terça-feira, 29 de julho de 2025

O dilema do Presidente do Técnico: Como conseguir transformar docentes naquilo que eles não conseguem ser


"...os professores, deixaram de ser os únicos mediadores entre o saber e...os estudantes...a IA passou a converter esse conhecimento em explicações personalizadas, diálogos pedagógicos...a partir de agora, ao professor não basta o papel de expor informação: o seu papel principal passa a ser o de...reconfigurar o espaço educativo...torna-se mentor...e modelo inspiracional."  https://www.publico.pt/2025/07/28/ciencia/opiniao/professor-40-2140146

O clarividente texto supra faz parte de um artigo sob o título "O professor 4.0" do actual Presidente do IST, a tal instituição que se arroga ser a maior escola de engenharia de Portugal. Aquilo que porém o artigo não esclarece é como é que agora as universidades cujo corpo docente foi contratado privilegiando a transmissão de conhecimento, os vai agora conseguir "reciclar" para que se consigam transformar em modelos inspiracionais.

Neste contexto faz sentido recordar que no Instituto Superior Técnico trabalham professores cuja "pedagogia" muito dificilmente conseguirá algum dia inspirar qualquer aluno, muito antes pelo contrário. Aliás há três anos atrás o jornal Público revelou declarações de professores daquela instituição que fazem prova disso mesmo: 

“não vou explicar porque não vai perceber” 
“Quem não teve mais de 15...pode sair e trabalhar no Pingo Doce" 

E quais serão os requisitos básicos para um professor universitário conseguir inspirar alunos ? Será que professores que não possuem os valores morais mencionados aqui conseguem inspirar alunos ? Ou pior do que isso, será que professores culpados de assédio moral e ou sexual ou que utilizam expressões insultuosas conseguem inspirar alunos ?

PS - O artigo do Presidente do Técnico parece ter esquecido dois pequenos pormaiores, em primeiro lugar, que por melhor que seja um professor, a utilização do modelo "pedagógico" baseado em anfiteatros com centenas de alunos é uma receita fossilizada que não consegue competir nem de perto nem de longe com a tutoria individual, "...An influential paper from 1984 by Benjamin Bloom, an educational psychologist, found that one-to-one tutoring both improved the average academic performance of students" e por outro lado, que vários estudos mostraram que a IA generativa consegue ser mais empática e motivacional do que os próprios tutores humanos, vide por exemplo o estudo de investigadores do prestigiado ETH Zurich https://arxiv.org/abs/2506.08702

domingo, 27 de julho de 2025

Disruption, Not Despair: A Call to Resist Israeli War Crimes and American Complicity

At my university, the University of Minho, I am part of a group (GRCP) of professors and researchers committed to expressing solidarity with Gaza, denouncing Israel’s criminal actions, and advocating for the Portuguese government to officially recognize the State of Palestine. Below, I share an email I sent today to that same group:

Congratulations on your tireless and courageous work. Yet, what might seem like a growing wave of condemnation also reveals something more troubling: a scattering of efforts, fragmented and diluted. What we truly need now are not more isolated actions, but fewer—bolder, more disruptive, and deeply unignorable. 

In that spirit, let me recall an extraordinary moment in recent history—not to suggest imitation, but to highlight the power of singular acts. In 2010, the self-immolation of one man—Mohamed Bouazizi, a Tunisian street vendor—ignited a revolution that toppled a 20-year dictatorship and sparked a fire that swept across the Arab world. His tragic act forced the world to pay attention. So we must ask ourselves: what kind of action today could have the same seismic impact in condemning Israel’s brutality—without costing a single life?

If the most haunting image of Gaza today is that of children starving to death, then what if millions across the Western world united in an unyielding act of defiance—refusing food for a single day? A global day of fasting—not for health, not for religion, but for justice. Today, billions stand with Palestine—nearly 2 billion in the Muslim world alone. Now imagine 3 billion people, rising together in unbreakable solidarity for 24 hours.

