sábado, 30 de novembro de 2024

INVENTHEI - Capacitar os alunos de doutoramento para os desafios do século 21



Não foi certamente por acaso, que num artigo publicado na revista da Ordem dos Engenheiros, no inicio do corrente ano, o extraordinário catedrático Adélio Mendes, da Universidade do Porto, afirmou que no grupo dele já nasceram 10 (dez) start-ups e que esse número cresce à razão de duas novas a cada ano, o que constitui uma dinâmica criativa invulgar, vide post no link supra, que compara de forma favorável com a produção da maior unidade de investigação na área da ciência e engenharia dos materiais-CICECO, onde há centenas de investigadores, mas que até hoje produziu apenas 8 (oito) start-ups. https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/10/uma-metrica-pouco-excelente-por-parte.html

No final do passado mês de Março, a revista The Economist, previu um futuro péssimo para a economia Europeia, https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/03/the-economist-impending-economic.html a juntar à invasão da Ucrânia, que levou à subida de preços de energia e à subida da inflação, e à invasão dos veículos elétricos Chineses, que ameaçam milhões de empregos, de que é reflexo o recente anúncio da Volkswagen de encerrar fábricas na Alemanha, juntar-se-ia também a possibilidade futura, de Donald Trump se tornar o próximo presidente dos EUA, que entretanto deixou de ser apenas uma possibilidade, para levar a uma inevitável uma guerra de tarifas, que contribuirá para tornar ainda mais negras as perspectivas futuras da economia europeia, o que por sua vez torna ainda mais importante e urgente programas, que facilitem a criação de empresas tecnológicas.

No presente contexto aproveito para divulgar uma recente publicação, onde se descreve um programa educativo, financiado pelo Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia no âmbito da Iniciativa: Capacitação em Inovação para o Ensino Superior, https://ieeexplore.ieee.org/stamp/stamp.jsp?tp=&arnumber=10767758 e que foi especialmente projetado para ajudar os alunos de doutoramento na exploração e valorização dos resultados económicos das suas investigações e bem assim na sua capacitação para os desafios de uma economia europeia sujeita a uma competição brutal por parte dos  EUA e também da China (país cujo crescimento fulgurante até já lhe permite a audácia de roubar prémios Nobel à Europa), vide o relato dramático feito no relatório Draghi, onde não por acaso, na página 214, é explicitada a critica que na Europa (ainda) não existem incentivos suficientes para que os investigadores se tornem empresáriosembora neste aspecto particular seja importante frisar que ao contrário de incentivos, paradoxalmente, o que tem havido são desincentivos, que a ciência mostrou que são autênticos tiros nos pés https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/03/new-evidence-shows-that-abolishment-of.html

Pessoalmente, acho que o referido programa apresenta uma séria limitação. A palavra "failure" não aparece referida uma única vez no mesmo e porém como recordei anteriormente a capacidade de ultrapassar insucessos é determinante nesta área e não se consegue sequer perceber porque é que as universidades lhe dedicam tão pouca atenção: "A critical concern deserving increased emphasis within universities — the nuanced skill of overcoming failures and the profound lessons that inevitably unfold from these experiences underscore the importance for educational institutions to acknowledge the inherent value of such lessons in shaping individuals. It is crucial to note that the ability to overcome failure and continue taking risks is particularly vital in the knowledge economy and the realm of startup creation" https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/01/a-venture-capitalist-revered-by.html

PS - Em 2017 critiquei pela sua ligeireza e notória ausência de sustentação científica, um descarado exercício de propaganda, que contou com a participação da FCT, que dava conta que numa única década teriam alegadamente sido criadas no nosso país 300.000 start-ups, o que a ser verdade, faria de Portugal o campeão do universo, embora na verdade nesse campeonato, nem sequer conseguimos ter metade do rácio da Estónia https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/06/o-inacreditavel-milagre-socialista-ou.html 

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

O trio de inimigos declarados da Ciência: PSD, CDS e Chega

 

https://www.publico.pt/2024/11/27/ciencia/noticia/proposta-aumento-orcamento-fct-chumbada-parlamento-2113573

É bastante esclarecedor o facto de ontem os deputados do PSD, CDS e Chega se terem unido, para chumbar uma proposta que visava compensar o corte de quase 70 milhões de euros que o Governo de Luís Montenegro inscreveu no Orçamento de Estado para 2025, relativamente ao financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia. Vide artigo acessível no link supra. 

Ou seja já não bastavam os vários cortes que o Governo do António Costa efectuou nos orçamentos da Ciência e agora o actual Governo ainda pretende efectuar cortes muitíssimo superiores. É inacreditável que este Governo, com o apoio do Chega, pretenda fazer, aquilo que nem o Governo do Passos Coelho se atreveu a fazer, durante o resgate da Troika, pois em 2015, o Orçamento da FCT correspondeu a 0,23% do PIB, enquanto que agora essa percentagem vai baixar para o valor terceiro-mundista de 0.19%. Mas se a justificação deste Primeiro-Ministro, é que não tem dinheiro para a Ciência, porque alegadamente precisa do "pouco" que tem para fins mais nobres, então eu aproveito para lhe dar o mesmíssimo conselho que há alguns anos atrás publicamente dei ao Primeiro-Ministro António Costa. Trate de o ir buscar onde ele anda a ser desbaratado por uma classe politica parasita https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/03/primeiro-ministro-defende-reducao-de.html

Mas se por absurdo, o Governo de Luís Montenegro, mesmo assim continuar a achar que é preferível retirar dinheiro à Ciência, porque não tem coragem para cortar nas dezenas de milhões de euros que todos os anos o Estado gasta com sociedades de advogados, ou nos milhões de euros que custam as subvenções vitalícias dos políticos, ou nos milhões de euros que se gastam na compra de viaturas de políticos, mesmo assim, ainda lhe resta uma outra hipótese, para conseguir arranjar dinheiro para a Ciência (e para outras áreas), basta que tenha a coragem de copiar a legislação do Reino Unido, que permite declarar perdida a favor do Estado o produto de actividades criminosas (Unexplained Wealth Order), pois convém lembrar a este respeito que em Portugal "...o nosso Ministério Público só conseguiu apreender (leia-se congelar) nos últimos 5 anos um valor miserável que representa menos de 1% do valor roubado (o valor efectivamente declarado perdido a favor do Estado no final do julgamento é apenas 0.01%)" .

