sexta-feira, 24 de outubro de 2025

The Ultra-Rich Are Moving Beyond Luxury: Which Nations Stand to Gain Most?

https://www.economist.com/finance-and-economics/2025/10/12/why-the-ultra-rich-are-giving-up-on-luxury-assets

A recent article in The Economist (linked above) highlights a notable shift in the consumption patterns of the ultra-rich. Traditional luxury assets—such as sports cars, private jets, boats, and sprawling mansions—are losing their appeal as symbols of status because their ubiquity and replicability have diluted their exclusivity. In response, the global elite are increasingly allocating wealth toward highly curated, experiential offerings that are inherently limited and often non-transferable. These include access to elite events, bespoke travel and hospitality, and other immersive experiences that combine social prestige with scarcity. Recognizing the potential economic implications of this shift, I engaged GPT-5 to conduct a foresight analysis identifying the countries most likely to benefit from evolving ultra-wealthy consumption patterns. The excerpt below presents the opening segment of GPT’s analysis, covering the first three countries (Italy, France and Portugal) in the Top 10 ranking, as elaborated in the full response.

Equally noteworthy in the realm of the ultra-rich is the importance of acknowledging other forms of immersive experiences that carry substantial social prestige—among them, the act of paying taxes. In this context, it is particularly commendable to highlight the work of economist Gabriel Zucman, whose most recent book, Billionaires Don’t Pay Income Tax—and We’re Going to Stop It mercilessly exposes the parasitic behavior of the ultra-rich, who rig the system to dodge their fair share while the rest of society bears the burden. He lays bare the staggering scale of tax avoidance, dissects the loopholes they exploit, and proposes a simple but radical fix—a modest annual wealth tax to claw back stolen fairness. More than a policy prescription, Zucman’s work is a searing indictment of economic privilege, framing tax compliance as a non-negotiable civic duty and a measure of basic human decency in a society hollowed out by the greed of its wealthiest members, whose effective tax rate hovers around 0.3% of their wealth. https://www.amazon.fr/milliardaires-paient-dimp%C3%B4t-revenu-allons-ebook/dp/B0FT3526SD 

GPT-5 foresight analysis on Italy, France, and Portugal, the top three countries most likely to benefit from recent shifts in the consumption patterns of the ultra-rich:

Italy — The Rebirth of Sensual Culture

Italy stands at the epicenter of this experiential turn. Its fusion of high culture, gastronomy, aesthetic refinement, and emotional heritage offers what no synthetic luxury brand can replicate: continuity of meaning. UHNW individuals are increasingly channeling wealth into private villas, vineyard estates, and immersive culinary sanctuaries, where the allure lies in authorship—crafting and living one’s own Italian narrative. Regions such as Tuscany, the Amalfi Coast, and Lake Como exemplify this evolution: the grandeur of marble palazzi gives way to the intimacy of experiential estates that promise restoration, slowness, and discretion. Parallel markets are flourishing in art-restoration tourism, bespoke culinary academies, and heritage craftsmanship residencies, signaling a shift from consumption to cultural stewardship. Italy thus transforms luxury into a lived continuity between art, land, and identity.

France — Luxury as a Cultural Performance

France retains its position as the global benchmark for luxury as performance—an aesthetic, ritualized experience rather than a product. Nowhere else fuses Michelin gastronomy, couture ateliers, and curated art events (such as Paris+ par Art Basel) into a seamless continuum of taste and distinction. The Paris–Provence–Bordeaux axis represents a triad of experiential sophistication: Paris as the stage of symbolic capital, Provence as the sanctuary of sensorial retreat, and Bordeaux as the realm of oenological mastery. Meanwhile, the French Alps (Courchevel, Chamonix, Megève) are rebranding from ostentation to stealth wealth: alpine privacy, unbranded opulence, and the social discretion now prized by the global elite. France’s fastest-growing segment is not retail but invitation-only cultural immersion—events, ateliers, and residencies that render luxury invisible yet inimitable.