The symbolic power of this act would be staggering. Major food conglomerates would see their stock prices shatter under the pressure. And a worldwide boycott of McDonald’s—the ultimate symbol of American economic and cultural dominance—even if only for a few weeks, would deliver a crippling unforgettable blow. This would be no mere protest. It would be a thunderous declaration—a message so loud and clear that even Donald Trump would be forced to rethink his blind unwavering allegiance to the war criminal Benjamin Netanyahu.

PS - If the world had the moral clarity to boycott Tesla over Elon Musk’s unapologetic embrace of far-right extremism and authoritarian politics, then boycotting McDonald’s isn’t just reasonable — it is a long-overdue moral obligation for anyone who claims to stand for truth, decency, compassion, empathy, solidarity, human rights, or basic human dignity.

Note (July 31): The top seven foreign readers of this post are from the United States, the Netherlands, Germany, Singapore, Russia, Ireland, and the UK.

Um catedrático da U.Minho debaixo de fogo

A última edição da revista Visão abriu com uma extensa entrevista ao médico e Presidente da Bial, Luís Portela e ao professor catedrático de medicina da universidade do Minho, Nuno Sousa (foto supra). A mesma incidiu no conteúdo de uma série documental que foi transmitida pela RTP1 "Para além do cérebro", que abordou questões tão problemáticas como a das vidas passadas e os fenómenos paranormais, a qual recorde-se foi patrocinada pela Fundação Bial e teve como coordenador científico, o referido catedrático Nuno Sousa. 

Sucede porém que o conhecido bioquímico e divulgador de ciência David Marçal, criticou de forma bastante contundente a referida série. É verdade que ele não mencionou o nome do catedrático referido porém sendo ele o coordenador científico da mesma não há forma de escapar à acusação de pseudociência que foi feita pelo mesmo David Marçal. Impõe-se, por isso a questão: pode um catedrático manter intacta a sua credibilidade científica perante uma acusação tão gravehttps://www.publico.pt/2025/05/16/ciencia/ensaio/nao-existe-espiritualidade-cientifica-2133138

quarta-feira, 23 de julho de 2025

Afinal, não precisei de muito tempo para ultrapassar conhecidos cientistas de topo

Tendo há alguns meses atrás aberto conta na conhecida plataforma Bluesky (o que fiz na sequência de um conselho vertido numa publicação do Max Planck Institute), constato agora que não precisei de muito tempo para ultrapassar alguns famosos cientistas Portugueses. 

Na imagem abaixo aparecem várias curvas que mostram a evolução do número de "seguidores" na referida plataforma, a minha (cor azul), a segunda de cor verde, do cientista Miguel Bastos Araújo, vencedor do prémio Pessoa e membro do júri do conhecido e gordo prémio de 1 milhão de euros da Fundação Gulbenkian (júri do qual recorde-se também faz parte a ex-Chanceler Alemã Angela Merkel) e finalmente a curva laranja pertencente aquele conhecido cientista que trabalha na Inglaterra há muitos anos (Caetano Reis e Sousa), que de acordo com o jornal Público foi o primeiro português nos últimos 200 anos a entrar como fellow para a academia de ciências britânica, a mais antiga do mundo e o mesmo cientista que aparece em 1º lugar no ranking de cientistas que foi publicado aqui https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2025/05/reis-e-sousa-mbaraujo-e-paula-moreira.html 

PS - O termo "seguidores" é manifestamente infeliz porque sugere passividade e verticalização. Prefiro de longe o termo "catalisadores", que sugere dinamismo, já que por definição contribuem de forma decisiva para o aumento da velocidade de uma reacção. 


domingo, 20 de julho de 2025

Uma das grandes culpadas pela crise da habitação de que curiosamente ninguém fala


"Temos um problema gravíssimo de habitação que vai muito além dos bairros de barracas, dos imigrantes e dos desfavorecidos - afecta toda a classe média nacional"