PS - E quanto mais depressa o Governo Português começar a copiar o que fazem na Suécia e também na Alemanha, condenando a penas de cadeia efectivas, os grandes evasores fiscais, mais depressa conseguirá arranjar dinheiro para a Ciência, para a Sáude e para as restantes áreas: "...a Suécia condenou mais de mil pessoas a penas de cadeia efectiva enquanto que no mesmo período a justiça Portuguesa aplicou penas de prisão, por fuga aos impostos, a apenas 83 pessoas, o que é 12 (doze) vezes menos....na Alemanha há penas de cadeia efectivas para a fuga ao fisco superior a 1 milhão de euros, atenta porém a diferença salarial entre os dois países, então para Portugal o valor de fuga ao fisco que daria automaticamente pena de prisão deveria ser de 350.000 euros" https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/02/o-que-falta-portugal-para-ser-como.html

quarta-feira, 27 de novembro de 2024

The Mathematician Unmasking the Myth of Fraudulent "Super-Publication Powers"

 

https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/03/how-many-papers-can-superscientist.html

For far too long, academia and publishers have turned a blind eye to the absurd phenomenon of so-called "super-publication powers," as highlighted in the post above. A glaring example is the Danish Full Professor who, in 2020, churned out an astonishing average of six (6) Scopus-indexed papers per week—yes, per week!. Such output defies not just credibility but also the basic limits of human intellectual and physical capacity. When individuals produce at rates that strain the boundaries of reason, the entire academic system risks collapsing under the weight of its own hypocrisy.

A few months ago, a mathematician (pictured at the start of this post) authored a paper that identified, quantified, and illustrated the typical signs of scientists exhibiting papermilling behavior. The paper presents clear examples, including a comparison of two researchers who have previously appeared on the Highly Cited Researchers list having similar career lengths. These profiles are depicted in Figure 1 and Figure 2, reproduced below https://arxiv.org/html/2405.19872v2 He suggests that to quantify the observed patterns, the following indicators can be used when analyzing papermilling behavior:

  • High correlation (above 0.7–0.8) between publication and citation counts.
  • Minimal delay between citations and publications with high correlation.
  • Unusually high annual publication count, especially with an increasing trend.
  • Low integrity index
  • Figure 1:Typical performance of a conscientious mathematician.

    Figure 2:Typical visual signs of possible papermilling in mathematics

    segunda-feira, 25 de novembro de 2024

    O incompreensível inconseguimento de um departamento de engenharia da U.Porto



    Tendo em conta que existe, a nível mundial, um excesso de publicações científicas, avulsas, que acrescentam muito pouco ao estado da arte, excesso esse que é prejudicial à ciência, vide artigo acessível no link supra, o que também tem que ver com o facto dos investigadores serem cada vez mais incapazes de sintetizar todo o conhecimento daquilo que é referido estado da arte, vide artigo "The memory of science", tendo ainda em conta o grave défice académico de Portugal, no respeitante à produção de livros indexados, bem patente no facto da pequena universidade de Oxford, produzir anualmente mais livros indexados, do que todas universidades e politécnicos Portugueses juntos, reproduzo abaixo os títulos dos 10 livros mais citados, de sempre, da área da engenharia civil, indexados na plataforma Scopus, onde existe um domínio evidente da universidade do Minho, mas onde estranhamente não existe um único que tenha sido produzido por investigadores da universidade do Porto.

    1 - Handbook of Alkali-Activated Cements, Mortars and Concretes (UMinho)

    2 - Handbook of Recycled Concrete and Demolition Waste (UMinho)

    3 - Design of Steel Structures (UCoimbra)

    4 - Eco-efficient concrete  (UMinho)

    5 - Mechanics and strength of materials  (UCoimbra)

    6 - Fibrous and Composite Materials for Civil Engineering Applications (UMinho)

    7 - Toxicity of building materials  (UMinho)

    8 - Seismic Design of Concrete Buildings to Eurocode 8 (LNEC)

    9 - Sustainable Construction Materials: Copper Slag (ULisboa)

    10 - Nano and biotech based materials for energy building efficiency (UMinho)

    PS - O primeiro livro da lista supra tornou-se o mais citado, entre todos aqueles, quase 1500, de todas as áreas científicas produzidas em todas as universidades Portuguesas nos últimos dez anos. Já o segundo da lista tornou-se o mais citado da sua área a nível mundial. 

    Catedrático de matemática revela gráfico que identifica os investigadores que não dormem porque trabalham 24 horas por dia


    https://pachecotorgal.com/2022/11/18/abriu-a-caca-aos-investigadores-que-nao-tem-tempo-para-fazer-sexo/

    Há dois anos atrás escrevi sobre os investigadores que trabalham tanto tanto tanto, praticamente 24 horas por dia, não se importando de prejudicar gravemente a sua vida conjugal, só para conseguirem publicar vários artigos por semana, todas as semanas do ano. Vide post acessível no link supra.