Portugal — The Discreet Vanguard of Sustainable Luxury

Portugal emerges as a quiet powerhouse in this experiential economy, offering a blend of climate stability, safety, affordability, and authenticity. For the ultra-wealthy seeking post-bling serenity, Portugal provides what global metropolises cannot: intimacy without isolationThe Lisbon–Comporta–Alentejo corridor is becoming a laboratory for experiential minimalism—a style that privileges substance over spectacle. Foreign capital increasingly flows into sustainable estates, creative residencies, and wellness retreats, where the emphasis is on regeneration, not display. The country’s discreet identity—cultured yet unpretentious—positions it as the ideal destination for the new aristocracy of restraint. Its emerging niche is clear: “quiet luxury” fused with environmental consciousness, a lifestyle defined not by accumulation but by alignment with place and purpose.

quinta-feira, 23 de outubro de 2025

A comprovação de um novo recorde mundial



Relativamente aos vários recordes mundiais, listados no post acessível no link supra, posso agora acrescentar mais um, o de investigador mais citado, na área dos materiais activados alcalinamente e ou geopoliméricos, comprovado atráves de uma pesquisa na Scopus, a maior base de literatura cientifica indexada a nível mundial, relativamente ao rácio K-index/ano, que nos últimos 5 anos cresceu de forma muito acentuada mais de 150%.   

PS -  O K-index tem a vantagem de não ser influenciado por publicações que receberam poucas citações, o que significa, que como afirmou o catedrático Carlos Fiolhais em 2018, consegue medir "de modo mais perfeito o impacto na comunidade científica". 

terça-feira, 21 de outubro de 2025

O desespero e as inverdades vergonhosas do Reitor da Universidade de Coimbra

 

Na primeira semana do passado mês de Agosto, o Reitor Amílcar Falcão, da Universidade de Coimbra, foi autor de um pouco inspirado artigo no jornal Público, onde tentou sem sucesso defender o indefensável, as virtudes da endogamia académica. Na altura comentei esse artigo no post de titulo "Nas asas da hipocrisia: O pouco magnífico Falcão no ninho quente da endogamia" https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2025/08/nas-asas-da-hipocrisia-o-pouco.html

Só por desespero se pode compreender que o mesmo Reitor Falcão venha hoje novamente, com os mesmos requentados argumentos, queixar-se da legislação do Governo, a qual recorde-se, pretende combater o grave problema da endogamia académica, embora de forma muito suave, inibindo durante apenas três anos, as unidades orgânicas com as mais elevadas percentagens de endogamia (acima de 60%) de contratarem os seus doutorados. 

Afirma o Reitor Falcão que a solução mágica passa pela formulação de editais magníficos escritos por anjos, que jura ele impedirão toda e qualquer manipulação concursal, fazendo assim por esquecer, a grave denúncia feita por um conhecido catedrático e também aquilo que uma conhecida investigadora-coordenadora, doutorada pela universidade de Oxford, denunciou no Expresso, que na maioria dos concursos académicos em Portugal vigora o princípio, "hoje votas no candidato que me interessa a mim e amanhã eu voto no candidato que te interessa a ti".

A parte mais lamentável do artigo do Reitor da universidade de Coimbra, é quando aquele afirma sem qualquer prova, que a legislação já aprovada em Conselho de Ministros e que agora irá ser debatida na Assembleia da República, irá prejudicar todas as universidades, excepto aquelas localizadas em Lisboa. Trata-se de uma inverdade absolutamente descarada, que sem dúvida envergonha todos os catedráticos da universidade de Coimbra. Excepto, claro, aqueles a quem a endogamia académica tem dado muito jeito. 

PS - Em 2017 concorri a uma vaga de professor catedrático na universidade Sueca de Uppsala. Naquela famosa universidade (que integra o Top 100 do ranking Shanghai) a selecção dos candidatos que passam à fase final é feita por catedráticos de universidades de outros países, vide relatório de 22 páginas acessível no link https://www.docdroid.net/ONpHyGk/review-by-aalto-university-expert-pdf E a única razão porque as universidades Portuguesas não copiam essa prática é porque isso levaria a que candidatos "da casa", com cunhas (é o próprio Reitor Falcão no seu artigo, que admite que elas existem), não conseguissem chegar à fase final. 

segunda-feira, 20 de outubro de 2025

The Paradox of Scientific Non-Existence: Silent Shadows in the Halls of Knowledge

 

The well-known philosophical question, “If a tree falls in a forest and no one is around to hear it, does it make a sound?”, is commonly answered by asserting that the impact of its fall generates sound waves, which—if an observer endowed with auditory perception were present—would be perceived as noise. Yet, in the absence of such an observer, there are only sound vibrations, devoid of conscious interpretation.