O extracto supra foi retirado do final de um interessante artigo da Subdirectora da revista Visão, o que esse artigo porém não fez foi identificar os múltiplos culpados desse estado de coisas verdadeiramente terceiro-mundista, começando por aqueles com mais culpas no cartório. É verdade que é muito fácil culpar os sucessivos Governos deste país, devido ao anormalmente baixo nível de investimento e ao facto do parque habitacional público ser muito inferior à média europeia (numa percentagem seis vezes inferior à da Dinamarca e que é quase dez vezes menos do que na Holanda) e também por não terem alterado a legislação, para evitar que um simples licenciamento demore um tempo anormalmente excessivo, o que faz de Portugal um dos países europeus com o pior desempenho nesta área, sendo além disso um foco de corrupção https://expresso.pt/opiniao/2025-01-09-a-burocracia-que-alimenta-a-corrupcao-o-circo-dos-licenciamentos-em-portugal-7c8336bc

Também é muito fácil culpar os alojamentos locais, pelo facto de terem retirado do mercado milhares de casas, ou os vistos gold (que em muitos casos servem para lavar dinheiro de origem criminosa) que trouxeram consigo a danosa praga de investimentos imobiliários especulativos e o consequente brutal aumento de preços. Aquilo de que porém ninguém fala é do facto da maior parte da indústria da construção, onde se pretende fazer crer que a falta de mão de obra explica tudo (o que não é rigoroso) continuar a utilizar métodos construtivos obsoletos que já se utilizavam há muitas décadas atrás e que fazem com que a construção de um pequeno edifício multifamiliar demore quase uma eternidade. E como em Portugal a mão de obra pesa quase 40% do custo total, a redução do tempo de execução por conta da utilização de uma elevada componente pré-fabricada (off-site), consegue reduzir o custo total, por redução das horas necessárias para a construção, redução dos custos indirectos e dos custos financeiros, já para não falar das poupanças associadas à redução dos desperdícios de materiais. 

Neste contexto recordo que em Novembro de 2024, divulguei o caso de um empresa nacional, que com recurso a um elevado nível de pré-fabricação, erigiu um edifício de 4 andares em Guimarães, num tempo bastante inferior (50%) aquilo que é a prática corrente e o qual até ganhou um prémio de sustentabilidade https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/11/primeiro-edificio-de-construcao-hibrida.html tecnologia essa que já permitiu à mesma empresa executar outros edificios com menores prazos de execução e optimização de recursos. Mas mesmo que num cenário excessivamente optimista este se viesse a tornar, no novo standard da industria de construção de edificios nacional (algo que infelizmente não irá acontecer), o facto é que ficava ainda assim muito abaixo, daquilo que são as práticas internacionais mais expeditas, como quando na China construíram um edifício de 10 andares em apenas dois dias e um edifício de 57 andares em 19 dias ou quando no mesmo país construíram um edifício de vários andares, com um total de 208 apartamentos, em 5 dias, um ritmo que permitiria a uma única empresa construir 1000 apartamentos por ano. 

Resumindo e concluindo: Para aumentar a oferta de habitação e baixar os preços, o Governo — este ou outro — deve reforçar o investimento público, acelerar licenciamentos e travar a especulação, regulando os malfadados vistos gold e os alojamentos locais. Deve também incentivar, de forma clara, a utilização de métodos construtivos industrializados off-site, que reduzem custos, prazos e desperdícios. E esse incentivo pode ser concretizado através de benefícios fiscais, financiamento bonificado, formação técnica especializada e pela aprovação de legislação que favoreça a utilização destes sistemas construtivos nas obras públicas. 

terça-feira, 15 de julho de 2025

Dois requisitos essenciais para que jovens investigadores se possam candidatar a bolsas milionárias do European Research Council

 


O extracto supra foi retirado do resumo curricular de uma jovem investigadora e professora titular da universidade Autonoma de Madrid (que eu conheço), cujo conteúdo infelizmente ainda é desconhecido de muitos jovens investigadores, aos quais ninguém explicou algo muito importante, que assim que obtenham o doutoramento devem evitar publicar em conjunto com os seus orientadores, pelo menos se pretenderem concorrer às bolsas milionárias da ERC. 