    Outros investigadores, preocupados com a vida conjugal desses Colegas, sugeriram formas de descriminar negativamente o excesso de publicações. Eu próprio, em 2021, sugeri um métrica, cujo valor seria cada vez menor quanto maior fosse o número de publicações de um investigador. https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/05/ranking-de-investigadores.html

    No mesmo sentido, há poucos meses atrás, um outro investigador, catedrático da área da matemática (foto no inicio deste post), sugeriu uma métrica, baseada no h-index, que também é cada vez menor, quanto maior for o número de publicações. No artigo desse matemático, acho especialmente interessante os dois gráficos que ele utiliza para mostrar, o perfil de publicações e citações de um cientista com uma vida conjugal normal (Fig 1) e de um cientista que não tem tempo para fazer sexo (Fig. 2). Ambos reproduzidos abaixo.

    "The solution can be introducing a quantitative indicator, which would implement von Kármán’s idea by lowering the motivation for increasing the number of publications by penalizing the unnecessary increase of the number of publications. As such indicator, I suggest the ratio of the h-index and the total number of publications. This can be considered as a kind of a signal-to-noise ratio and can be called the integrity index..."  https://arxiv.org/html/2405.19872v2

    Figure 1:Typical performance of a conscientious mathematician.

    Figure 2:Typical visual signs of possible papermilling in mathematics

    domingo, 24 de novembro de 2024

    A universidade com o pior desempenho no ranking do narcisismo académico

     

    Há três anos atrás analisei o desempenho comparado das seis melhores universidades Portuguesas, para aferir quais aquelas que tinham mais investigadores influentes, que gostavam muito, de se citarem a si próprios, tendo nessa altura concluído que a Universidade de Lisboa era aquela onde havia a maior densidade de investigadores com percentagens de auto-citações superiores a 25%, e no pólo oposto, que a universidade do Minho era a que apresentava o menor número desses investigadores. Vide post acessível no link supra.

    Uma atualização dessa análise, baseada no ficheiro carreira, do ranking Stanford que foi divulgado há poucos meses atrás, somente para os investigadores com percentagens de auto-citação superiores a 30%, mostra que a Universidade de Lisboa continua a liderar, esse lamentável ranking, sendo que essa liderança se deve na sua esmagadora maioria aos investigadores do Instituto Superior Técnico. Dessa análise também novamente se constata que os investigadores da Universidade do Minho, continuam a mostrar, uma peculiar mas saudável "aversão", a citarem-se a si próprios.

    ULisboa.........25 investigadores com percentagens de auto-citação superiores a 30%

    UPorto............10

    UAveiro............8

    UNova...............6

    UCoimbra.........5

    UMinho.............1

    PS - Há uma década atrás analisei a produção científica, de Professores Associados e Catedráticos de Departamentos de Engenharia Civil, nas mesmas seis Universidades Portuguesas, https://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/30767 tendo utilizado para esse efeito as seguintes métricas: número de artigos em revista internacional indexada na Scopus, rácio artigos/ano, número de citações, rácio citações/artigo, índice-h, rácio índice-h/ano, percentagem de auto-citações e percentagem de artigos não citados. Na lista de referências, que então citei, há um artigo interessante, com afiliação daquele país que lidera o rácio mundial prémios Nobel/milhão de habitantes, que concluiu após analisar quase 800 artigos, que se há um factor que contribui bastante para um artigo científico se poder tornar bastante citado é o de ter autores de universidades de topo. Porém, se não há em Portugal uma única universidade de topo, nem do grupo das 20 melhores, nem do grupo das 50 melhores, ou do grupo das 100 melhores, nem sequer do grupo das 150 melhores, isso significa que quem na ULisboa ou em qualquer outra universidade Portuguesa, acha "boa" ideia auto citar-se em excesso, mais não faz que desvalorizar e limitar o impacto potencial desse artigo, com citações de alguém que não pertence a nenhuma universidade de topo. Não é narcisismo é apenas burrice.

    sábado, 23 de novembro de 2024

    Catedrático acusa Primeiro-Ministro de ter iniciativas similares ás mais idiotas paridas durante o Governo de Sócrates


     "...20 anos depois, Luís Montenegro segue as pisadas de Sócrates e anuncia a criação de um ChatGPT Português, no qual o Estado vai investir vários milhões...o ChatGPTreta..."

    O extracto supra foi retirado de um artigo incluído no caderno principal do semanário Expresso, sendo seu autor um nada diplomático catedrático da Universidade do Minho, que não certamente por acaso já mencionei múltiplas vezes, como quando recentemente apelidou de tolos muitos professores

    No artigo referido, o catedrático Aguiar-Conraria acusa ainda este Governo de deitar para o lixo o principio da igualdade e o dever de imparcialidade, quando pretende entregar entre 10 a 20 milhões de euros a uma empresa e a duas universidades de Lisboa, sem que haja previamente um concurso público ou através de um alegado "concurso" com um vencedor pré anunciado e ainda por cima, quando a Secretária de Estado da Ciência é interessada no mesmo, já que trabalha numa das referidas universidades e logo na área em questão.