By analogy, a scientist who produces a study that goes unnoticed by the scientific community resembles the tree that falls unheard in the forest. From an empirical standpoint, the study undeniably exists: the methodology was implemented, and the results were documented—just as the tree produced sound waves. However, from an epistemic or perceptual perspective, the study functions as if it never took place, since no one engaged with or acknowledged it. Its impact, therefore, is null. In this sense, it is worth recalling the assertion of the physicist Carlo Rovelli that scientists who make no impact are not merely invisible; they are, in a profound ontological sense, non-existent https://pachecotorgal.com/2022/06/08/interactions-as-a-paramount-existential-principle-and-the-scientists-who-do-not-exist/

The phenomenon of invisible—or scientifically non-existent—researchers constitutes not merely an inefficiency but a profound distortion of the scientific enterprise. The funding, time, and institutional capital expended on work that goes unnoticed or unacknowledged produce virtually no intellectual return, while simultaneously depriving other, more productive researchers of the means to advance knowledge. This misallocation corrodes the very foundations of merit-based science, rewarding existence over impact. Even more troubling, empirical evidence indicates that these “invisible” scientists exert a persistently harmful influence on the careers of young scientists, distorting mentorship structures, and perpetuating cycles of mediocrity that undermine the collective progress of science itself. https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/08/warning-to-young-researchers-hidden.html

Update after 2 days — Foreign readers from Singapore (13%), the USA (9%), Hong Kong (6%), and Germany (4%) show the greatest interest in this post.

domingo, 19 de outubro de 2025

Os professores do Ensino Superior Politécnico que merecem um aumento salarial entre 180 e 450 euros por mês



Merece reconhecimento e público elogio que haja algumas dezenas de professores do Ensino Politécnico, que aparecem listados no ranking mais prestigiado de cientistas a nível mundial (Elsevier-Stanford), ainda mais pelo facto de alguns deles estarem localizados em regiões economicamente desfavorecidas, como é o caso do Politécnico da Guarda que conseguiu a notável proeza de ter logo cinco professores no mesmo  https://politecnicoguarda.pt/cinco-investigadores-do-politecnico-da-guarda-entre-os-2-mais-citados-do-mundo/ 

Aproveito aliás para relembrar que o professor da UBI melhor classificado nesse ranking (incluído no subgrupo Top 0.5%), foi "roubado" aquela universidade pela Universidade do Porto, onde agora trabalha como catedrático https://pachecotorgal.com/2025/09/25/a-nova-proeza-da-universidade-acelerada-por-esteroides/   resta por isso saber se os referidos Institutos Politécnicos, serão capazes de reter esses cientistas altamente citados ou se eles preferirão concorrer para universidades onde terão à espera melhores condições de trabalho e ainda um salário superior. No mínimo dos mínimos, esses professores são merecedores de um aumento salarial, de 180 euros/mês, que os coloque ao mesmo nível dos professores universitários, por conta de terem conseguido alcançar um desempenho extraordinário, que muitos professores catedráticos de universidades públicas não conseguiram replicar.