É claro que há alguns jovens investigadores que mesmo sabendo isso, ainda continuam a publicar com os seus orientadores, porque tem medo de serem independentes e porque acham que trabalhar para um tubarão lhes garante o futuro. Infelizmente para eles e como bem explicou um tubarão, catedrático da universidade de Coimbra, isso é uma ingenuidade, pois na verdade os tubarões só se preocupam com eles próprios https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2025/03/catedratico-compara-jovens.html

PS - Quando se clica no link do texto que inicia o presente post, entra-se numa página da Universidade Autónoma de Madrid, onde existe uma secção de título "Bibliometria" através da qual se fica a saber o número de publicações indexadas (Scopus e WoS), citações e h-index dos professores daquela universidade e bem assim também um mapa mundo, onde são visiveis os países de origem dos co-auores das referidas publicações. Em sentido oposto, nas universidades Portuguesas porém não existe nada disso, porque no nosso país a tradição é evitar que se saiba qual é o reduzido número de citações e de h-index de muitos académicos, em especial daqueles que chegaram à cátedra com um h-index=0   https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2023/09/o-mui-ilustre-catedratico-de-economia.html

domingo, 13 de julho de 2025

Book World Builders: "we are entering a new civilizational stage, where the distinction between reality and fiction is collapsing"


The Portuguese scholar Bruno Maçães—Harvard PhD, former adviser to the Prime Minister of Portugal and ex‑Secretary of State, now with Flint Global and a researcher at both Renmin University (Beijing) and the Hudson Institute (Washington)—has just granted an interview about his new book.  World Builders: Technology and the New Geopolitics  

Maçães argues that contemporary geopolitics is shifting from territorial competition to a paradigm of systemic world-building, in which states serve as architects of technological and symbolic realitiesConsequently, power is no longer measured by tanks and borders but by the capacity to control the underlying operating systems—spanning energy, technology, and the narratives that frame our understanding of the world. According to Maçães, we are entering a new civilizational stage in which the boundary between reality and fiction is collapsing. In this context, world-building replaces objective truth as the primary source of influence. As he bluntly states: “Whoever doesn’t build a technological world will be defeated.”

Nevertheless, Maçães’s thesis opens a dangerous door: If truth is no longer central and world-building becomes the ultimate source of power, isn’t this just a sophisticated justification for propaganda, manipulation, and tech-driven authoritarianism? Moreover, if truth is to be deliberately sidelined in the spheres of power and policy, then it becomes all the more urgent—indeed, imperative—that academia, as the last bastion of critical inquiry and intellectual integrity, reaffirms its uncompromising commitment to truth as a non-negotiable principle.  And that defense starts within: academia must ruthlessly purge those who scale its heights through nepotism, political patronage, or any manner of corrupt practice. Because as long as the institution is rotting from within, it has no right to claim it defends truth at all.

PS - A few years ago, the same Bruno Maçães shared a message on Twitter from his Chinese publisher, informing him that the release of his book "The Dawn of Eurasia" had been postponed due to censorship by the Chinese government.

Note on July 15 - It is quite interesting to observe that the top three foreign countries visiting this post are USA, Russia and Germany.