    Ou seja, o Governo de Luís Montenegro, que ainda não conseguiu resolver um único problema grave, e que é suportado por um partido cuja grande prioridade é aumentar os vencimentos da classe politica (esquecendo que os investigadores e professores do ensino superior perderam 25% do seu vencimento) é o mesmo Governo, que de forma muito pouco inteligente, mandou cortar quase 70 milhões de euros ao orçamento da FCT (para ajudar a pagar os aumentos dos salários dos políticos), prepara-se agora para deitar para o lixo uma parte significativa dessa verba, numa iniciativa que servirá somente para desviar dinheiro para universidades onde ele nunca faltou, prosseguindo uma estratégia de descriminação, que ironicamente, há poucos anos até foi denunciada pelo Reitor de uma dessas  universidades, que publicamente se mostrou surpreso por haver universidades que aceitavam passivamente ser assim tão maltratadas https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/08/o-reitor-da-ulisboa-e-as-universidades.html

    Declaração de interesses - Declaro que há uma semana atrás acusei o Primeiro-Ministro Luís Montenegro de pretender continuar a mexicanizar o ensino superior https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/11/primeiro-ministro-de-portugal-pretende.html

    sexta-feira, 22 de novembro de 2024

    Deitar o rigor científico para o lixo para não arriscar perder várias centenas de milhões

     

    O post anterior, acessível no link supra, continha uma pergunta importante: Qual é o país que tem mais a perder, se a Clarivate Analytics corrigir os critérios pouco rigorosos, sobre as quais é construída a sua lista de cientistas-HCR ?

    Nessa sequência, merece destaque a lista dos sete países, supra, que possuem o maior número de HCRs, em todo o Planeta, utilizando para o efeito dados fornecidos pela própria Clarivate Analytics e comparando essa informação com a percentagem de investigadores que esses países possuem nas listas correspondentes ao Top 0.5% do ranking Stanford, utilizando o ficheiro anual e o ficheiro carreira daquele ranking. 

    Como bem se percebe, é evidente que se o ranking da Clarivate Analytics passar a utilizar os mesmos critérios que são utilizados pelo ranking Stanford, isso levará a que a China sofra uma queda bastante expressiva na sua percentagem de investigadores altamente citados, o que por sua vez se irá reflectir muito negativamente na posição das suas universidades no conhecido ranking Shanghai, que é baseada também no número daqueles investigadores.

    Tendo em conta que a Clarivate factura anualmente quase 500 milhões de dólares na China, isso ajuda a explicar porque é que a mesma não está interessada em fazer nada que possa prejudicar a reputação daquele país, até porque a China é conhecida por se vingar de todos aqueles que lhe desagradam, como sucedeu à Lituânia, alvo de um violento bloqueio comercialquando decidiu reconhecer Taiwan. É evidente que a Clarivate Analytics não pretende ser alvo de um bloqueio comercial similar, pois isso representaria uma queda muito significativa das suas receitas, o que ajuda a explicar a sua teimosia em manter uma lista de cientistas construída com critérios errados que produz resultados que fazem pouco sentido.

    quarta-feira, 20 de novembro de 2024

    Portugal: A Clear Case Study Highlighting the Flaws in Clarivate's HCR List


    Clarivate Analytics has just unveiled its Highly Cited Researchers (HCR) list for 2024. Interestingly, both Portugal and Norway have 18 HCRs. However, when assessing their performance through the Stanford Scientist Ranking, particularly within the top 0.5% of researchers, Norway shows a remarkable 500% advantage over Portugal. List below. This stark disparity suggests a significant flaw in the methodology behind the Clarivate HCR list. 

    It is worth noting that the Stanford Scientist ranking, is the only one worldwide that satisfies three critical conditions: accurate author disambiguation, the exclusion of self-citations, and fractional counting of contributions. Furthermore, this ranking effectively addresses a major flaw in Clarivate's HCR list—its bias toward specific scientific disciplines. This issue persists despite the introduction of the Cross-Field category in recent years, which has failed to resolve the problem. 

    Chaignon et al. (2023) unleashed a scathing rebuke of the HCR list, condemning its methodology for systematically erasing groundbreaking contributions in innovative or niche fields. They singled out the shocking exclusion of Alain Aspect, the French Nobel laureate in Physics (2022), as a glaring example of its shortcomings. Even more damning, the Clarivate HCR list has inexplicably omitted dozens of other Nobel Prize-winning scientists, further undermining its credibility.

    Declaration of Competing Interests - In November 2020, I criticized Clarivate's Highly Cited Researchers list for its blatant bias toward specific scientific disciplines. A year later, in November 2021, I reiterated this condemnation, emphasizing that their token measure—excluding papers with more than 30 affiliations—amounts to little more than window dressing. It utterly fails to address the list's core and glaring flaw: the stubborn refusal to implement fractional countinghttps://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/11/the-flawed-clarivate-list-of.html

    PS - Revising the Clarivate Highly Cited Researchers list to incorporate fractional counting while ensuring an unbiased evaluation across all scientific disciplines would undoubtedly redefine the Shanghai Ranking of universities. This reform has the potential to curtail the dominance of a powerful nation within that ranking. The pressing question remains: which country will suffer the most when these entrenched biases are finally dismantled?
    1. Switzerland.........108 scientists per million inhabitants in Top 0.5% Stanford Ranking
    2. Denmark............. 84
    3. UK........................77
    4. USA......................75
    5. Sweden................70
    6. Australia...............65
    7. Netherlands..........63
    8. Canada.................60
    9. Finland..................53
    10. Israel.....................45
    11. Norway..................41
    12. New Zealand.........41
    13. Singapore.............39
    14. Belgium.................35
    15. Germany...............33
    16. Ireland...................32
    17. Austria...................31
    18. Iceland..................27
    19. France...................19
    20. Italy........................15
    21. Luxembourg..........13
    22. Greece..................12
    23. Slovenia.................9
    24. Cyprus....................9
    25. Portugal..................8

    Instituições de ensino superior que ajudam Portugal a não fazer má figura no contexto da guerra Europa vs EUA vs China

     


    No passado mês de Setembro, vide post acessível no link supra, analisei através de uma pesquisa na plataforma Scopus, as publicações produzidas a partir de 1 de Janeiro de 2023, sobre IA, isto é, que continham os termos GPT OR AI OR LLM nos campos título, resumo e palavras chave, selecionando somente as publicações que continham as palavras-chave "Artificial Inteligence" OR "Machine Learning" OR "Deep Learning". 