Aliás, tendo em conta que é muito mais fácil fazer a Agregação do que conseguir aparecer neste ranking (há até quem, pasme-se, tenha conseguido obter a Agregação sem ter recebido uma única citação, ou sequer mesmo um único artigo publicado numa revista internacional decente), faria todo o sentido que o complemento salarial de 450 euros/mês, que é pago a quem obtém a Agregação devia também ser pago aqueles que constam do ranking Stanford-Elsevier, e cuja obra científica foi reconhecida por um elevado número de investigadores estrangeiros, tendo por isso muito mais mérito do que a simples aprovação em provas de Agregação com jurados caseiros (e "amigos", catedrático Vital Moreira dixit). 

sábado, 18 de outubro de 2025

O paradoxo (e os danosos malefícios) da invisibilidade e da inexistência científica

 

A pergunta “Se uma árvore cai numa floresta onde não há ninguém para ouvir, ela faz barulho?” costuma ter como resposta clássica que o impacto da sua queda gera vibrações sonoras, que, caso houvesse alguém presente com a necessária capacidade auditiva, seriam percebidas como som. Contudo o barulho só existe na presença de um observador; na ausência deste, existem apenas ondas sonoras, desprovidas de percepção consciente.

De forma análoga, um cientista que faz um estudo que é ignorado pela comunidade científica assemelha-se a uma árvore que cai no meio da floresta. Do ponto de vista factual, o estudo existe: a metodologia foi aplicada e os resultados foram registados — tal como a árvore também produziu ondas sonoras. Porém no plano da percepção, o estudo comporta-se como se não tivesse ocorrido: ninguém demonstrou qualquer interesse por ele. O seu impacto foi por isso nulo. E neste contexto é importante recordar que os cientistas que não causam impacto não são nesse contexto apenas invisíveis, são desprovidos de existência, pelo menos a fazer fé nas declarações do conhecido cientista Carlo Rovelli https://pachecotorgal.com/2022/06/08/interactions-as-a-paramount-existential-principle-and-the-scientists-who-do-not-exist/

O problema de haver cientistas invisíveis ou inexistentes é em primeiro lugar um problema de desperdício de recursos, pois os recursos consumidos por aqueles, sem qualquer retorno digno desse nome, são desviados de outros cientistas que os poderiam valorizar. Mas muito mais grave do que isso, a ciência já demonstrou, que os referidos cientistas (invisíveis e inexistentes) prejudicam de forma irreversível a carreira de jovens cientistas  https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/08/o-melhor-conselho-que-se-pode-dar-um.html

quinta-feira, 9 de outubro de 2025

Scientific Publishing Without Gatekeeping: Radical Reforms in Academic Publishing


In 2023, eLife introduced a “publish, then review” model, fundamentally transforming its editorial and peer review process. This innovative system replaces the traditional gatekeeping approach, in which manuscripts were either accepted or rejected prior to publication. Under the new model, submissions that pass an initial editorial triage are published directly as preprints and subsequently subjected to open, public peer review. 

A recent study conducted by three German researchers examined the implications of this reform for eLife’s editorial outcomes. Their analysis revealed only minimal differences between manuscripts reviewed under the traditional system and those processed under the new “publish, then review” model. Nonetheless, one of their recommendations was to enhance the robustness of the review process by increasing the number of reviewers per manuscript—from the current average of 2.7 to approximately three or four. https://link.springer.com/article/10.1007/s11192-025-05422-y#Sec15

However, this proposal raises important concerns. The global peer review system is under significant strain, driven by structural challenges inherent to academia itself. Chief among these are widespread reviewer fatigue—caused by the growing volume of manuscript submissions—and the persistent undervaluation of peer review as a meaningful scholarly contribution. (Fox et al., 2017; Ellwanger et al., 2020; Severin & Chataway, 2021; Horta & Jung, 2024; Beecher & Wang, 2025). Expanding the number of required reviewers per paper, without addressing these underlying structural problems, could exacerbate the existing shortage.

One potential remedy, as proposed in an article published by Times Higher Education, is to introduce a more radical and accountability-based approach: journals could adopt a policy of automatically rejecting submissions from authors who consistently publish substantially more papers than the number of peer reviews they contribute. Such a measure would help realign incentives, fostering a more equitable distribution of the reviewing burden while reinforcing peer review as a collective academic responsibility. https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/11/a-radical-solution-to-solve-crisis-in.html

Declaration of Competing Interests — My reviewing activity averages about 90 papers per year, a volume confirmed by Web of Science reviewer records.