sábado, 12 de julho de 2025

A proposta do Governo para combater um cancro académico altamente agressivo

“As unidades orgânicas que não tenham pelo menos 40% de docentes e investigadores de carreira licenciados ou doutorados noutra instituição de educação superior ficam impedidas de contratar, independentemente do tipo de vínculo, nos três anos subsequentes à obtenção do grau de doutor, como docentes ou investigadores, doutorados que nela tenham obtido todos os seus graus”.
O texto supra constitui a mais recente proposta do XXV Governo da República para combater o cancro da endogamia académica, que faz de Portugal um miserável recordista europeu. Essa proposta sendo bastante louvável, porque representa a primeira medida contra o cancro da endogamia nos últimos 50 anos, é ainda assim bastante modesta (pelas minhas "contas" vai afectar menos de 50 unidades orgânicas, em situação muitíssimo grave, mas irá deixar fora várias unidades orgânicas em situação grave), porque levará muitos anos até que consiga ajudar a baixar a vergonhosa percentagem média da endogamia académica nacional, de quase 70% para valores próximos daqueles (abaixo de 10%) que existem nas melhores universidades deste Planeta. Ainda assim é pouco provável que seja aprovada porque como escrevi anteriormente “afronta os catedráticos e catedráticas, donos da Academia, cujo grande sonho de vida, é poderem ser sucedidos nesse cargo pelos seus filhos e filhas”  https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/12/endogamia-academica-ministro-propoe-que.html
PS – Sobre endogamia académica vale a pena revisitar o post de título “Endogamia académica e viciação concursal”, sobre uma petição na qual fui o primeiro signatário, há quase dez anos atrás, mais precisamente em 8 de Dezembro de 2015 https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/06/endogamia-academica-e-viciacao-concursal.html

quinta-feira, 10 de julho de 2025

Os milionários que vão passar a ser pagos em "amendoins" e o investigador contratado por mais de 200 milhões de dólares


Face à recente contratação de um investigador de engenharia por mais de 200 milhões de dólares que não por acaso culmina uma recente onda de outras contratações milionárias de investigadores na mesma área científica, é caso para dizer que uma parte importante de uma previsão anterior que foi mencionada num email de Janeiro de 2024 (relacionado com um contacto com o Vice-Presidente de investigação de uma bilionária empresa Alemã), está em vias de se concretizar muito mais cedo do que eu imaginei. Emails abaixo. 

Agora fica a faltar a parte, mencionada no mesmo email, em que os virtuosos do pontapé e da cabeçada passarão a ser remunerados com "amendoins" que é o justo pagamento pelo nulo valor civilizacional do seu "oficio". Afinal, dedicar a vida a perseguir um objecto esférico e a celebrar a sua entrada numa rede com coreografias extasiadas de inequívoca inspiração tribal é, no mínimo, uma curiosa evocação dos tempos paleolíticos. Os “artistas da esférico” constituem, por isso e em bom rigor, relíquias pré-histórica cuja relevância para o destino da humanidade é não apenas manifestamente inexistente como até mesmo bastante negativa. 

PS - Uma pesquisa na conhecida base Scopus de literatura científica mostra que o agora multimilionário investigador Ruoming Pang, possui vários artigos que já receberam mais de 1000 citaçóes cada um https://www.scopus.com/authid/detail.uri?authorId=57223612168


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De: F. Pacheco-Torgal 
Date: quinta, 18/01/2024 à(s) 09:24
Subject: O Vice-Presidente de bilionária empresa Alemã equivocou-se na interpretação que fez do meu email

Em boa verdade, e ao contrário do que erradamente, julgou há alguns dias atrás, o Vice-Presidente da Merck (vide emails abaixo), aquilo que realmente me move, não é ser convidado para coisa alguma, antes sim contribuir para o nascimento de um novo "mundo" (uma civilização do tipo 1), onde os investigadores estarão por assim dizer, no "topo da pirâmide alimentar", e os futebolistas estarão seguramente na base da mesma, ou dito de outro modo. mais fácil de entender, os especialistas do pontapé e da cabeçada na bola, estarão, por assim dizer, quase ao nível dos "macacos", porque aquilo que eles fazem, são pura e simplesmente macacadas, pelo menos quando comparado com aquilo que fazem os cientistas. Tendo as ditas macacadas, muitíssimo menos valor (civilizacional) inclusive do que aquilo que faz alguém que trabalha ao nível da remoção de lixo, vide artigo publicado no passado mês de Novembro na revista The Economist https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2023/12/disheartening-feelings-and-lavish.html