    Nessa sequência reproduzo abaixo uma pesquisa similar feita este mês, onde se percebe quais são as instituições que estão mais activas nessa área (leia-se as que mais ajudam Portugal). No final do post apresenta-se também uma lista dos países que produziram pelo menos 500 publicações nessa área, ordenados pelo rácio publicações por milhão de habitantes, onde Portugal aparece à frente da Espanha e perto da Áustria e da Holanda. 

    Sobre este tema é pertinente revisitar um post do passado dia 9 de Agosto, onde divulguei um artigo que deu conta que a esmagadora maioria das publicações sobre IA altamente citadas, foram produzidas por empresas, Americanas e Chinesas, fazendo prova da reduzida competitividade científica das empresas europeias nesta importante área https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/08/the-list-of-companies-that-are.html

    PS - Quando se faz uma pesquisa na Scopus sobre todas as publicações indexadas sobre AI, com afiliação Portuguesa, produzidas desde o ano 2000, que já ultrapassam mais de um milhar e se ordenam pelo seu número de citações, constata-se que, a mais citada de todas elas, de título "On instabilities of deep learning in image reconstruction and the potential costs of AI", foi publicada há apenas 4 anos, e curiosamente a mesma só tem afiliação de uma universidade Portuguesa, porque um dos co-autores é um investigador de Pós-Doutoramento, italiano, que trabalha na universidade do Porto https://orcid.org/0000-0002-8243-8350 e que vale a pena dizê-lo, constitui uma excelente (e muito louvável) contratação por parte daquela universidade.

    Número de publicações científicas indexadas sobre IA produzidas desde Janeiro de 2023

    Univ. do Porto...............121 publicações
    Univ. de Lisboa..............89     
    Univ. de Coimbra...........55      
    Univ. do Minho...............49     
    Univ. de Aveiro...............43    
    Univ. Nova.....................48      
    ISCTE............................34         
    UTAD..............................28        
    Inst. Pol. do Porto...........26          
    Univ.  Beira Interior.........22        
    Inst.Pol. de Bragança.....17         
    Inst. Pol. de Leiria...........16        
    Inst. Pol. de Lisboa.........15         
    UALG………………....….12      
    Inst. Pol. Santarém..........8       
    Inst. Pol. de Coimbra.......8      
    Inst. Pol. de Setúbal........7     
    Inst. Pol. de V.Castelo.....6        
    Univ. da Madeira..............6      
    IPCA................................6       
    Inst. Pol. de Portalegre....6         
    Univ. Aberta.....................5        
    Inst. Pol. de Viseu...........4        
    Inst. Pol. de Tomar..........4        
    U.de Évora......................4        
    Univ. dos Açores..............4        
    Inst. Pol. de C.Branco…..3      
    Inst. Pol. de Beja..............2       
    Inst. Pol. da Guarda.........2

    Lista de países, que desde Janeiro de 2023, produziram mais de 500 publicações sobre IA, ordenados pelo rácio de publicações por milhões de habitantes: 

    Singapore…..117 publicações por milhão de habitantes
    Switzerland.....97
    Norway……....97
    UAE………....94
    Finland………92
    Sweden……..73
    Australia…….70
    Netherlands...65
    Austria……....62
    Portugal…..…60
    Spain.……….34

    terça-feira, 19 de novembro de 2024

    2019 - 2024__Os investigadores com mais impacto na U.Aveiro, na UTAD e na UALG

     

    Na sequência do post anterior, publicado no mês passado, sobre os investigadores das universidades do Porto, de Lisboa, da Nova e do Minho,.que na sua instituição integraram o pódio do ranking Stanford-Elsevier, entre 2019 e 2024, apresenta-se abaixo a informação sobre os investigadores de mais três instituições, a U.Aveiro, a UTAD e a UALG.



    segunda-feira, 18 de novembro de 2024

    Vírus mutitatis deixa Ministro incapacitado

     

    A imagem supra, de um Português que muitos Portugueses não fazem ideia quem seja, respeita ao senhor Ministro da Educação, Ciência e Inovação e é muito estranho que sobre os recentes resultados do prestigiado ranking Shanghai por áreas e das 14 instituições de ensino superior Portuguesas, que conseguiram estar representadas no mesmo (apenas 7 instituições no Top 100) ninguém lhe conseguiu ouvir uma única palavra, por certo deve ter sido atacado por um novo vírus, que fugiu de algum laboratório, e que é capaz de provocar mudez selectiva. 