Update after 3 days — Foreign readers from Singapore (39%), Hong Kong (23%), and the US (2%) show the greatest interest in this post.

domingo, 5 de outubro de 2025

Universidade do Minho - 7 presenças consecutivas no pódio nos últimos 7 anos

 https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/universidade-do-minho-tem-69-cientistas-entre-os-mais-citados-do-mundo/

Sobre o mais prestigiado ranking de cientistas a nível mundial - o único que consegue cumprir três condições fundamentais de rigor científico e também o único que contabiliza 90% dos prémios Nobel, pois o ranking da Clarivate só contabiliza 10% daqueles - aproveito para divulgar abaixo o nome dos investigadores da Universidade do Minho, que integraram os três primeiros lugares naquela instituição na lista anual, desde que aquele ranking foi criado. 

 

2019

2020

2021

2022

2023

2024

2025

P.B.Lourenço

-

-

-

-

Rui L. Reis

-

-

-

-

-

-

Paulo Flores

-

-

-

-

-

N. Cruz-Martins

-

-

-

-

-

-

Lígia Rodrigues

-

-

-

-

-

Nuno Peres

-

-

F. Pacheco-Torgal


quinta-feira, 2 de outubro de 2025

Um concurso na U.Aveiro envolvendo uma relação de "grande intimidade" entre jurado e as duas únicas candidatas admitidas


Um investigador sénior, titular de um currículo cientifico muito robusto, que actualmente trabalha na Universidade de Coimbra, trouxe ao meu conhecimento que concorreu a um lugar de investigador na universidade de Aveiro, tendo sido excluído do mesmo, muito embora tivesse havido um membro do júri desse concurso, de nome José Luís dos Santos, que merece profundo elogio, por muito corajosamente ter votado contra essa exclusão. 

A parte mais interessante é que as duas únicas candidatas admitidas a esse concurso não só já trabalham naquela instituição (um tributo à endogamia), como partilham com um dos jurados uma larga maioria de publicações (das 33 publicações produzidas por essas candidatas 29 levam o nome desse jurado). Facto esse que de acordo com um Acórdão do TCA 2305/15.7BELSB revela uma relação profissional de grande intimidade, que fragiliza de forma irreversível a necessária imagem de independência do júri do concurso. https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2023/09/qual-etica-de-um-catedratico-que-aceita.html 

A contestação à decisão de exclusão desse concurso e bem assim a análise das publicações das duas únicas candidatas admitidas ao mesmo, foi feita de modo particularmente exaustivo no documento de 42 páginas, que foi enviado ao Reitor da Universidade de Aveiro e que está acessível no link https://drive.google.com/file/d/1KT6SQ6Ut3zNBEZ7vfTPhH07YWrNawGRG/view?usp=sharing

PS - Sobre a endogamia académica que favorece os candidatos caseiros e que prejudica candidatos excelentes, só pelo facto de não pertencerem à casa ou de não terem feito favores à casta (deputado Rui Tavares dixit) vale a pena revisitar o post de 11 de Agosto https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2025/08/nas-asas-da-hipocrisia-o-pouco.html

domingo, 21 de setembro de 2025

UAveiro e UMinho lideram pódio do Top 0.5% do ranking Elsevier - Stanford 2025

 

Ainda na sequência do post que divulguei ontem no link infra, aproveito para divulgar hoje a imagem (supra) que mostra qual o desempenho comparado, entre as sete universidades mais competitivas de Portugal (as únicas que aparecem no ranking Shanghai), entre termos do seu rácio investigadores no Top 0,5% do ranking de investigadores Elsevier-Stanford por docente ETI. https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2025/09/acaba-de-ser-revelado-o-conhecido.html

PS - Em Setembro do ano passado analisei o rácio de 25 países em termos de investigadores no Top 0,5% por milhão de habitantes, onde mostrei que o rácio da Suíça era 1350% superior ao de Portugal e não fosse o desempenho muito positivo de universidades como Aveiro e Minho, altamente subfinanciadas (ao contrário das duas ricas universidades de Lisboa), e Portugal estaria ainda muito mais longe do desempenho da Suiça  https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/09/nobel-para-ciencia-portuguesa-clarivate.html

sábado, 20 de setembro de 2025

Acaba de ser revelado o conhecido ranking de cientistas Elsevier-Stanford 2025


Relativamente à universidade do Minho, os 5 melhores classificados na lista carreira do ranking Elsevier-Stanford são, o catedrático Nuno Peres, o catedrático Paulo Lourenço, o catedrático Rui Reis, o investigador dono deste blogue e o catedrático Nuno Carvalho Sousa, em posições que no referido ranking correspondem ao subgrupo top 0.5%