 PS - Essa situação é especialmente grave em Portugal, o desgraçado país onde milhares de investigadores ganham actualmente apenas o mesmo que ganha qualquer dos muitos motoristas do António Costa e muito menos do que ganham os muitos boys e girls cuja especialidade é apenas e tão somente a de aumentarem os défices das empresas públicas 



De: F. Pacheco Torgal 
Enviado: 14 de janeiro de 2024 20:35
Para: Ulrich Betz 
Assunto: RE: Ulrich A.K. Betz__Unveiling tomorrow's predictions and illuminating the marvels of Science for a better World
 

Thank you for your kind reply. 


The prospect you highlighted hadn't previously entered my thoughts, but my genuine intentions are distinct, clear, and straightforward. Through your articulation, I perceive the unfolding of a new and awe-inspiring world. My objective is to play an active role in transforming that vision into reality. I aspire to disseminate this vision widely, connecting with a global audience through my blogs. It's noteworthy that my blogs have already reached scientists in over a hundred countries, with the top 10 frequent visitors hailing from the United States, Netherlands, Finland, France, Australia, the United Kingdom, Germany, Spain, Austria, and Canada.


Despite our diverse backgrounds and undoubtedly differing perspectives on various subjects, we do share a common goal—to underscore to society that scientists deserve a paramount position. As someone eloquently expressed in 1980, their mission revolves around unlocking the mysteries of the mind of God. https://pacheco-torgal.blogspot.com/2023/12/unveiling-true-currency-of-life.html




De: Ulrich Betz
Enviado: 14 de janeiro de 2024 19:02
Para: F. Pacheco Torgal 
Assunto: Re: Ulrich A.K. Betz__Unveiling tomorrow's predictions and illuminating the marvels of Science for a better World
 
Thanks for your kind words!
Do you want to join the Future Insight e.V.?

Am Sonntag, 14. Januar 2024 um 13:31:34 MEZ hat F. Pacheco Torgal Folgendes geschrieben:

terça-feira, 8 de julho de 2025

A proposta de investigadores Alemães para revolucionar a produtividade da indústria da construção e poupar milhares de milhões


Empregando mais de 200 milhões de pessoas em todo o Planeta (quase 13 milhões só na Europa) e representando um mercado no valor de 10 biliões de dólares (10 triliões eq. EUA), a indústria da construção enfrenta graves problemas de produtividade, que cresce apenas 1% ao ano (e pior do que isso desce há dezenas de anos). Se fosse possível aumentar essa produtividade para 3% isso representaria obras com menos atrasos, menos derrapagens orçamentais, menos impactos ambientais e uma poupança global de milhares de milhões.  

Recentemente, investigadores Alemães desenvolveram um modelo que visa transformar obras caóticas em sistemas inteligentes, lançando as bases para uma indústria automatizada, rigorosa e sustentável. Este modelo utiliza dados em tempo real, inteligência artificial e robótica para identificar constrangimentos, reorganizar tarefas e optimizar recursos  https://sciety.org/articles/activity/10.20944/preprints202505.1390.v1

No presente contexto é pertinente divulgar que num artigo publicado há poucos meses, investigadores de Hong Kong, da Suiça, do Reino Unido e da Noruega que identificaram 76 aplicações potenciais da IA generativa para diferentes fases da construção  https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1110016824016776

PS - Seria óptimo que fosse possível poupar milhares de milhões na indústria da construção porque serviriam para tapar um buraco gigantesco relacionado com a mesma. Recordo que há um ano atrás a conhecida revista The Economist puxou para a capa de uma das suas edições, um artigo sobre quem irá pagar a astronómica factura de 25 biliões que engloba três parcelas. A factura das reparações de estragos das habitações por conta de fenómenos climáticos extremos. A factura dos custos de futuras medidas de protecção, as quais permitam evitar estragos ainda maiores (à medida que os referidos fenómenos se forem agravando) e finalmente a factura dos custos da reabilitação energética https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/04/the-economist-gorda-factura-das.html

domingo, 6 de julho de 2025

O académico que já recebeu quase três dezenas de doutoramentos "honoris causa"


Em boa hora os responsáveis pela recente entrevista, acessível no link supra, feita a um conhecido professor universitário, aposentado há muito, que até hoje recebeu quase três dezenas de doutoramentos "honoris causa", puxaram para o seu título a inevitável e angustiante realidade que se avizinha, resumida nas simbólicas palavras "é tarde demais".