    Compare-se este bizarro comportamento com o posicionamento do Ministério liderado pelo Patrick Hetzel, que na França tutela o ensino superior e a investigação, sobre os resultados daquele país no referido ranking Shanghai por áreas, que lá possui 80 instituições de ensino superior, sendo que mais de 30 aparecem no Top 100:
    "Este ranking confirma a posição de destaque de nossas instituições em disciplinas fundamentais para o futuro, como a matemática – essencial para os avanços em inteligência artificial –, a física, bem como a saúde, através da área de farmácia, e também a área do ambiente. Esses sucessos são o resultado de uma política de transformação da nossa investigação e desenvolvimento (I&D) e de investimentos significativos em investigação, que foram impulsionados pela Lei de Programação da Investigação, cujo núcleo permanece aliás preservado no âmbito do projeto de orçamento para 2025, e no plano França 2030" https://www.campusfrance.org/en/actu/classement-thematique-shanghai-2024

    Ou talvez o Ministro Fernando Alexandre tenha ficado calado pelo facto muitas instituições Portuguesas não terem resultados brilhantes para apresentar (espantosamente nem a Universidade de Coimbra, nem a universidade Nova conseguem ter qualquer área no Top 100), nem muito menos ele pode falar de "investimentos significativos" em investigação, já que o anterior Governo gastou pouco e este Governo, por incrível que possa parecer, ainda pretende gastar menos https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/11/faz-algum-sentido-que-os-contribuintes.html 

    domingo, 17 de novembro de 2024

    “Maçonaria” do crime organizado confortavelmente instalada em Portugal perante a passividade das autoridades


    Em 2009 as autoridades judiciárias Portuguesas foram avisadas pelas autoridades Norte-Americanas quanto à possibilidade de já haver no nosso país elementos da maior organização criminosa brasileira, o Primeiro Comando da Capital-PCC (cujas receitas ultrapassam 100 milhões de euros a cada ano) e em 2021 um artigo no semanário Nascer do Sol dava conta aquilo que já era então mais do que óbvio https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/09/sera-que-organizacao-criminosa-pcc-ja.html

    Sem surpresa, hoje o jornal Público, coloca na capa uma chamada para um artigo muito preocupante, onde se dá conta, que de acordo com o SIS, a “maçonaria” do crime organizado Brasileiro, já possui quase um milhar de criminosos a actuar em Portugal, embora o mesmo jornal adiante que o número real poderá ser muito maior:
    "...de acordo com um relatório dos Serviços de Informação e Segurança (SIS), conhecido em Novembro de 2023. Mas, segundo o PÚBLICO apurou, este número poderá pecar por escasso... de acordo com a secreta portuguesa, a presença do PCC tem provocado um aumento da violência relacionada com os negócios do tráfico, em especial na Grande Lisboa...." 

    O artigo do jornal Público contém declarações de um Procurador Brasileiro (que há três dias atrás foi entrevistado pela revista The Economist) que o PCC declarou pretender matar, por conta da sua decisão de transferir os lideres daquele grupo criminoso para prisões federais, algo que não será impossível ou sequer muito difícil pois o mesmo PCC conseguiu matar um amigo dele, o juiz José António Machado Dias. Aliás e em bom rigor, no Brasil o crime organizado, é conhecido pela forma como repetidamente tenta e muitas vezes consegue matar juízes, como foi também com o juiz Alexandre Martins de Castro Filho ou o juiz Carlos Froz da Silva ou o juiz Leopoldino Marques do Amaral ou o juiz Leopoldo Heitor Leite de Andrade ou a juíza Patrícia Acioli, que foi executada com 21 tiros. 

    PS - Tendo em conta que a justiça Portuguesa, onde inexiste o instrumento de delação premiada (que a Suécia, como dei conta neste blogue, adotou no inicio deste ano, precisamente para combater o crime organizado), já demonstrou ser incapaz de punir o crime de associação criminosa https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/08/associacao-criminosa.html será que essa incapacidade não irá favorecer o crescimento ainda mais acelerado e a impunidade da referida "maçonaria" do crime organizado em Portugal ?

    sábado, 16 de novembro de 2024

    Primeiro-Ministro de Portugal pretende continuar a mexicanizar o ensino superior


    Um corajoso catedrático da universidade do Minho, Lusís Aguiar-Conraria, acusou num artigo que foi publicado no semanário Expresso, o Governo de António Costa, de andar de forma descarada a prejudicar as universidades mais dinâmicas (leia-se aquelas que mais se tem esforçado a valorizar o dinheiro dos contribuintes), num processo que apelidou de mexicanização do ensino superior. Uma das universidades mais prejudicadas pela referida mexicanização foi precisamente a universidade do Minho, cujo Reitor também corajosamente não se coibiu de acusar o Governo anterior de ser caloteiro

    Nessa altura dei o exemplo de duas outras instituições, que refletiam na perfeição a referida mexicanização, uma bastante prejudicada, que por uma estranha coincidência ficava localizada perto de uma outra que foi bastante beneficiada, pelo facto de ter um financiamento por aluno muito mais elevado do que a primeira e quando ainda por cima a primeira tinha uma produção científica 700% superior, ao contrário da segunda que produziu muito menos e ainda por cima com muito menos impacto (leia-se irrelevante) https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2022/12/odios-e-amores-no-ensino-superior-ou.html

    Irónico é por isso, que agora se tenha ficado a saber, que o actual Primeiro-Ministro de Portugal Luís Montenegro, (o mesmo que achou boa ideia escolher para Ministro das Obras Públicas um individuo manhoso que acha que os contribuintes Portugueses são idiotas e também o mesmo Primeiro-Ministro que espantosamente acha que a morte de 11 pessoas ainda não são suficientes para demitir a infeliz Ministra da Saúde), achou boa ideia perder tempo a visitar a segunda das referidas instituições, https://www.lusa.pt/foto?from=%2Fbrasil&imageid=43914794 o que só pode querer dizer que a mexicanização do ensino superior iniciada pelo Governo anterior é para continuar com o actual Governo. 

