio", que não é muito diferente daquilo que já tinha sido escrito por um conhecido catedrático da universidade do Minho, que criticou a asfixia financeira das universidades mais dinâmicas,  levada a cabo pelo anterior Governo, processo a que ele na altura apelidou de mexicanização do ensino superior https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2022/12/catedratico-da-uminho-acusa-governo-de.html