Pessoalmente, não encontrei na referida entrevista "nada de novo debaixo do sol", pelo menos depois de ter lido em 2019, um prestigiado cientista da Universidade de Oxford que num artigo publicado na revista Bulletin of the Atomic Scientists, escreveu que no respeitante à crise climática, é preciso afirmar sem rodeios que "é tempo de entrar em pânico" https://pacheco-torgal.blogspot.com/2020/11/o-cientista-que-afirma-que-metade-do.html

Irónico é que num tempo em que os países ricos cortam a fundo na imigração, especialmente naquela proveniente de países pobres, convenientemente se esquecem que são precisamente esses países que se vão tornar inabitáveis por conta dos desmandos ambientais cometidos pelos referidos países ricos. Mas como é absolutamente evidente as largas de centenas de milhões que vivem nesses países (o conservador Zurich Insurance Group apontou recentemente para o valor de 1200 milhões refugiados climáticos até 2050 ) não vão aceitar facilmente serem impedidos de fugir desse inferno futuro e menos ainda, aceitarem ser condenados à morte por um crime (ambiental) que eles não cometeram. 

Recordo que um artigo publicado na revista científica International Journal of Climate Change Strategies and Management, analisou para os 20 países mais poluidores, quantos refugiados climáticos terão aqueles a obrigação moral de receber, a título de exemplo, os EUA, a república da ganância, onde agora um regime fascista, de papel passado, que pretende gastar no novo orçamento quase 900 mil milhões a perseguir imigrantes, mesmo aqueles que há dezenas de anos trabalham de sol a sol naquele país, tem segundo o referido estudo, a obrigação moral de receber 120 milhões refugiados climáticos. https://www.emerald.com/insight/content/doi/10.1108/IJCCSM-10-2016-0149/full/html#sec0012

PS - Na entrevista é mencionado o cenário de um aquecimento global de 3ºC, e sobre esse cenário recordo um artigo que foi publicado na conhecida revista The Economist em 2021, onde se pode ler que nesse cenário não haverá nenhum lugar seguro neste Planeta, na altura mencionei esse artigo aqui https://pacheco-torgal.blogspot.com/2021/11/ter-razao-antes-do-tempo.html

Dissecar a vantagem artificial da "velhice" de um campeão universitário Português

Apesar do catedrático Jorge de Brito da universidade de Lisboa, ter 2305 revisões confirmadas na Web of Science, o que faz dele o mais prolífico revisor nacional, na verdade o seu rácio médio contado da data em que ele se doutorou é de 72 revisões/ano, inferior ao de outros académicos mais jovens. https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2024/12/uma-previsao-de-2021-sobre-um-professor.html 

Ainda sobre revisões é pertinente recordar a grave acusação feita por dois catedráticos contra os académicos que possuem muito menos revisões do que publicações, e que segundo eles se andam aproveitar do esforço alheio, merecendo a soez classificação de "cheats” being individuals who submit papers without doing proportionate reviewing 

quinta-feira, 3 de julho de 2025

A rica empresa nascida em Portugal na qual várias centenas de funcionários se tornaram milionários

 