    Declaração de interesses - Declaro que há 10 dias atrás critiquei o actual Governo por pretender continuar a financiar as universidades do país do infame Donald Trump, logo na mesma altura em que decidiu cortar o financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia-FCT https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/11/faz-algum-sentido-que-os-contribuintes.html

    PS - A instituição agora visitada pelo Primeiro-Ministro Luís Montenegro, tem no seu Conselho Geral, um senhor de nome Luís Correia, especialista em "negócios das arábias" (marido de uma famosa ex-deputada), o mesmo senhor que depois de por sentença do supremo tribunal administrativo, ter perdido a presidência da câmara, achou boa ideia fazer um novo partido (apenas porque o nosso desgraçado país e ao contrário do Brasil, pasme-se, ainda não achou necessário aprovar uma lei da ficha limpa), partido do qual, coincidentemente, também faz parte o Presidente da instituição agora visitada (que curiosamente tem tempo para actividades politicas mas não o tem para publicações científicas o que mostra bem quais são as suas verdadeiras prioridades), uma lamentável dupla, com quem, espantosamente, o partido do Primeiro-Ministro não se importa nada de fazer alianças partidárias.  É caso para dizer que merecem-se uns aos outros https://www.diariodigitalcastelobranco.pt/noticia/66282/autyarquicas-2025castelo-branco-sempre-e-psd-iniciam-alternativa-ao-ps--

    quarta-feira, 13 de novembro de 2024

    Ranking Shanghai de 2024 - Listagem de 46 áreas com maior prestigio científico nas universidades e politécnicos de Portugal


    Sendo importante, que no acesso ao ensino superior, os alunos possam ter acesso a informação rigorosa sobre o prestigio cientifico internacional, dos muitos cursos disponíveis, mas tendo em conta que muito infelizmente, é prática de muitas instituições de ensino superior no nosso país, esconderem informação, sobre as áreas em que cientificamente são muito pouco ou até nada competitivas, não se inibindo sequer para esse efeito, de chegar ao extremo de recorrer a rankings da treta, vide post de título "A santa universidade que acaba de conhecer a dura verdade que agora a liberta de um céu imerecido para o inferno da realidade", listam-se abaixo as 3 instituições nacionais com melhor classificação, para cada área, obtidas a partir do prestigiado ranking Shanghai por áreas de 2024. 
    1. Matemática...........................................U.Porto, U.Lisboa e U.Aveiro
    2. Física....................................................U.Lisboa, U.Aveiro
    3. Química................................................U.Lisboa, U.Coimbra e U.Aveiro
    4. Ciências da Terra..................................U.Lisboa
    5. Geografia..............................................U.Lisboa e U.Coimbra
    6. Ecologia................................................U.Lisboa, U.Porto e U.Coimbra
    7. Oceanografia.........................................U.Lisboa
    8. Ciências Atmosféricas..........................U.Lisboa, U.Aveiro e U.Porto
    9. Engenharia Mecânica...........................U.Lisboa, U.Minho e U.Aveiro
    10. Engenharia Eletrotécnica......................U.Lisboa, U.Coimbra e U.Porto
    11. Automação e Controlo..........................U.Lisboa
    12. Engenharia de Telecom.........................U.Aveiro
    13. Ciência e Tecn. de Instrum....................U.Lisboa, U.Porto e U.Aveiro
    14. Engenharia Biomédica..........................U.Aveiro, U.Porto e U.Lisboa
    15. Ciência e Engenharia de Comp.............U.Lisboa, U.Porto e U.Nova
    16. Engenharia Civil....................................U.Lisboa, UMinho e U.Porto
    17. Engenharia Química..............................U.Lisboa, U.Porto e U.Aveiro
    18. Ciência e Engenharia de Materiais........U.Porto, U.Minho e U.Aveiro
    19. Ciência e Engenharia da Energia...........U.Porto, ULisboa
    20. Ciência e Engenharia do Ambiente.......U.Aveiro, U.Porto, U.Lisboa
    21. Recursos Hídricos.................................U.Lisboa
    22. Ciência e Tec. de Alimentos..................U.Pol. Bragança, U.Porto e U.Minho
    23. Biotecnologia.........................................U.Porto, U.Lisboa, UNova e U.Minho
    24. Engenharia Mar./Oceânica....................U.Lisboa
    25. Ciência e Tec. dos Transportes..............U.Lisboa
    26. Ciência e Engenharia Têxtil..................U.Minho
    27. Ciências Biológicas...............................U.Porto, U.Lisboa e U.Aveiro
    28. Ciências Biológicas Humanas...............U.Lisboa, U.Porto e U.Coimbra
    29. Ciências Agrárias..................................U.Lisboa, U.Porto e UTAD
    30. Ciências Veterinárias.............................U.Lisboa, U.Porto e U.Évora
    31. Medicina Clínica....................................U.Porto, U.Lisboa e U.Coimbra
    32. Saúde Pública.........................................U.Nova, U.Lisboa e U.Porto
    33. Odontologia............................................U.Lisboa e U.Coimbra
    34. Enfermagem...........................................U.Porto, U.Católica
    35. Tecnologia Médica.................................U.Lisboa e U.Porto
    36. Ciências Farmacêuticas..........................U.Porto, UCoimbra e U.Lisboa
    37. Economia...............................................U.Lisboa e U.Nova
    38. Estatística...............................................U.Lisboa
    39. Direito....................................................UMinho e U.Porto
    40. Ciência Política......................................U.Lisboa e ISCTE
    41. Educação................................................U.Minho, ISCTE, U.Porto
    42. Psicologia...............................................ISCTE, U.Minho e U.Lisboa
    43. Administração de Empresas....................U.Nova e U.Lisboa
    44. Finanças.................................................U.Nova
    45. Gestão.....................................................U.Lisboa, U.Nova e U.Porto
    46. Gestão de Hospitalidade e Turismo........ISCTE, UALG e U.Aveiro

    terça-feira, 12 de novembro de 2024

    Análise de 1759 artigos que mencionaram a utilização da IA generativa ChatGPT

     

    Foi hoje publicado na conhecida revista Scientometrics um interessante artigo que analisou quase 1800 artigos indexados na Web of Science e na Scopus, mencionando o ChatGPT, com vista a analisar os motivos da utilização desta ferramenta de IA Generativa. 