É importante reafirmar que se trata-se do único ranking mundial de investigadores que consegue cumprir três condições fundamentais, e que além disso inclui 90% dos prémios Nobel:  

Primeira - Ser baseado na Scopus ou na Web of Science, para assim permitir a desambiguação de publicações (existem milhares de perfis "contaminados" no Google Académico com publicações de outros autores) e evitar também o lixo "científico" de citações em publicações não revistas por pares, cujo número explodiu nos últimos anos, e que existem em abundância/excesso nessa última plataforma, que é conhecida por aceitar tudo, rigorosamente tudo, até publicações geradas por IA, sem qualquer contributo humano.
Segunda ​- Ser capaz de remover o efeito da terrível praga das auto-citações, em que muitos cientistas se tornaram verdadeiros especialistas​ ​https://www.nature.com/articles/d41586-019-02479-7
Terceira ​- Ser capaz de anular a vantagem artificial e perniciosa das citações em publicações com centenas ou milhares de co-autores, utilizando para esse efeito a contagem fraccionada, sugerida pela primeira vez em 2008 pelo Alemão Schreiber e mais recentemente por Koltun e outros. https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/11/evaluating-researchers-in-fast-and.html
PS - Note-se que nem sequer o conhecido ranking da Clarivate Analytics (o primeiro ranking de cientistas que existiu a nível mundial) consegue cumprir todas as referidas três condições e pior do que isso, descredibiliza-se de forma flagrante por incluir somente 10% dos prémios Nobel, o que constitui uma falha muito grave https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2025/01/whats-value-of-scientist-ranking-that.html

quinta-feira, 18 de setembro de 2025

O futuro bastante negro dos estudantes que agora ingressam num curso de medicina

 

Ainda na sequência do post anterior de título "O desemprego massivo de médicos vai chegar mais depressa do que se imaginava", onde revelei um estudo da Microsoft que demonstrou que a IA consegue acertar em mais de 80% dos diagnósticos clínicos complexos, contra apenas 20% de médicos experientes e um outro estudo da universidade Johns Hopkins que desenvolveu um modelo de IA capaz de prever ataques cardíacos fatais com até 93% de precisão, atente-se agora nas capacidades de um novo modelo de IA (Delphi-2M) que consegue prever o risco do aparecimento de mais de mil doenças com várias décadas de antecedência https://www.publico.pt/2025/09/17/ciencia/noticia/modelo-ia-preve-risco-mil-doencas-decadas-antecedencia-2147539 

E se este é actualmente o estado da arte da IA generativa quando ainda nem sequer passaram três anos desde que o modelo ChatGPT foi tornado público, é legítimo questionar qual será o nível de sofisticação de futuros modelos de IA com aplicações na área da medicina, daqui a seis anos, que é o tempo da formação inicial de um curso de medicina (já para não falar dos anos subsequentes necessários para se obter a especialidade) e a elevada probabilidade desses modelos contribuírem para obsolescência ou, pelo menos, para a redundância de muitas especialidades da profissão médica.

A primeira consequência positiva desse cenário maravilhoso será o afastamento de "médicos" que ingressaram nessa profissão sem qualquer vocação (manifestando até repulsa pelo contacto com doentes), movidos apenas pela oportunidade de se tornarem milionários. E igualmente, será uma oportunidade para expurgar dessa profissão os inúmeros casos de incompetência grosseira, como aquele médico que fazia ecografias em apenas cinco minutos ou aqueles muitos a quem foram levantados milhares de processos disciplinares que nunca mais estão concluídos e quando finalmente são concluídos, ao fim de mais de uma década, resultam em penas disciplinares ridículas, como neste caso aqui https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/01/12-anos-para-condenar-um-medico-para.html