Um artigo publicado na conhecida The Economist foca-se nos valores milionários pagos aos jovens engenheiros, estrelas da Inteligência Artificial (link supra). Sobre o tema recordo que na secção de economia da última edição do Expresso, se deu conta que no mercado tecnológico andam a copiar aquilo que há muito se faz no mundo da bola, o pagamento de bónus, para aliciar engenheiros de topo a mudar de empresa. https://expresso.pt/economia/o-ceo-e-o-limite/2025-06-26-cem-milhoes-de-dolares-por-um-engenheiro--openai-e-meta-em-duelo-de-gigantes-para-recrutar-talento-64b19d13

No contexto supra é pertinente lembrar que o tal corajoso e truculento, doutorado pela U.Aveiro, jovem empresário (que por conta de uma recente entrevista passou a ser odiado por incompetentes ex-ministros, ex-secretários de estado, boys e girls) afirmou publicamente no inicio deste ano, que por conta da elevadíssima valorização da sua jovem empresa tecnológica, quase 300 colaboradores da mesma tornaram-se milionários  https://dinheirovivo.dn.pt/virgilio-bento-e-fabrica-de-unicornios-marcam-empreendedorismo

PS - Ainda no que respeita a lembranças sobre empresários, é bom saber, que ao contrário de um passado, mais ou menos recente, onde conhecidos empresários receberam empréstimos bancários de centenas de milhões da banca, como por exemplo aquele a quem a banca acabou por perdoar mais de 100 milhões de euros, ou aquele dos 700 milhões ou ainda o outro dos 1200 milhões, deixando essa conta milionária para ser paga pelo Estado (leia-se por todos os contribuintes), que nessa altura teve de emprestar dinheiro á banca, agora felizmente haja inspiradoras noticias sobre empresários a sério, que por definição, não são apenas destruidores criativos, ousando onde outros não se atrevem, e conseguindo gerar valor e riqueza não só para para si próprios como também para muitos outros.  

terça-feira, 1 de julho de 2025

O desemprego massivo de médicos vai chegar mais depressa do que se imaginava

 

Afinal não são só os médicos radiologistas que a Inteligência Artificial vai enviar para o desemprego, como mencionei no final do post supra, pois acaba de se saber que um estudo da Microsoft mostrou que na resolução de diagnósticos clínicos bastante complexos, a IA conseguiu acertar em mais de 80% dos casos enquanto médicos humanos, com elevada experiência, conseguiram acertar em apenas 20% desses casos. https://www.theguardian.com/technology/2025/jun/30/microsoft-ai-system-better-doctors-diagnosing-health-conditions-research  

Isso significa que a IA poderá contribuir para uma redução acentuada de erros clínicos (com menos pacientes a serem vitimas de diagnósticos errados, tendo depois que percorrer o longo calvário dos tribunais para serem indemnizados) e ainda por cima com um custo bastante inferior, dessa forma dando uma preciosa ajuda no respeitante a evitar o crescimento do orçamento da saúde, que em Portugal cresce de ano para ano, de forma monstruosa, já que saltou de 10.000 milhões em 2019 para quase 17.000 milhões em 2025 e a manter-se essa taxa de crescimento atingiria 25.000 milhões por ano daqui a 5 anos. 

PS - Recordo que também foi a IA que permitiu aquela valiosa empresa liderada por um corajoso jovem empresário Português, ter melhorado a saúde de centenas de milhares de pessoas por esse mundo fora, com poupanças de custos de centenas de milhões de dólares https://19-pacheco-torgal-19.blogspot.com/2025/06/a-empresa-que-paga-aumentos-de-20-aos.html

Aditamento em 2 de Julho - Um estudo hoje publicado numa prestigiada revista científica dá conta que investigadores da Universidade Johns Hopkins desenvolveram um modelo de inteligência artificial, que é capaz de prever o risco de morte súbita por ataque cardíaco, com uma precisão de quase 90% (93% no caso de pacientes com idades superiores a 40 anos) https://www.nature.com/articles/s44161-025-00679-1 Como é evidente qualquer hospital ficará melhor servido com a aquisição desta ferramenta de IA do que com médicos que são absolutamente incapazes de fazer essa previsão.