    A esmagadora maioria dos casos detectados, referem-se à sua utilização para melhoria da qualidade do texto. A China, os EUA, a Alemanha e o Japão lideram os países cujos investigadores mais utilizaram o ChatGPT para esse fim. Outras utilizações aconteceram apenas de forma residual. Desde logo, e muito embora o ChatGPT tenha capacidades de programação, somente em 2% dos artigos foi utilizado para essa finalidade. Vide imagem supra. https://link.springer.com/article/10.1007/s11192-024-05193-y

    O artigo alerta porém para a possibilidade do ChatGPT e outros modelos de IA generativa poderem estar a ser utilizados num número muito superior de artigos, sem que os seus autores admitam essa utilização. Para o efeito é citado o estudo de Gray (2024) que estimou em 1%, quase 60.000, o número desses artigos, através da detecção de palavras pouco comuns, que de repente viram a sua utilização ter um pico muito anormal e também o estudo de Kobak et al. (2024) que analisaram artigos de medicina na base PubMed e estimaram a utilização de IA generativa em mais de 10%  dos artigos publicados em 2024. 

    Gray, A. (2024). ChatGPT" contamination": estimating the prevalence of LLMs in the scholarly literature. arXiv preprint arXiv:2403.16887
    Kobak, D., Márquez, R. G., Horvát, E. Á., & Lause, J. (2024). Delving into ChatGPT usage in academic writing through excess vocabulary. arXiv preprint arXiv:2406.07016.

    segunda-feira, 11 de novembro de 2024

    U.Aveiro torna-se a 3ª melhor universidade Portuguesa no ranking Shanghai por áreas

     

    https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/11/universidades-portuguesas-com-areas.html

    Ainda na sequência do post anterior, acessível no link supra e em face dos resultados hoje tornados públicos, através do prestigiado ranking Shanghai por áreas de 2024, https://www.shanghairanking.com/rankings/gras/2024  fica-se a saber, que infelizmente a Universidade de Coimbra, deixou este ano de ter qualquer área, no Top 100 do referido ranking. 

    A universidade do Porto, está de parabéns pois triplicou as suas áreas no grupo Top 100 de apenas 1 para três, ultrapassando a universidade do Minho, que tem o mérito de possuir duas áreas científicas no Top 100 (Eng Biológica e Eng Têxtil). Quem também está de parabéns é a universidade de Aveiro, pois não só entrou para o grupo Top 100 (melhor desempenho nacional na área da Eng. Biomédica) mas tem além disso 5 áreas no grupo 101-150, ao contrário da universidade de Coimbra e da UNova que só tem uma área cada uma nesse grupo e e da UMminho que tem duas áreas nesse grupo. O presente resultado da universidade de Aveiro está em linha com o terceiro lugar nacional que obteve no ranking Shanghai de instituições que tinha sido divulgado no passado dia 15 de Agosto.

    Os resultados hoje divulgados revelam também que entre as seis universidades Portuguesas mais competitivas, a Universidade Nova, foi aquela com pior desempenho relativo, já que perdeu 3 áreas face a 2023, o que ajuda a explicar a última queda daquela universidade para o decepcionante grupo 601-700, onde há universidades de países do terceiro mundo https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/08/a-rica-universidade-publica-que.html Particularmente decepcionante, na Universidade Nova, foi o estranho resultado da área científica, onde trabalha a catedrática (quase Nobel) Elvira Fortunato, que ao contrário de muitas outras áreas não pode sequer alegar falta de financiamento.

    PS - Faço notar que a metodologia utilizada pelo ranking Shanghai por áreas sofreu alterações relativamente aos anos anteriores, quando era baseado apenas em 5 critérios, agora há 4 novos critérios que contabilizam inclusive o número de investigadores altamente citados e também os lugares de Editor Chefe em revistas científicas: "...introduces four new indicators: International Academic Award Laureates (Laureate), Highly Cited Researchers (HCR), Chief Editors of International Academic Journals (Editor), and International Academic Organization Leadership". http://www.shanghairanking.com/methodology/gras/2024

    Paper - Leading Countries in Successfully Attracting and Retaining Nobel Laureates



    Building on the previous post, accessible via the link above, which highlighted China’s recent recruitment of a French Nobel laureate, I’d like to share an insightful article from Research PolicyWritten by researchers from Denmark and Germany, the study offers an in-depth analysis of the mobility patterns of 350 Nobel Prizes awarded in medicine, physics, and chemistry up until 2024. 

    The findings reveal that nearly one-third of Nobel laureates were awarded their prizes in countries other than the ones where they were born, and over 43% received their awards while working at institutions different from those where their groundbreaking discoveries originally took place. The study further delves into how successful various countries have been at attracting future Nobel laureates, both prior to their discoveries and after they have made them (as illustrated in Fig. 12) https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0048733324001999#s0035 

    PS - "In this context, it's worth revisiting the previous post about the Nobel Prize winner's advice to young scientists: to embrace a mindset of confident arrogance  https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/07/nobel-prize-winner-advises-young.html