PS - O jornal Público revela hoje um estudo sobre o ChatGPT que revela que no último ano as mulheres ultrapassaram os homens na utilização daquele modelo de IA https://www.publico.pt/2025/09/18/enter/noticia/chatgpt-usado-mulheres-maior-crescimento-paises-pobres-2147583?ref=hp&cx=ultimas_1


quarta-feira, 17 de setembro de 2025

Breakthroughs Beyond Boundaries: How Oscillation, Reflection, and Risk-Taking Forge the Next Era of Innovation

https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2025/05/blueprints-of-breakthroughs-tracking.html

Following a previous post titled "Blueprints of Breakthroughs: Tracking the Unseen Origins of Tech Revolutions" (linked above), it’s worth highlighting a recent paper in Research Policy that takes a deep dive into NASA’s Space Shuttle program. The study asks a compelling question: “How do organizations attain the aspiration level of each product performance attribute to create breakthrough inventions?” The authors show that organizations rarely move linearly toward achieving performance goals (“aspiration levels”) for individual attributes. Instead, breakthrough development unfolds through two tightly interlinked mechanisms: Oscillation and Accumulation. 

Oscillation is basically taking a step away from a design goal and then coming back — a way to test how one feature affects all the others. Accumulation, on the other hand, is the slow gathering of multiple design goals across different versions, and it doesn’t happen in a straight line: some features hit their targets, then miss, then hit again as the design evolves. NASA’s shuttle program moved back and forth between these two approaches. Oscillations, like switching fuel types or changing payload targets, uncovered important trade-offs and connections between features, while accumulation phases pulled together the most promising combinations, like external tanks, jettisonable boosters, and reusable orbiters.

The study drives home a crucial insight: breakthroughs do not arise from random trial-and-error or from blindly following a linear path toward predefined goals. Instead, they unfold through a deliberate, almost rhythmic process of exploration and consolidation. At each step, designers experiment, probe, and test, generating valuable knowledge that informs subsequent decisions and gradually shapes a system that works as a whole. This approach produces what the authors describe as “satisficing” solutions — designs that are effective and functional at the system level, even if they fall short of unattainable perfection. 

Although NASA’s shuttle program provides a vivid historical example, the principles behind this approach are far more widely applicable. The researchers emphasize that the same dynamics could guide other organizations seeking complex, multi-attribute innovations. Moreover, emerging tools such as artificial intelligence and open-innovation practices have the potential to fundamentally reshape the way oscillation and accumulation are carried out, enabling organizations to accelerate the discovery process and move more efficiently toward the next generation of breakthrough inventions. https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0048733325001428#s0200

Update after 7 days: The post’s top five foreign readers come from Singapore, The Netherlands, Hong Kong, Russia, and the USA:


Singapura
11%
Países Baixos
7%
Hong Kong
6%
Rússia
6%
Estados Unidos
6%

terça-feira, 16 de setembro de 2025

Cheats - O estranho mistério que envolve o Reitor que defende até à morte a endogamia

Depois do Reitor Falcão ter envergonhado os melhores investigadores da comunidade académica Coimbrã, que são vitimas involuntárias de trabalharem num universidade campeã nacional de endogamia, ao defender no jornal Público que esse título vergonhoso não era culpa da instituição que dirige, mas alegadamente culpa dos sucessivos Governos, com recurso a uma "argumentação" hipócrita que eu critiquei no próprio dia https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2025/08/nas-asas-da-hipocrisia-o-pouco.html 

Hipocrisia essa que o catedrático da Nova SBE Pedro Santa Clara, também depois não deixou passar em branco, tendo num post do Linkedin "esfregado na cara" do Reitor Falcão que se de facto há universidades Portuguesas com elevadas percentagens de endogamia isso é culpa única e exclusiva das próprias, eis que agora o mesmo Reitor Falcão, na sua luta incansável da defesa da endogamia, inventou uma nova argumentação de teor pateticamente conspirativo, garante ele que a tal medida deste Governo que pretende reduzir a endogamia (bastante modesta por sinal) vai afinal favorecer as Universidades do Porto e de Lisboa.

Mais uma vez e infelizmente para ele, também essa afirmação é muito pouco rigorosa, pois esquece de forma muito conveniente e oportunista que aquelas duas universidades também tem níveis de endogamia bastante elevados e que por isso serão afectadas pela tal medida legislativa exatamente da mesma forma que a universidade de Coimbra https://www.asbeiras.pt/reitor-acusa-ministro-da-educacao-de-defender-medida-centralista-no-rjies/ Mas essas declarações pouco ajuizadas tem pelo menos o mérito de revelar a imensa confusão que vai na cabeça do Reitor Falcão, que acha que a endogamia é um beneficio ! A não ser que ele estivesse a pensar no beneficio (ilegítimo), que há alguns anos atrás foi criticado por um magistrado aposentado no seu blogue https://portadaloja.blogspot.com/2020/02/a-licao-de-coimbra-e-italiana.html

Em boa verdade a unidade orgânica que irá em tese ser mais "favorecida" pela referida medida legislativa é precisamente a Nova SBE, sucede porém que aquela instituição e como bem explicou o catedrático Pedro Santa-Clara, não está minimamente interessada nesse "beneficio" (dos seus catedráticos poderem contratar os seus filhinhos), porque desde 1995, replica aquilo que se faz nas melhores universidades deste Planeta, só contratando doutorados de outras universidades, evitando assim os malefícios vários da endogamia, que vários catedráticos denunciaram de forma bastante exaustiva, utilizando palavras como mediocridade, corrupção e redes clientelares https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/06/endogamia-academica-e-viciacao-concursal.html

Aqui chegados e tendo em conta que o Reitor Amílcar Falcão ousadamente se assume como um exemplo absoluto do mérito faz sentido perguntar, porque é que uma consulta do seu perfil na Web of Science, não permite descobrir uma única revisão confirmada, o que atento aquilo que foi dito por dois catedráticos estrangeiros (e que eu recordei no post infra) constitui algo próprio de alguém que a língua inglesa define como "Cheats" ?https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2025/07/dissecar-vantagem-artificial-da-velhice.html

domingo, 14 de setembro de 2025

A imparável fuga nacional para o "novo paraíso académico dos jovens portugueses"



O extrato supra inicia hoje um interessante artigo que integra a edição diária do jornal Público. Nele se fica a saber que se antes do Brexit milhares de estudantes Portugueses escolhiam o Reino Unido para obter uma formação universitária, agora a preferência da juventude nacional vai para os Países Baixos. 

Lamentável é porém constatar, a partir das declarações do tal aluno, que ingressou com quase 20 valores na universidade do Porto, que ele acha que tanto essa universidades como a TU Delft estão ao mesmo nível, o que mostra que ele pode até saber muito sobre as matérias sobre as quais foi avaliado, mas sabe muito pouco sobre o desempenho de diferentes universidades. 

Não só a TU Delft tem melhor classificação do que a U.Porto no ranking mais prestigiado que existe a nível mundial (ranking Shanghai), mas no caso concreto do curso de engenharia aeroespecial, enquanto que a TU Delft tem o 11º melhor curso a nível mundial, já o mesmo curso na universidade do Porto, não consegue sequer aparecer entre os 50 melhores. 

Aliás, se um aluno tão inteligente, ignora essa informação por certo o mesmo acontecerá com a esmagadora maioria dos alunos que agora ingressam no ensino superior, sendo até altamente provável que eles não saibam sequer em que universidades Portuguesas estão os cursos internacionalmente mais competitivos, vide lista https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/11/ranking-shanghai-de-2024-listagem-de-46.html

PS - O que é um facto indesmentível é que  nenhuma universidade Holandesa possui os elevadíssimos níveis de endogamia académica que existem em todas as universidades Portuguesas, pelo que faço votos que a modesta proposta deste Governo, no sentido de limitar as contratações endogâmicas (infelizmente) apenas nas unidades orgânicas com percentagens de endogamia acima de 60% contribua para mitigar esse problema https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2025/07/a-proposta-do-governo-para-combater-o.html